Suscripción Newsletter

Recibe noticias y avisos de promociones especiales

Marcha sobre a cidade

Grupo Um
Discos: Jazz-rock

Disponible

16,62 € impuestos inc.

Ficha técnica Discos

Sello Editio Princeps
Estilo Jazz-rock
Año de Edición Original 1979
Instrumental

Más

Grupo Um: Lelo Nazario (piano eléctrico, percusión), Zeca Assumpção (bajo eléctrico, piano, percusión), Zé Eduardo Nazario (batería, percusión), Carlinhos Gonçalves (percusión).

Participación especial de: Mauro Senise (saxo soprano, saxo alto, flauta), Roberto Sion (saxo soprano).

Primera edición en CD, de 2002, del disco lanzado en 1979 de forma independiente. Remasterizado, con portada, contraportada y ficha técnica originales. Incluye 2 temas extra.

"Considerado um ícone da música brasileira, o álbum de estreia do Grupo Um é resultado de um pensamento musical original e o primeiro LP instrumental independente produzido no Brasil. O disco é importante por criar uma linguagem e uma estética próprias e por quebrar o bloqueio imposto pela indústria fonográfica à música instrumental.
A um só tempo, Marcha elevou o Grupo Um ao patamar de expoente da vanguarda musical e de pioneiro da produção independente no país, desbravando caminhos alternativos para a expressão artística e abrindo as portas de um novo universo de possibilidades num contexto de restrições políticas e culturais do final dos anos 1970 e início dos anos 1980.
Custeado pelos próprios músicos, o disco foi gravado em 1979, num único dia, no Estúdio Vice-Versa B, do maestro Rogério Duprat, que contava apenas com quatro canais. “O som saiu ótimo, mas foi uma loucura para evitar o vazamento, porque a gente gravou overall (sem isolamento de instrumentos e aparelhos) e, portanto, não podia haver erro, porque não dava para regravar em playback”, contou o pianista Lelo Nazario ao semanário Canja em julho de 1980. O disco foi registrado “quase efetivamente ‘ao vivo’: o lado ‘A’ inteiro foi gravado em uma tomada!”, recorda o baterista Zé Eduardo Nazario.
A estreia foi em 1980 no Teatro Lira Paulistana, ponto de encontro da vanguarda paulista na época. Síntese de elementos da música erudita contemporânea, do jazz moderno, da percussão de ponta e da rítmica afro-brasileira, Marcha Sobre a Cidade causou um grande impacto no público e na crítica, que recebeu o disco com entusiasmo e elogios. “O jazz mais criativo e profissional que desconhece barreiras”, destacou Wladimir Soares no Jornal da Tarde, em fevereiro de 1980. Um disco “para quem não parou no tempo”, sintetizou Francisco Teixeira Rienzi, na Tribuna de Santos, também em fevereiro daquele ano. Marcha “representa um passo à frente na música instrumental em nosso país”, festejou José Domingos Raffaelli, no Jornal do Brasil, em março do mesmo ano.
O grande sucesso do álbum motivou o convite do produtor Wilson Souto Júnior, o “Gordo”, para o lançamento de uma segunda edição pelo selo Lira Paulistana em 1981. Uma edição francesa, com capa distinta da original, saiu pela gravadora Syracuse em 1983, ano em que o Grupo Um excursionou pela Europa.
As músicas de Marcha Sobre a Cidade foram criadas a partir de experimentações com as linguagens de vanguarda e já eram apresentadas em concertos desde a criação do grupo. “Estruturas de uma certa complexidade, com alternância de ritmos… mostram o elevado nível… dos jovens músicos”, observou o crítico Roberto Muggiati, na revista Manchete em abril de 1980. O disco “tem apenas seis faixas, todas elas ótimas e instigantes nas suas improvisações jazzísticas”, elogiou Wladimir Soares no Jornal da Tarde, em março do mesmo ano.
A faixa-título, composta inicialmente em 6/8 e com um beat de jazz contemporâneo, “foi se tornando mais livre à medida em que era tocada e aperfeiçoada”, revela Lelo Nazario. O Grupo Um projetou o jovem músico num plano de destaque na cena musical brasileira, sendo reconhecido como pianista de grande virtuosismo e compositor de concepção arrojada. Segundo o crítico José Domingos Raffaelli, em resenha intitulada “Um grupo de vanguarda”, a faixa “Marcha Sobre a Cidade” mostra a “imaginação requintada” de Lelo, “num dos momentos mais empolgantes do disco”. Entre os álbuns instrumentais independentes, Marcha “é o mais denso em inovações … e Lelo Nazario, pianista-líder, parece constituir-se no músico mais completo desta geração”, apontou o crítico João Marcos Coelho na Folha de S. Paulo, em março de 1981.
Além de quatro composições de Lelo, resultado da fusão de influências contemporâneas, o álbum original inclui um solo de bateria de Zé Eduardo Nazario, “com forte inspiração afro”, e um tema emotivo de Zeca Assumpção. Aliás, esse trio foi a pedra fundamental do Grupo Um, a mesma que sustentava a base na banda de Hermeto Pascoal até 1977.
Ao longo do tempo, Marcha Sobre a Cidade se tornou um cult, não apenas entre os apreciadores de música instrumental e jazz, como também entre os fãs de jazz-rock. Todas as edições se esgotaram rapidamente, inclusive na Europa, e o vinil se tornou objeto de desejo de fãs e colecionadores." Irati Antonio

Temas

CD 1
01
[B(2)/10-O.75-K.78]-P(2)-[O(4)/8-O.75-K77]
Lelo Nazário
07:25
02
Sangue de negro
Zé Eduardo Nazário
04:33
03
Marcha sobre a cidade
Lelo Nazário
10:23
04
A porta do "Sem nexo"
Lelo Nazário
09:52
05
54754-P(4)-D(3)-0
Lelo Nazário
03:06
06
Dala
Zeca Assumpção
04:00
07
N'daê (bonus)
Zé Eduardo Nazário
05:52
08
Festa dos pássaros (bonus)
Zé Eduardo Nazário
02:50
09
C(2)/9-0.74-K.76 (bonus)
Lelo Nazário
11:10