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Em Minas ao vivo - Piano e voz

Antonio Carlos Jobim
Discos: MPB

Disponible

Ficha técnica Discos

Sello	Jobim Music / Biscoito Fino
Estilo	MPB
Año de grabación	1981
Año de Edición Original	2004
Concierto

Más

Antonio Carlos Jobim (piano, voz)

Grabado "ao vivo" en el Grande Teatro do Palácio das Artes, en Belo Horizonte (en el Estado de Minas Gerais), el 15 de marzo de 1981.

Edición en formato Digipack.

"Foi durante as águas de março de 1981 que o público presente no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, assistiu pela primeira vez, em 20 anos, a um recital de Antonio Carlos Jobim na capital mineira. Tom recriou de maneira particularmente emocionada algo essencial de seu cancioneiro e homenageou seus principais parceiros de vida e música.
Só com o piano, Tom cantou, tocou e conversou, soberano das artes seja em que palácio for, como se estivesse na sala de visitas de sua própria casa – ou na sala de qualquer um de nós. São 18 músicas, duas com Newton Mendonça, duas com Dolores Duran, duas com Aloysio de Oliveira, uma com Chico Buarque, sete com Vinicius, quatro só de Tom.
‘Antonio Carlos Jobim em Minas’ nos transforma em testemunhas auditivas e sensoriais de uma das mais felizes noites da história da música brasileira." (exto de presentación del sello discográfico)

"Ontem eu estava muito nervoso, porque eu não sou muito de fazer show, né?", começa a confessar Tom Jobim, antes mesmo de cantar uma nota só que seja. É o que há de mais inédito em "Antonio Carlos Jobim em Minas ao Vivo", a oportunidade de ouvi-lo opinar sobre música -e o resto das coisas- em linha direta com seu público.
"A gente não pode ser aquele garoto tímido toda a vida, né?", continua, em tom coloquial, justificando uma pouco sabida e até então vigente fobia de palco (ainda não nascera a famigerada Banda Nova). "Tem que se dar um pouco mais e chegar mais perto do público sem aquela armadura toda", filosofa, prenhe de nudez.
Logo a seguir, Tom canta a também pouco conhecida introdução de "Desafinado", que teria sido criada posteriormente por ele, com letra de Ronaldo Bôscoli, e não do parceiro oficial da canção, Newton Mendonça.
Pequenos indeditismos vão acontecendo, como quando, ao final de "Estrada do Sol", só de piano, se mantém a respiração carregada, algo tensa, do maestro. A música perde limpeza e assepsia, a complexidade do músico volta à tona no modo mais completo.
Esse é um dos trunfos que a associação entre os herdeiros de Jobim e a preciosista (embora um tanto tradicionalista) Biscoito Fino pode vir a render. Até aqui, a maior parte do muito ou pouco que se editou do Jobim póstumo resvalava perigosamente na redundância e na irrelevância.
Enquanto se encontravam inéditos duvidosos do artista, gravadoras como Warner e Universal mantinham e mantêm fora de órbita grande parte de sua obra original.
Trazê-la de volta parece ser uma das promessas da Jobim Biscoito Fino (...)
Por enquanto, há o show mineiro de 1981, que é cheio de recheios, embora não chegue a ser algo comparável a maior parte do que o artista, vivo, comercializou por desejo próprio.
Mas o setor não-inédito mostra que também o esperado faz lá suas surpresinhas, como quando a voz desconjuntada de não-cantor do maestro enfatiza, na batida "Água de Beber", que "o medo pode matar o teu coração". Mora ali nessa filosofia o recado que Tom Jobim ainda tem a enviar, dez anos depois de morto, a seus herdeiros -a todos que tenham Brasileiro no sobrenome, até para iraquianos e norte-americanos." Pedro Alexandre Sanches (Folha de S.Paulo, 12.11.2004)

Temas

CD 1

Desafinado
Antonio Carlos Jobim (Tom Jobim) - Newton Mendonça