Suscripción Newsletter

Recibe noticias y avisos de promociones especiales

Sou de qualquer lugar

Daniela Mercury
Discos: Pop / Axé music

Disponible

16,62 € impuestos inc.

Ficha técnica Discos

Sello BMG
Estilo Pop / Axé music
Año de Edición Original 2001

Más

Daniela Mercury (voz)

Joatan Nascimento (trompeta, arreglos), Paulinho Trompete (trompeta), André Becker (saxo, flauta), Carlos Malta (saxo soprano), Zé Carlos (saxo tenor, saxo barítono), Fred Dantas (trombón, arreglos), Marcos Nimrichter o Franciel do Acordeom (acordeón), Mikael Mutti (teclados, programaciones), Sacha Amback (teclados, arreglos), Jorjão Barreto (teclados), Henrique Portugal (teclados, arreglos), José Lourenço (piano eléctrico, pads, bao sint.), Celso Fonseca (guitarras, bajo, teclados, percusión, programaciones), Alexandre Vargas (guitarras), Davi Moraes o Fernando Vidal (guitarra eléctrica), Gerson Silva (guitarra acústica, viola de 10 cuerdas), Arthur Maia o Cesário Leony o Lelo Zanetti o Décio Crispim (bajo), Marcelo Brasil o Carlos Bala o Chocolate o Jorginho Gomes (batería), Ramiro Musotto (percusión, programaciones, arreglos), Fabrício Santos, Rudson Almeida, Ivan Huol, Márcio VitorPedro Dantas, Firmino y Robertinho Silva (percusión), Carlinhos Marques, Dalmo Medeiros, Paulinho Caldas y Renan Ribeiro (coros), Martin Musotto y Jongui (programaciones), Walter Costa (efectos, vocoder), Marcos Almeida (scratches), Letieres Leite (arreglos)

Participación especial de: Toni Garrido (voz).

Séptimo álbum de la gran artista bahiana, segundo para la neva discográfica y segundo de intencionado alejameinto de la Axé music que le dio la popularidad. En la misma línea de fusión con la música electrónica de su disco anterior, no tuvo ni las buenas críticas ni la aceptación popular de éste. El tema de más éxito fue su versión del "Mutante" de Rita Lee y Roberto de Carvaho. Los otros singles del álbum, "Beat Lamento" y "Estrelas", ésta a duo con Toni Garrido, quedaron a bastante distancia.

"É curioso ouvir Daniela Mercury, 36, falar de seu passado. Rainha do trio elétrico baiano, abre-alas da geração musical mais tarde conhecida como a do axé music e sobrevivente nos escombros dessa mesma moda, hoje divulga "Sou de Qualquer Lugar", seu sétimo disco. Nem sempre ela teve tanta carga nas costas.
Sua escola não foi o Carnaval, mas a cantoria de barzinho em Salvador, da qual ela espontaneamente vai se lembrando. "Quando comecei cantando na noite, era engraçado porque havia essa ditadura do que os outros gostam. Sempre alguém imprime isso, seja um amigo ou meu pai pedindo para eu gravar um disco de bossa nova. Que diacho. Todo mundo tem de desejar tanto de mim?"
Devia obediência à freguesia, é isso? "Não, eu não tinha de obedecer. Tomei raiva de algumas músicas. Por que todo mundo queria ouvir sempre as mesmas? Mesmo que gostasse delas, tinha uma raiva grande de chegar para cantar e encontrar dez bilhetinhos pedindo a mesma música."
Confessa que, mais tarde, passou a alimentar esse tipo de sentimento pelas canções de seu próprio repertório: "Passei anos cantando "Pega Aqui, Ó", um sucesso meu ainda com o grupo Companhia Clic, e depois me libertei. Já driblei "O Canto da Cidade" várias vezes. Vou colocando outros arranjos, saindo pela esquerda, deixo para o segundo bis -se alguém pedir segundo bis".
Mas e no barzinho? "Eu cantava cada coisa na noite que ninguém acredita. Usava as músicas de que o público gostava para fazê-lo prestar atenção nas que não conhecia: "Atrás da Porta", "Bárbara", "Upa, Neguinho". A gente faz o jogo, alterna um hit e uma inédita."
Revela, enfim, as da "raiva", que precisava cantar sem escapatória: ""Dia Branco", de Geraldo Azevedo, "Canteiros", de Fagner, "Andança"... Alguma de rádio da qual não gostava dizia que não havia aprendido a letra. Houve um episódio em que um cara jogou dinheiro no palco e eu, arretada, desci, devolvi e disse que eu não estava ali a serviço dele nem minha voz tinha preço. Naquele tempo já era brigona".
É hora de transpor a relação de conflito entre os desejos da platéia e os da artista para seus discos comerciais e para o atual momento de redefinição do mercado musical pós-axé: "Todos os meus discos tinham músicas de que gostava. De algumas não gosto mais, mas na época gostava de todas".
"Mas sempre tive a preocupação de achar coisas que pudessem chegar às pessoas em cada momento histórico. Hoje, o mercado está muito tenso com a pirataria, mas não acho seguro repetir fórmula, tentar sempre usar música de novela para alavancar disco. É uma besteira, desnecessário", diz.
No Brasil pós-axé, "Sou de Qualquer Lugar" aposta na variedade. Agrupa cinco produtores, intervenções eletrônicas, faixas românticas nos moldes do hit recente em novela da Globo, uma releitura de "Mutante" (Rita Lee, 81), outra de "A Praieira" (Chico Science, 94) e um forró universitário de Gilberto Gil ("Quem Puder Ser Bom que Seja").
Admite que a intricada faixa-título de Lenine e Dudu Falcão não deve ter a facilidade que no passado tiveram "Swing da Cor" (91) e "O Canto da Cidade" (92) para emplacar no alto do trio elétrico. "Mas hoje estou mais livre, estou sem cordas, estou independente no Carnaval", resigna-se.
Sabe-se precursora, mas não se considera responsável pela explosão do axé: "Na segunda etapa da hegemonia do axé, quando surgiram É o Tchan e Banda Eva, dialoguei muito pouco com esse tipo de música. Mas segui um caminho particular, sempre fui mais altruísta que intimista. Muitas vezes me senti dividida entre fazer festa no palco ou ser agradável de ouvir em CD. Seja como for, sinto-me orgulhosa de ter participado daquele processo, que trouxe o samba de volta ao pé do país".
Daniela responde se a diversidade de agora é teste de alternativas para definir um novo rumo, se se sente em crise na hora de criar.
"Em crise, não, mas há momentos de esvaziamento. Que caminho seguir, se são tantas as possibilidades? Como transito por muitos gêneros, isso às vezes confunde. Mas sempre fui eclética, não me preocupo com unidade", explica-se a moça do barzinho, a moça do trio elétrico, a moça do samba-reggae que cobiça a MPB." Pedro Axandre Sanches (Folha de Sõa Paulo, 01.10.2001)

Temas

CD 1
01
De qualquer lugar
Lenine - Dudu Falcão
04:37
02
Baiana havaneira
Carlinhos Brown
03:25
03
A praieira
Chico Science
03:42
04
Beat lamento
Márcio Mello
03:38
05
Aeromoça
Daniela Mercury - Gabriel Povoas
03:39
06
Estrelas
Tenison Del Rey - Carlos Neto
Daniela Mercury & Toni Garrido
03:45
07
Ata-me
Daniela Mercury
03:17
08
Mutante
Rita Lee - Roberto de Carvalho
04:25
09
Um tempo de paixão
Dalto - Cláudio Rabello
03:49
10
Bora morar
Carlinhos Brown
04:19
11
Quem puder ser bom que seja
Gilberto Gil
03:58
12
Janela
Kiko Furtado - Daniel Gonzaga
03:50
13
Nossa música
Celso Fonseca
03:53
14
Nina
Chiquinha Gonzaga
04:05