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Anos dourados (Dezembros)

Maria Bethânia
Discos: MPB

Disponible

22,27 € impuestos inc.

Ficha técnica Discos

Sello Kardum
Estilo MPB
Año de Edición Original 1986

Más

Maria Bethânia (voz)

Leo Gandelman (saxo alto), Chiquinho do Acordeon (acordeón), Lincoln Olivetti (teclados, arreglos en "Doce espera)), Jota Moraes (teclados), Robson Jorge (guitarra eléctrica, teclados), Toninho Horta (guitarra acústica, arreglos en todos los temas excepto en "Doce espera"), Roberto Mendes (guitarra acústica), Raphael Rabello (guitarra de 7 cuerdas), Nico Assumpção o Fernando Souza (bajo eléctrico), Ricardo Cândido y Sandrino Santoro (contrabajo), Téo Lima o Wilson das Neves (batería), Armando Marçal, Firmino, Gordinho, Beterlau y Luna (percusión), Marisa Fossa, Nina Pancevsky y Solange Borges (coros) y orquesta (con Jaques Morelenbaum (cello, dirección de cuedas)).

Participación especial de: Milton Nascimento (voz) y Antonio Carlos Jobim (piano, arreglos en "Anos dourados").

Reedición brasileña, de 2006, del disco lanzado originalmente en 1986 por el sello RCA. Remasterizado. Con portada, contraportada y ficha técnica originales.

Después de 14 años en el sello Philips (después Polygram), Bethânia volvió a RCA Victor y lanzó este bello disco, muy romántico y sofisticado, producido por Guto Graça Mello y Caetano Veloso, que presentaba canciones inéditas como "Quero ficar com você", "Sei de cor", "Gostoso demais" (este último fue el que obtuvo más éxito popular en Brasil) y "Anos dourados", tema de abertura de la telenovela homónima de la TV Globo, delicioso bolero del maestro Tom Jobim a la que Chico Buarque añadió la letra.

“Onde queres Quaresma, fevereiro”. Os movimentos inesperados que compõem os versos da letra de O quereres (Caetano Veloso, 1984) – música gravada por Bethânia nos álbuns que registram os shows Maricotinha (2001) e Abraçar e agradecer (2015) – traduzem a insubmissão da cantora aos (des)mandos dos executivos que comandam a indústria do disco.
Quando quiseram carimbá-la em 1965 com o rótulo de “cantora de protesto” após o voo alto de Carcará (João do Vale e José Cândido, 1964) no show Opinião (1964 / 1965), Bethânia gravou EP com sambas de Noel Rosa (1910 – 1937) em 1966 e voltou para a Bahia.
Quando todo mundo começou a aderir ao tecnopop a partir dos anos 1980, a intérprete se voltou para dentro de si e, em movimento contrário, fez (grandes) discos acústicos e introspectivos como Ciclo (1983) e A beira e o mar (1984).
Por isso mesmo, a adesão de Bethânia ao som sintetizado do mago Lincoln Olivetti (1954 – 2015), no álbum Dezembros (1986), permanece há 36 anos como caso atípico na discografia da cantora.
Gravado sob direção artística de Caetano Veloso, com produção musical dividida entre Caetano e Guto Graça Mello, o álbum Dezembros marcou em 1986 a volta da cantora para a gravadora RCA – companhia fonográfica na qual Bethânia debutara no mundo do disco em 1965 – e foi alvo de grande investimento financeiro da empresa.
A intenção era trazer Bethânia de volta às paradas de sucesso. Por isso mesmo, a diretoria da gravadora apostou em Doce espera – música inédita de Marina Lima – como o primeiro single promocional do álbum Dezembros.
Coube ao guitarrista mineiro Toninho Horta fazer os arranjos de Dezembros. A exceção foi justamente – e não por acaso... – a faixa Doce espera, cujo arranjo e regência foram confiados a Lincoln Olivetti.
Maestro que já dava o tom de boa parte da música brasileira em 1986, em reinado iniciado seis anos antes com o arranjo de Lança perfume (Rita Lee e Roberto de Carvalho, 1980) para disco de Rita Lee, Lincoln tocou teclados na gravação de Doce espera, para a qual arregimentou o fiel escudeiro Robson Jorge (1954 – 1992), grande músico que, além da notória guitarra, também pilotou teclados na faixa.
A fórmula do sucesso parecia perfeita. SQN. A faixa Doce espera tocou razoavelmente bem ao ser enviada às rádios, sem ter se tornado o grande hit esperado pela gravadora. Tanto que a música nunca mais foi cantada por Bethânia em shows.
A faixa que justificou o alto investimento da RCA no álbum Dezembros acabou sendo o registro acústico de Gostoso demais (1986), a canção de Dominguinhos (1941 – 2013) e Nando Cordel lançada no meio daquele ano de 1986 por Dominguinhos e propagada em escala nacional na voz de Bethânia ao longo do ano de 1987.
Do repertório do álbum Dezembros, Gostoso demais foi a música que ficou na memória popular, ao lado de Anos dourados, o bolero originalmente instrumental de Antonio Carlos Jobim (1927 – 1994), reapresentado por Bethânia no disco com a então inédita letra escrita por Chico Buarque.
Doce espera acabou no esquecimento. E Bethânia fez outro movimento inesperado em 1988 ao se voltar novamente para dentro de si mesma com o belo álbum Maria. “...E onde queres dinheiro, sou paixão”." Mauro Ferreira (g1.globo.com, 17.07.2022)

Temas

CD 1
01
Anos dourados
Antonio Carlos Jobim (Tom Jobim) - Chico Buarque de Hollanda (Chico Buarque)
Maria Bethânia & Antonio Carlos Jobim
03:16
02
Doce espera
Marina Lima
03:56
03
Errei sim
Ataulfo Alves
03:26
04
Tranchan
Luiz Gonzaga Jr. (Gonzaguinha)
03:11
05
Quero ficar com você
Caetano Veloso
03:08
06
Gostoso demais
Dominguinhos - Nando Codel
03:37
07
Sei de cor
Celso Fonseca - Ronaldo Bastos
04:06
08
Estrela do meu céu
Toninho Horta - Caetano Veloso
03:04
09
Yorubahia
Roberto Mendes - Caetano Veloso
03:38
10
Cançõs e momentos
Milton Nascimento - Fernando Brant
Maria Bethânia & Milton Nascimento
03:52
11
Viramundo (bonus)
Gilberto Gil
Maria Bethânia & Toquinho
01:56
12
Apelo (bonus)
Baden Powell - Vinicius de Moraes
Maria Bethânia, Vinicius de Moraes & Toquinho
03:27
13
O que tinha de ser (bonus)
Antonio Carlos Jobim (Tom Jobim) - Vinicius de Moraes
Maria Bethânia & Toquinho
01:53