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Alzira E & Alice Ruiz
Discos: MPB / Poesía

Disponible

Ficha técnica Discos

Sello	Independiente
Estilo	MPB / Poesía
Año de Edición Original	2005

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Alzira E (Alzira Espíndola) (voz, guitarra acústica), Alice Ruiz (voz)

Décio Gioielli (marimba, kalimba, steel dums, percusión), Luiz Waack (guitarra acústica, guitarra portuguesa), Paulo Lepetit (bajo), Sandro Moreno (batería, percusión).

Participación especial de: Arnaldo Antunes (voz) y Zélia Duncan (voz).

Buen debú discográfico de la escritora y poeta curitibana Alice Ruiz (Alice Ruiz Scherone) (Curitiba, Paraná, 1946) (ganadora del Prêmio Jabuti de poesía en 1989 y viúda del también poeta Paulo Leminski) en el que presenta 'parcerias' inéditas junto a la cantante y compositora surmatogrosensel Alzira Espíndola (Alzira Maria Miranda Espíndola) (Campo Grande, Mato Grosso do Sul, 1957), que alterna con algunos de sus poemas recitados por ella misma.

"Da música à amizade. Da amizade à música. A parceria de Alzira Espíndola e Alice Ruiz, ao se aproximar da maioridade, inverteu as sentenças e as levou a "Paralelas", trabalho lançado pelo selo Duncan Discos.
Foi em 1989, num show no bar Boca da Noite, na Bela Vista, que a cantora e a poeta se viram pela primeira vez. Espíndola, apresentando-se com o compositor e instrumentista Itamar Assumpção; Ruiz, também parceira do músico, assistindo ao show.
"Nos conhecemos através do Itamar, quando ele começou a compor com o Paulo Leminski e com a Alice (viúva do poeta)", diz a cantora sul-mato-grossense. "Compúnhamos à distância [Alice morava em Curitiba]. Havia uma afinidade, uma empatia muito grande entre nós. Virou amizade... Das duas mulheres, das duas mães, das duas artistas. Essa amizade tem muito peso quando nós compomos. As composições às vezes nascem de conversas, de pontos de vista que nós temos."
As vivências compartilhadas estão, por exemplo, em "Para Elas". À época, mães de adolescentes, Espíndola e Ruiz acompanhavam (e sofriam) os momentos de transformação na vida das filhas. As conversas se transformaram em música ("Por mais que vá sofrer/ é o jeito de aprender/ e o teu caminho/ só você vai percorrer/ se você vence, eu venço/ se você perde, eu perco/ e nada posso fazer/ só deixar você viver").
"Estávamos com as filhas mulheres adolescentes. Ela com Estrela, e eu com Iara, Aruana... Eu tenho várias moças", conta Espíndola. "Estávamos passando por um momento de transformação. Ser mãe de adolescente é um outro estágio. É um momento delicado, tem que haver muita compreensão. É difícil ver seu filho, e mais ou menos saber onde vai dar certas coisas, e não pode interferir. Estávamos conversando, passando as mesmas coisas, vendo-as sofrer as primeiras desilusões. Isso resultou em "Para Elas". É a mais emocionante."
E como lidar com a emoção de cantar com Ruiz? De rememorar os momentos em que essas músicas foram compostas?
"É uma emoção que você tem que jogar para outro espaço. O recado que ela traz, as lembranças das situações... Tem que agir com uma frieza doada. Você se doa para a emoção e ao mesmo tempo não se contamina dela", diz.
Na casa das duas dezenas ("Temos umas 25 músicas"), as parcerias Alzira-Alice no disco são 12 -além de várias poesias de Ruiz (...)
"Uma das intenções é apresentar o nosso trabalho como autoras para que outros artistas tenham acesso. É bom se alguém quiser gravar", diz Espíndola. "Tanto faz você ou alguém cantar."
Melhor ainda quando esse alguém é Zélia Duncan, que além de lançar o disco por seu selo, empresta sua voz a três canções do CD ("É Só Começar", "Diz que É Você" e "Invisível").
"A Zélia comprou o projeto e assinou embaixo. Estar com ela é uma coisa muito boa. Ela é uma cantora de peso na música brasileira, muito prestigiada e séria. Tem a generosidade de querer investir em coisas novas, que as pessoas não têm acesso, de levar para mais gente. Estou achando a atitude dela muito supimpa" (...)" Janaina Fidalgo (Folha de S.Paulo, 08.09.2005)