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Aldir Blanc - 50 anos

Aldir Blanc
Discos: Samba / MPB

Próximamente disponible

37,31 € impuestos inc.

Ficha técnica Discos

Sello Alma
Estilo Samba / MPB
Año de Edición Original 1996

Más

Aldir Blanc (voz)

Arreglos de Antonio Adolfo, Bororó, Cláudio Jorge, Cristóvão Bastos, Gilson Peranzzetta, Leandro Braga, Magro.

Participación especial de: Arranco de Varsóvia, Carol Saboya, Clarisse Grova, Cris Delanno, Dorival Caymmi, Ed Motta, Edu Lobo, Emílio Santiago, Fátima Guedes, Ivan Lins, Leila Pinheiro, MPB-4 & Betinho, Nana Caymmi & Danilo Caymmi, Paulinho da Viola, Rolando Faria, Walter Alfaiate, Wilson Moreira & Nei Lopes.

"Ourives do palavreado faz 50 anos:
"Logo na faixa de abertura do generoso disco auto-homenagem Aldir Blanc 50 anos (Alma), com 21 faixas do mais refinado lavor lítero-musical, o poeta, letrista, cronista e baterista recebe o aval do baiano-mor Dorival Caymmi. O buda nagô, que brigou até com o dono de seu estado pelo direito à dupla cidadania carioca, elogia o 'ourives do palavreado' numa sentença definitiva. 'Todo mundo é carioca, mas Aldir Blanc é carioca mesmo', bate o martelo. Além da voz de Caymmi e do pernil de Monique Evans, em relevo na foto da capa, ('ficou frontal e eu suava diante daquela calcinha azul', brinca o poeta), o disco de Aldir é uma festa de de adesões estelares. Participam Edu lobo, Paulinho da Viola, MPB-4, Leila Pinheiro, Ed Motta, Ivan Lins, Nana e Danilo Caymmi, Emílio Santiago, Fátima Guedes e mais  Carol Saboya, Clarice Gova, Arranco de Varsóvia, além de uma roda de samba campeã com Ney Lopes, Wilson Moreira e Walter Alfaiate, debulhando com o astro principal as finas grossuras de Mastruço e Catuaba, um glossário sobre a impotência sexual masculina. O disco fecha com um coral de amigos liderado por Betinho no épico O Bêbado e a Equilibrista, um hino do exílio que coloca o irmão do Henfil como personagem símbolo.
O decantado carioquismo de Aldir Blanc Mendes (lançado num remoto festival universitário via Amigo é pra essas coisas, com Silvio Silva Jr.)* conservado em formol suburbano, na zona do agrião entre a Tijuca (onde mora) e a Vila Isabel (onde foi criado), descende da linhagem dos cronistas da cidade ao lado de João do Rio, Manuel Antônio de Almeida, Lima  Barreto e Marques Rebelo. Reconhece influências na poesia de Manuel Bandeira (´pela falsa noção de facilidade de seus versos', destila), no seresteiro urbano Orestes Barbosa e na picardia de Noel Rosa, um de seus maiores ídolos na música ao lado do 'padrinho' Caymmi. A lupa psicanalítica de quem já serviu no manicômio do Engenho de Dentro ('tinha sempre 40 roupas para 80 internos, a metade andava nua', deplora) tem reflexos do épico burlesco de Nélson Rodrigues e do minimalismo perverso de Dalton Trevisan. A biblioteca onde ele se abriga para compor e ler no amplo apartamento tijucano, tem de Freud a mitologia grega, do poeta colaboracionista Ezra Pound a revolucionária Rosa de Luxemburgo. E não falta jazz contemporâneo na discoteca, destaques para o guitarrista Kevin Eubanks e o sax alto Antonio Hart. 'Essa história de que tudo parou em Miles Davis é furada', demole o insuspeitado jazzófilo Aldir.
O refinamento de quem venera de Bud Powell a John Coltrane desfila etéreo nas harmonias complexas de Crescente Fértil, parceria surpreendente  com Ed Motta. Também cintila nos recortes e dissonâncias do choro Pianinho, com Edu Lobo. Sonho de Válvulas, uma ode ao trombone de gafieira, prefacia a versão de Aldir (um cantor inclinado aos graves) para o clássico de Glenn Miller Moonlight Serenade. Desconhecido no Brasil, o Rolando que ginga no samba Na Orelha do Pandeiro é o da dupla Les Étoiles, de sucesso na França nos 70, e ex-integrante do MAU (Movimento Artístico Universitário), onde Aldir começou ao lado de Gonzaguinha e Ivan Lins. Da experiente Nana Caymmi (cortante no bolero Siameses, auto-retrato da dupla com João Bosco) à noviça Carol Saboya, filha do pianista Antonio Adolfo (sublime em Carta de Pedra), as bodas de ouro colhem um Aldir em plena forma & conteúdo. 'Aos 50 anos insisto na juventude', ensina o poeta na voz de Paulinho da Viola, na faixa título." Tárik de Souza (Jornal do Brasil, 17.11.1996)

(*Na verdade, o lançamento de Aldir como letrista aconteceu dois anos antes, no mesmo festival, com a música "Nada Sei de Eterno", defendida por Taiguara)

Temas

CD 1
01
Apresentação
Dorival Caymmi
00:45
02
Carta de pedra (Igreja da Penha)
Guinga - Aldir Blanc
Carol Saboya
03:17
03
Pianinho
Edu Lobo - Aldir Blanc
Edu Lobo
04:01
04
Siameses
João Bosco - Aldir Blanc
Nana Caymmi & Danilo Caymmi
03:13
05
Anel de ouro
Raphael Rabello - Aldir Blanc
Aldir Blanc
02:53
06
Na orelha do pandeiro
Bororó - Luciah Helena - Aldir Blanc
Rolando Faria
03:45
07
Canário da terra / Negão nas Parada
João de Aquino - Aldir Blanc / Guinga - Aldir Blanc
Aldir Blanc
03:32
08
Vim sambar
João Bosco - Cacaso (Antonio Carlos de Brito) - Aldir Blanc
Arranco de Varsóvia
03:33
09
Mastruçoo e catuaba
Claudio Cartier - Aldir Blanc
Aldir Blanc, Wilson Moreira, Walter Alfaiate & Nei Lopes
03:21
10
Lua sobre sangue (Salgueiro)
Cláudio Jorge - Aldir Blanc
Aldir Blanc
03:02
11
Nação / Querelas do Brasil / Saudades da Guanabara
João Bosco - Paulo Emílio - Aldir Blanc / Maurício Tapajós - /
Emílio Santiago
05:33
12
Crescente fértil
Ed Motta - Aldir Blanc
Ed Motta
04:23
13
Pequeno circo íntimo
Ivan Lins - Aldir Blanc - Paulo Emílio
Aldir Blanc & Ivan Lins
03:40
14
Cegos de luz
Ivan Lins - Aldir Blanc
Leila Pinheiro
04:07
15
Maçã tatuada
Moacyr Luz - Aldir Blanc
Fátima Guedes
03:04
16
Reencontro
Moacyr Luz - Aldir Blanc
Clarisse Grova
03:32
17
Sonho de válvulas
Gilson Peranzzetta - Aldir Blanc
Cris Delanno & Serginho Trombone
02:47
18
Moonlight serenade
Glenn Miller - Mitchell Parish (Vers. Aldir Blanc)
Aldir Blanc
03:25
19
Retrato cantado
Marcio Proença - Aldir Blanc
Aldir Blanc
02:49
20
50 anos
Cristóvão Bastos - Aldir Blanc
Paulinho da Viola
04:23
21
O bêbado e a equilibrista
João Bosco - Aldir Blanc
MPB-4 & Betinho
04:07