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Mestres da MPB - Nora Ney

Nora Ney
Discos: Música popular brasileña años 50

Disponible

13,17 € impuestos inc.

Ficha técnica Discos

Sello Continental
Estilo Música popular brasileña años 50
Año de Inicio de Recopilación 1952
Año de Fin de Recopilación 1957
Año de Edición Original 1994

Más

Nora Ney (voz)

Participación especial de: Ataulfo Alves & Suas Pastoras.

"(...) Na certidão de nascimento, Nora Ney era Iracema de Souza Ferreira (20 de março de 1922 – 28 de outubro de 2003), cantora carioca que faria 100 anos neste domingo e cuja carreira fonográfica completa 70 anos em 2022.
O Brasil parece ter esquecido o centenário dessa cantora que marcou época nos anos 1950 como a voz noturna dos fracassados no amor. Uma voz grave de contralto que ajudou a popularizar o samba-canção com interpretações que, na contramão do estilo grandiloquente da maioria dos cantores do gênero, expressava o melodrama e as dores de amor em tons mais interiorizados, quase como se estivesse recitando, e não dizendo, os versos desiludidos dos poetas da música.
Pesquisadores musicais costumam destacar o fato de ter sido Nora Ney a primeira intérprete a gravar um rock no Brasil. De fato, em 1955, Nora gravou o seminal rock'n'roll Rock around the clock (Max Freedman e James Myers, 1954) – petardo disparado na voz do cantor norte-americano Bill Haley (1925 – 1981) no ano anterior – no original em inglês, ainda que a versão tivesse sido apresentada com o título em português de Ronda das horas no disco editado em dezembro daquele ano de 1955.
Contudo, em que pese esse fato tão curioso quanto acidental, Nora Ney passou mesmo para a história da música brasileira como intérprete refinada de sambas-canção como Menino grande (1952), joia de ternura antiga com o qual a cantora estreou em disco em 1952, há 70 anos, apresentando o compositor pernambucano Antônio Maria (1921 – 1964).
De Maria, Nora lançaria ainda no mesmo consagrador ano de 1952 outro blockbuster, Ninguém me ama (1952), samba-canção composto por Maria com o parceiro Fernando Lobo (1915 – 1996). O canto íntimo e quase sussurrante de Nora Ney a credenciava para dar voz a essas músicas vocacionadas para serem ouvidas no escurinho esfumaçado das boates e bares, redutos de mágoas afogadas em álcool.
É nesse universo que se ambienta De cigarro em cigarro, samba-canção de Luiz Bonfá (1922 – 2001) apresentado na voz de Nora Ney em disco de 78 rotações editado em março de 1953. Que outra voz era mais talhada para ruminar a impaciência e o ressentimento entranhados em Aves daninhas (1954), samba-canção de Lupicínio Rodrigues (1914 – 1974), compositor cuja obra é pote-até-aqui-de-mágoa?
No áureo início de carreira fonográfica, Nora Ney também teve a voz veiculada em filmes como Carnaval Atlântida (1953) e Carnaval em Caxias (1954), como era praxe em época em que o cinema era também a plataforma audiovisual da música. E, seguindo o protocolo da época, também foi cantora do rádio.
Finda a década de 1950, marcada em 1958 pela revolução da Bossa Nova, a discografia de Nora Ney perdeu impulso. Talvez porque a cantora não tenha renovado o repertório com o fim da era de ouro do samba-canção.
Nora chegou a gravar um ou outro álbum, caso de Tire o seu sorriso do caminho que eu quero passar com a minha dor (1972), no qual deu voz a dois sambas amargurados de Nelson Cavaquinho (1911 1986) e Guilherme de Brito (1922 – 2006), entre revisitações do cancioneiro que lançara na primeira metade dos anos 1950.
A rigor, Nora Ney pareceu ter ficado musicalmente presa a um passado de glória, o que a impediu de alçar outros voos artísticos ao fim da era áurea. E assim foi até a cantora sair de cena em 2003, aos 81 anos.
Como esse passado é tão forte, a voz de Nora Ney está imortalizada na história da música popular do Brasil, país que jamais deveria deixar passar em branco o centenário de nascimento dessa memorável voz dos fracassados no amor." Mauro Ferreira (g1.globo.com, 20.03.2022)

Temas

CD 1
01
Ninguém me ama
Antonio Maria - Fernando Lobo
02:36
02
De cigarro em cigarro
Luiz Bonfá
02:44
03
Se eu morresse amanhã
Antonio Maria
02:59
04
Menino grande
Antonio Maria
03:01
05
Bar da noite
Bidu Reis - Haroldo Barbosa
03:04
06
Solidão
Antonio Carlos Jobim (Tom Jobim) - Alcides Fernandes
02:53
07
Preconceito
Antonio Maria - Fernando Lobo
02:45
08
É tão gostoso seu moço
Mário Lago - Chocolate
02:37
09
Aves daninhas
Lupicinio Rodrigues
03:02
10
Só louco
Dorival Caymmi
02:34
11
Meu lamento
Ataulfo Alves - Jacob Pick Bittencourt (Jacob do Bandolim)
02:53
12
Madrugada três e cinco
Antonio Maria - Ismael Netto
02:52
13
Franqueza
Denis Drean - Osvaldo Guilherme
03:16
14
O morro
Antonio Carlos Jobim (Tom Jobim) - Billy Blanco
03:11
15
Não diga não
Tito Madi - Georges Henry
02:42
16
Saudade da Bahia
Dorival Caymmi
02:54
17
Chove lá fora
Tito Madi
02:53
18
Se a saudade me apertar
Ataulfo Alves - Jorge de Castro
03:05
19
Quanto tempo faz
Fernando Lobo
02:44