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¡Precio rebajado! Cordel do Fogo Encantado

Cordel do Fogo Encantado

Cordel do Fogo Encantado
Discos: MPB / Folclore del Nordeste

Disponible

9,25 € impuestos inc.

-50%

18,49 € impuestos inc.

Ficha técnica Discos

Sello Independiente
Estilo MPB / Folclore del Nordeste
Año de Edición Original 2001

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Cordel do Fogo Encantado: José Paes de Lira "Lirinha" (voz), Clayton Barros (guitarra acústica, voz), Emerson Calado, Nego Henrique y Rafa Almeida (percusión, voz).

Otros músicos participantes: Zé do Peba (acordeón), Zé do Né (aboio invertido), Lula Calixto (pífano), coros.

El grupo Cordel do Fogo Encantado nació en 1997, en Arcoverde, en el árido interior del Estado de Pernambuco, a partir de un espectáculo teatral homónimo que conjugaba música y poesía. Y esos son los ingredientes básicos de su música: la poesía popular (literatura de cordel, repentistas,...) y los ritmos tradicionales (toré indígena, samba de coco, reisado, embolada,...). Un cruce entre Quinteto Violado y Mestre Ambrósio, con una explosiva 'batida' absolutamente original, llevada al disco con ayuda del maestro Naná Vasconcelos, productor del mismo.
Más que una promesa.

"Sentados sobre o meio-fio de uma das ruas de paralelepípedos do Recife Antigo, os rapazes do Cordel do Fogo Encantado têm dificuldade em conceituar seu trabalho. E isso é uma virtude.
A mais nova revelação da música pernambucana, que lança seu primeiro CD, independente, com produção de Naná Vasconcelos, vem de Arcoverde, no sertão (a 252 km de Recife), e estende uma ponte ao morro da Conceição, na zona norte da capital do Estado.
No último domingo, o Cordel do Fogo Encantado fechou a terceira noite do festival Rec Beat, cuja programação, com novos nomes da cena pernambucana e nacional, termina hoje.
Trata-se do mesmo palco, montado na rua da Moeda, no Recife Antigo, onde o grupo estreou oficialmente em fevereiro de 99. Daí a empatia do público, que já conhece as letras de cor.
"Não fazemos a mera reprodução dos ritmos de raiz", afirma o vocalista e compositor Lirinha, 24. A cantiga de coco, o reisado ou o trupé (batida dos pés no chão que lembra tribos indígenas), por exemplo, manifestações tradicionais em Arcoverde, com as quais Lirinha e o violonista Clayton Barros, 24, convivem desde a infância, são evocadas não como resgate, releitura ou afins. "Isso tudo é muito frágil", diz Lirinha.
O mote é a transformação. Como os fenômenos da natureza que ancoram em suas letras, o Cordel dispensa a regra, o raciocínio, e se deixa levar pelo instinto, pelo que é inerente a cada um dos seus cinco integrantes.
"A gente coloca para fora o que o coração está pedindo", diz o percussionista Emerson Calado, 21, sem medo do clichê. Os também percussionistas (e primos) Nêgo Henrique, 23, e Rafa Almeida, 17, moradores do morro da Conceição, comunidade predominantemente negra, complementam a formação do grupo.
Os ritmos africanos, já dos tempos dos shows no sertão, consolidaram-se com os tambores de Nêgo e Rafa. Desde crianças, eles frequentam terreiro de umbanda da avó. Dominam instrumentos como gonguê, bombo de macaíba, djambê, ilu, congas e caixa.
Ainda tateando conceitos, Lirinha fala sobre a "visão profética do mundo" com a qual impregna suas letras, como nos versos de "Profecia Final": "Herdeiros do fim do mundo/ Queimai vossa história tão mal contada".
Seus companheiros brincam com (mas confirmam) uma constatação do público: no palco, Lirinha parece em transe, como se "baixasse um espírito" (sugere Nêgo). Lirinha vê reciprocidade. "Nas apresentações, nosso desejo é tirar as pessoas do normal, mas pela própria energia da música, sem pretensão mística."
Nos shows, recita versos/causos seus e de outros, como dos paraibanos Zé da Luz e Chico Pedrosa. Aliás, o nome do grupo expressa a oralidade dos cordelistas.
A afirmação da identidade do cordel, respaldada sobretudo pelo público e por Naná Vasconcelos, ajuda a entender a sua não-associação imediata com o braço musical do movimento mangue beat, catalisado por Chico Science & Nação Zumbi, Mestre Ambrósio e Mundo Livre S/A.
O determinismo geográfico pode ser um ponto de partida. "O mangue beat tem uma perspectiva ligada ao caos da cidade; a gente vem do interior", diz Clayton.
"Apesar de não fazer parte direta do mangue beat, estamos integrados a ele, sim. Foram essas bandas que abriram o mercado, que deram uma dimensão profissional para os músicos de Pernambuco", afirma Lirinha.
O CD com 18 canções foi lançado primeiro em Arcoverde, em dezembro passado, depois em Recife, no início do mês. Houve uma tiragem promocional para a revista "Trip", com dez faixas.
Os próximos shows do Cordel em São Paulo serão nos dias 18 e 19 de abril, no Sesc Pompéia, com participação de Naná Vasconcelos. Em breve, acontecerá a primeira turnê pela Europa.
"Acho que a língua mais falada no mundo é a da música", conclui Clayton." Valmir Santos (Folha de S.Paulo, 27.02.2001)

Temas

CD 1
01
A chegada de Zé do Né na Lagoa de Dentro
Lirinha - Clayton Barros
02
Poeira (ou Tambores do vento que vem)
Lirinha - Clayton Barros
03
Profecia (ou Testamento da ira)
Lirinha - Clayton Barros
04
Boi luzeiro (ou A pega de violento, vaidoso e avoador)
Lirinha - Clayton Barros
05
Chamada dos santos africanos
Lirinha
06
Chover (ou Invocação para um dia líquido)
Lirinha - Clayton Barros
07
O cordel estradeiro
Lirinha
08
Antes dos mouros
Lirinha
09
Os oím do meu amor
Lirinha - Clayton Barros
10
Toada velha cansada
Lirinha
11
Salve
Lirinha - Clayton Barros
12
Alto do cruzeiro (ou Auto do cruzeiro)
Lirinha - Clayton Barros
13
Pedrinha
Lirinha - Clayton Barros
14
Foguete de reis (ou A guerra)
Lirinha
15
O carroceiro
Clayton Barros
16
Profecia final (ou No mais profundo)
Lirinha
17
Catingueira
Lirinha - Clayton Barros
18
Ai se sesse
Lirinha