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Elis (20 anos blues,...)

Elis Regina
Discos: MPB

Disponible

18,49 € impuestos inc.

Ficha técnica Discos

Sello Philips / Universal
Estilo MPB
Año de Edición Original 1972

Más

Elis Regina (voz)

César Camargo Maiano (piano, piano eléctrico, órgano, clavicordio, arreglos), Luiz Cláudio Ramos (guitarras, viola de 12 cuerdas), Luizão Maia (bajo eléctrico), Paulo Braga (batería, percusión).

Reedición de 2021, producida por João Marcello Bôscoli, con nuevas mezclas y nueva masterización.

Elis Regina Carvalho da Costa (1945-1982), es unánimemente considerada como la más completa cantante que ha dado Brasil. En su corta pero intensa vida, dejó huella imborrable por su técnica depurada, por su asombrosa versatilidad, por su presencia sobre el escenario, por su sensibilidad para descubrir el talento de compositores noveles (fué la primera a grabar temas de Milton Nascimento, de João Bosco, de Ivan Lins, de Renato Teixeira, etc.)...y también por su volcánica personalidad. Su 17º LP, de 1972, titulado simplesmente Elis (como outros cuatro de su discografía) marca el início de su relación profesional (que se extenderia a lo sentimental) con el pianista y arreglista César Camargo Mariano. Contiene la primera grabación del genial "Águas de Março"; también del emotivo "Atrás da porta"; la presentación de dos jóvenes compositores nordestinos Fagner y Belchior...

"Em abril de 2012, João Marcelo Bôscoli iniciou no estúdio Trama, na cidade de São Paulo (SP), o meticuloso trabalho de remixagem do álbum Elis, lançado originalmente em 1972 pela gravadora Philips.
A intenção era lançar ainda naquele ano de 2012 uma edição comemorativa de 40 anos de um dos discos mais celebrados de Elis Regina (17 de março de 1945 – 19 de janeiro de 1982) com novas mixagens e masterização, nos moldes do que Bôscoli, filho da cantora gaúcha, já tinha feito com os álbuns Elis & Tom (1974), Falso brilhante (1976) e Elis (1980). Só que Elis não ressurgiu no mercado fonográfico em 2012 e tampouco em 2018, como também chegou a ser noticiado.
Nove anos após o início da mixagem, a gravadora Universal Music usa como gancho o 76º aniversário da artista – que poderia estar sendo festejado hoje, 17 de março de 2021, se a cantora não tivesse partido tão precocemente num rabo de foguete – para enfim apresentar a edição remixada e remasterizada (por Carlos Freitas) do álbum Elis, 49 anos após o lançamento do LP original.
O disco está sendo revitalizado no formato original de LP, em CD e em edição digital. Décimo primeiro álbum solo de estúdio da cantora, o LP Elis foi produzido por Roberto Menescal com arranjos do pianista César Camargo Mariano.
Trata-se do disco que deu início à fundamental associação de Elis com César após dois álbuns – ...Em pleno verão (1970) e Ela (1971) – produzidos por Nelson Motta, arquiteto da modernização do som e da imagem da cantora no alvorecer da década de 1970. Guiada por Motta, Elis soou mais antenada com o som pop da época, sepultando a imagem da artista refratária às revoluções musicais da segunda metade dos anos 1960.
Além dos arranjos de César Camargo Mariano, o álbum Elis é cultuado pelo excepcional repertório recolhido por Menescal, então diretor artístico da gravadora Philips.
No disco, Elis deu voz a músicas do porte de Atrás da porta (Francis Hime e Chico Buarque, 1972), Águas de março (Antonio Carlos Jobim, 1972), Bala com bala (João Bosco e Aldir Blanc, 1972), Cais (Milton Nascimento e Ronaldo Bastos, 1972), Casa no campo (Tavito e Zé Rodrix), Me deixa em paz (Ivan Lins e Ronaldo Monteiro de Souza, 1971), Mucuripe (Fagner e Belchior, 1972), Nada será como antes (Milton Nascimento e Ronaldo Bastos, 1971) e Vinte anos blue (Sueli Costa e Vitor Martins, 1972).
As únicas músicas antigas desse repertório então recente e majoritariamente inédito eram a valsa Boa noite, amor (José Maria de Abreu e Francisco Matoso, 1936) e o samba-canção Vida de bailarina (Chocolate e Américo Seixas, 1953), regravado por Elis para simbolizar o reconhecimento da influência exercida pela antecessora Angela Maria (1929 – 2018), intérprete original do tema, no canto da artista gaúcha na fase inicial da carreira.
Entre tantos sucessos, a única música que permaneceu obscura no repertório do antológico álbum Elis é Olhos abertos, parceria de Zé Rodrix (1947 – 2009) com Guarabyra. Todas as outras passaram para a posteridade, assim como o disco e o canto imortal de Elis Regina Carvalho Costa" Mauro Ferreira (g1.globo.com, 17.03.21)

"Em 1971, o cantor e compositor carioca José Rodrigues Trindade (25 de novembro de 1947 – 22 de maio de 2009), mais conhecido como Zé Rodrix, defendeu o ideal hippie de paz & amor ao apresentar a canção Casa no campo na sexta edição do Festival Internacional da Canção (FIC).
Com melodia de Tavito (1948 – 2019) e letra de Rodrix, Casa no campo foi gravada por Elis Regina (17 de março de 1945 – 19 de janeiro de 1982) para single editado naquele mesmo ano de 1971. O grande sucesso da música motivou a cantora a gravar, no ano seguinte, outra canção escrita por Rodrix nessa linha humanista.
Essa outra música, Olhos abertos, entrou no álbum Elis, lançado em 1972 pela gravadora Philips. É o primeiro disco da artista com produção coordenada por Roberto Menescal e – mais importante – com arranjos do pianista César Camargo Mariano. Músico projetado nos anos 1960, Mariano deu outra direção musical a Elis após dois álbuns feitos pela cantora sob a batuta pop de Nelson Motta.
Com repertório e arranjos primorosos, o álbum Elis resultou tão bem-sucedido na discografia de Elis Regina que a canção Olhos abertos acabou passando despercebida entre músicas que se tornariam antológicas como Atrás da porta (Francis Hime e Chico Buarque, 1972), Águas de março (Antonio Carlos Jobim, 1972), Bala com bala (João Bosco e Aldir Blanc, 1972) e Mucuripe (Fagner e Belchior, 1972) na voz da cantora, além da própria Casa no campo.
Olhos abertos é parceria de Zé Rodrix com o cantor e compositor baiano Guttemberg Nery Guarabyra, com quem Zé formava na época o trio Sá, Rodrix & Guarabyra, celebrizado pela adesão ao gênero conhecido como rock rural.
A melodia de Olhos abertos não é tão aliciante quanto a de Casa no campo, mas a letra, escrita de forma direta, sem metáforas ou poesia, ia direto ao ponto hippie. O sonho havia acabado, como anunciara John Lennon (1940 – 1980), mas ainda havia quem, como Zé Rodrix, acreditasse no poder da paz e do amor, mantendo o coração e os olhos abertos." Mauro Ferreira, Música para descobrir em casa 50 (g1.globo.com, 12.10.2020)

Temas

CD 1
01
20 anos blues
Sueli Costa - Vitor Martins
03:11
02
Bala com bala
João Bosco - Aldir Blanc
03:12
03
Nada será como antes
Milton Nascimento - Ronaldo Bastos
02:45
04
Mucuripe
Antonio Carlos Belchior (Belchior) - Raimundo Fagner (Fagner)
02:27
05
Olhos abertos
Zé Rodrix - Guarabyra
02:37
06
Vida de bailarina
Amércio Seixas - Dorival Silva
02:25
07
Águas de março
Antonio Carlos Jobim (Tom Jobim)
03:05
08
Atrás da porta
Francis Hime - Chico Buarque de Hollanda (Chico Buarque)
02:48
09
Cais
Milton Nascimento - Ronaldo Bastos
03:17
10
Me deixa em paz
Ivan Lins - Ronaldo Monteiro
02:10
11
Casa no campo
Zé Rodrix - Tavito
02:45
12
Boa noite amor
José Maria de Abreu - Francisco Mattoso
02:23