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Vagabundo

Ney Matogrosso & Pedro Luís e A Parede
Discos: MPB

Disponible

16,62 € impuestos inc.

Ficha técnica Discos

Sello Globo-Universal
Estilo MPB
Año de Edición Original 2004

Más

Ney Matogrosso (voz)

Pedro Luís e A Parede: Pedro Luís (voz, guitarra acústica, guitarra de 12 cuerdas, viola caipira, cavaquinho, guitarra midi), Mario Moura (bajo, guitarra de 7 cuerdas, berimbau), C.A. Ferrari, Celso Alvim y Sidon Silva (percusión).

Glauco Cerejo (saxo soprano, saxo tenor, flauta), Pedro Jóia (guitarra acústica, laúd), Ricardo Silveira (guitarra eléctrica).

Participación especial de: Antonio Saraiva (saxo tenor, arreglos) y Wilson das Neves (percusión).

Edición en formato Digipack.

El sorprendente encuentro del artista consagrado con el pujante grupo resultó más que positivo. El disco obtuvo los elogios de la crítica especializada y mereció el prestigioso premio como Mejor Disco del Año 2004 otorgado por la APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte).

"Se a barca grande ameaça afundar, a hora é de união. Ney Matogrosso, 62, desce um degrau na escada das gerações e topa dividir seus vocais preciosistas com a garganta mais displicente de Pedro Luís, 43. "Vagabundo" surge como disco e futuro show em que o ex-líder dos Secos & Molhados se vê emparedado pelo cimento sonoro do comboio Pedro Luís e A pArede.
Líderes da ex-poderosa indústria fonográfica, a Universal e a Som Livre (da Globo) também se unem, para divulgar e distribuir o disco. A debochada faixa de abertura, "A ordem é samba", já foi incorporada à trilha da novela gobal "Celebridade".
As barreiras geracionais caem, à moda do que aconteceu há pouco no encontro entre Fagner e Zeca Baleiro, e fazem Ney se empolgar: "Isso que está acontecendo vai ser bom, sim, para eles. vai ser bom pra mim".
"É sangue novo, é um estímulo para mim. O som deles é barra-pesada, é pau dentro. Mas vou lá, acha que titio perdeu?", copleta, sob gargalhadas da Parede.
Pedro Luís, fã de Secos & Molhados quando criança, transpira certa dose de receio por baixo doentusiasmo: "É um desafio estra com uma figura tão querida e expressiva, cantar com um dos grandes intérpretes da MPB, ver como é que a gente vai adaptar a voz dele à nossa favela".
Ney aborda o encontro-choque entre as duas vozes: "Nem sabiamos se dariam certo juntas. Mas deu, elas timbraram. A gente funciona bem junto.".
E entrega disparidades: "Pedro diz que as pessoas fazem restrições à sua voz, mas acho que cantar bem não é o mais importante. O importante é ter estilo, senão você passa despercebido".
Se Ney traz bel-canto e dsiciplina à Parede, há também a contracorrente. Predominam no CDcanções semi-inéditas de artistas do subterrâneo musical do Rio (Antonio Saraiva, Fred Martins, Suely Mesquita, Cabelo) e de São Paulo (Itamar Assumpção, Alzira espíndola, André Abujamra).
A Parede contesta: " Para nós isso não é underground, é o nosso "ground". Celso Alvim, percussionista da Parede, completa, entre o submerso e o emergente: "Essa é a nossa galera, a galera que convive com a gente".
Ney se assanha, do alto de seu currículo de releituras de Villa-Lobos, Cartola e Tom Jobim.: "Eu sou underground, sim. Nunca deixei de ser. Sou aquele mesmo hippie dos anos 60, que apenas hoje tem bens e dinheiro. Quero morrer com 100 anos, livre".
Chuta o bom-mocismo ao comentar o fato de ser dos poucos veteranos da MPB que têm por hábito desbravar repertório de autores menos conhecidos.
"As pessoas só querem cantar os medalhões, é o que move essa mediocridade do nosso meio musical. Os intérpretes só querem Chico, Caetano", mira. "Ou então o que está na moda agora", engaja-se C.A. Ferrari, da Parede.
Não é que a tradiçao esteja ausente do encontro. "A ordem é samba" (63) é um original do rei do coco, Jackson do Pandeiro. "Foi feita como uma crítica ao samba, se é samba que eles querem, eu faço", define Ney.
"Disritmia" (73), de Martinho da VIla, evoca o repertório pós-batucada do Monobloco (grupo paralelo da Parede), mas entrou por sugestão de Ney.
E não fica de fora o imaginário "glam rock", do desbunde pós-tropicália. Dos Secos & Molhados, entra "Assim assado" (73); do Ney antigo, "Napoleão" (80).
Para batizar o CD, ficaram entre os títulos de duas canções contemporâneas, "Vagabundo" e "Jesus". "Outro dia tive que explicar para uma pessoa o tema de "Jesus", ela foi ficando constrangida. Mas não é deboche. "Vamos tirar Jesus da cruz" é um ideal meu. Ele não precisa estar sempre na cruz, isso é mórbido" explica Ney, avesso às paixões de Cristo.
"Já quis cantar essa música antes, mas na época não segurei", ele conta. "Agora ele tem a Parede para protegê-lo", brinca Pedro. Tem, mas preferiu "Vagabundo" para o título. "Apesar de que vagabundo é tudo que não somos. É uma provocação", termina Ney." Pedro Alexandre Sanches (Folha de S.Paulo, 05.04.2004)

Temas

CD 1
01
A ordem é samba
Jackson do Pandeiro - Severino Ramos
03:54
02
Seres tupy
Pedro Luís
04:54
03
Transpiração
Alzira Espíndola - Itamar Assumpção
04:22
04
Interesse
Suely Mesquita - Pedro Luís
04:03
05
Assim assado
João Ricardo
03:26
06
Noite severina
Lula Queiroga - Pedro Luís
03:58
07
Vagabundo
Antonio Saraiva
04:14
08
Inspiração
Gilberto Mendonça Teles - Pedro Luís
03:16
09
Disritmia
Martinho da Vila
03:57
10
Napoleão
Luhli - Lucinha
03:54
11
Tempo afora
Fred Martins - Marcelo Diniz
03:47
12
Jesus
Gustavo Valente - Lucas de Oliveira - Dado - André Pessoa - Rodrigo Cabelo - Beto Valente - Pedro Luís
04:28
13
Finalmente
Itamar Assumpção - Alzira Espíndola - Paulo Salles
05:02
14
O mundo
André Azambuja
04:57