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Fruto proibido

Rita Lee & Tutti Frutti
Discos: Pop-Rock

Próximamente disponible

16,62 € impuestos inc.

Ficha técnica Discos

Sello EMI
Estilo Pop-Rock
Año de Edición Original 1975

Más

Rita Lee (voz, guitarra acústica, arreglos)

Tutti-Frutti: Manito (saxo alto, flauta, órgano), Luis Sérgio Carlini (guitarra eléctrica, armónica, coros), Guilherme S. Bueno (piano), Lee Marcucci (bajo eléctrico, cowbell), Franklin Paolillo (batería, percusión), Rubens Nardo y Gilberto Nardo (coros).

"Considerado o melhor disco de Rita com o Tutti Frutti, tem uma sonoridade de rock sofisticado, com peso, e altamente dançante – a produção era do americano Andy Mills, técnico de som do Alice Cooper. Praticamente todas as 9 faixas viraram sucesso, com destaque para Agora Só Falta Você, Esse Tal de Roque Enrow e Ovelha Negra – esta, o grande hit de Rita na fase rock de raiz." Lufe Steffen (virgula.com.br, 04.12.2015)

"Rita Lee alcançou picos de vendas, popularidade e criatividade entre 1979 e 1982, período áureo da parceria da artista paulistana com o músico, arranjador e produtor Roberto de Carvalho. Foi quando o cancioneiro da cantora adquiriu contorno pop, com ar por vezes folião, e se tornou aliciante, conquistando todo o Brasil.
Contudo, seguidores mais radicais da artista nunca perdoaram Rita Lee Jones (31 de dezembro de 1947 – 8 de maio de 2023) por essa guinada pop. Para roqueiros mais ortodoxos, a melhor fase da obra fonográfica da Ovelha negra pós-Mutantes reside nos anos em que Rita esteve associada ao grupo Tutti Frutti.
Foram quatro álbuns gravados e lançados entre 1974 e 1978. Desse lote, o título mais emblemático é Fruto proibido, álbum lançado em 1975 em edição da gravadora Som Livre. O disco completa 50 anos em 2025 sem perda de relevância e de status na discografia de Rita Lee.
Ao contrário, analisado em perspectiva, Fruto proibido se conserva em lugar de honra por ter sido o disco que alicerçou a trajetória artística de Rita Lee após a conturbada saída – ou expulsão, como sempre sustentou a cantora ao se referir à briga de outubro de 1972 – de Rita do grupo Os Mutantes, com o qual a cantora arrombara a festa tropicalista a partir de 1967 com doses fartas de anarquia e irreverência (...)
Gravado em abril de 1975 no Estúdio Eldorado, em São Paulo (SP), o álbum Fruto proibido é em essência um álbum de rock que versa sobre as liberdades individuais, assunto de Agora só falta você (Rita Lee e Luiz Carlini), Dançar para não dançar (Rita Lee) – do verso “Dê-se ao luxo de ser fútil agora” – e Pirataria (Lee Marcucci e Rita Lee, 1975).
A escrita de Rita Lee falava diretamente com o público jovem, sobretudo com as mulheres. Sim, Fruto proibido se conserva atual após 50 anos por ser disco que hasteia a bandeira da liberdade sob prisma feminista sem cair em tom panfletário. Rita ia contra a moral machista da época – vigente inclusive no clube do rock – ao reacender a chama da dançarina naturista Dora Vivacqua (1917 – 1967) em Luz Del Fuego (Rita Lee) e ao se permitir encarnar uma Eva maliciosa e finamente irônica na música-título Fruto proibido (Rita Lee).
Sem falar que a roqueira cita a bailarina e coreógrafa norte-americana Isadora Duncan (1887 – 1927) em versos (“Faça como Isadora / Que ficou na história / Por dançar como bem quisesse”) do já mencionado rock Dançar para não dançar.
Tudo isso pode parecer até banal em 2025, mas era revolucionário em 1975. Se os machos roqueiros ainda eram vistos como bandidos no Brasil ditatorial da década de 1960, imagine uma mulher que fazia rock e levantava bandeiras feministas antes da abertura de 1979.
Sim, Rita Lee marcou época com Fruto proibido, álbum lançado em 30 de junho de 1975 com capa que expunha a cantora em foto de Meca, enquadrada na arte cor-de-rosa choque criada por Kelio em sintonia com os tons do repertório do disco produzido por Andy Mills.
O público mordeu Fruto proibido de cara por conta do sucesso de Esse tal de roque enrow (Rita Lee e Paulo Coelho, 1975), rock amplificado nas rádios e na trilha sonora da novela Bravo! (TV Globo), trama das 19h daquele ano.
Nos versos desse rock assinado por Rita com o futuro escritor Paulo Coelho, a cantora destilava mordacidade e sarcasmo contra a classe média ao versar sobre o gênero, mas a letra é a única do disco que envelheceu mal. Em 2025, o rock não é mais o gênero musical que representa a rebeldia juvenil como em 1975.
Com Paulo Coelho, Rita também compôs O toque (única das nove músicas do disco que não passou para a posteridade) e o blues-rock Cartão postal, com o qual rejeitou a sofrência ao mandar recado para mulheres que terminavam relacionamentos afetivos.
Além de Esse tal de roque enrow, o grande sucesso radiofônico do álbum foi a balada folk Ovelha negra (Rita Lee), emblema de uma geração que resistia a permanecer como nossos pais. A canção nunca perdeu a atualidade.
A gravação de Ovelha negra também ficou imortalizada pelo solo antológico e referencial da guitarra de Luiz Carlini (guitarras, violão, gaita e vocal), virtuose de banda que incluía o também grande Lee Marcucci (baixo e cowbell), Franklin Paolillo (bateria e percussão) e Guilherme Bueno (piano e clavinete), além Rubens Nardo e Gilberto Nardo nos vocais. Além de cantar e de assinar os arranjos com a banda, Rita Lee tocou violão e um sintetizador pré-histórico.
Disco que abriu portas para o rock brasileiro, então representado no mainstream somente por Rita e Raul Seixas (1945 – 1989), Fruto proibido foi aclamado pela crítica – em louvação que somente aumentou ao longo desses 50 anos – e vendeu cerca de 200 mil cópias até o fim de 1976.
Atualmente, o já cinquentenário Fruto proibido está entronizado na galeria do rock como um dos discos mais importantes na história do gênero no Brasil." Mauro Ferreira (g1.globo.com, 21.01.2025)

Temas

CD 1
01
Dançar pra não dançar
Rita Lee
02
Agora só falta você
Rita Lee - Luis Sérgio
03
Cartão postal
Rita Lee - Paulo Coelho
04
Fruto proibido
Rita Lee
05
Esse tal de roque enrow
Rita Lee - Paulo Coelho
06
O toque
Rita Lee - Paulo Coelho
07
Pirataria
Lee Marcuci - Rita Lee
08
Luz del fuego
Rita Lee
09
Ovelha negra
Rita Lee