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Tem arte na barbearia

Bonsucesso Samba Clube
Discos: Pop / MPB

Disponible

18,49 € impuestos inc.

Ficha técnica Discos

Sello Independiente
Estilo Pop / MPB
Año de Edición Original 2006

Más

Bonsucesso Samba Clube: Rogério Homem (voz), Bernardo Vieira (voz, melódica, teclado, percusión, producción), André Édipo (guitarras, bandolim, teclado), Chico Tchê (bajo, voz), Raphael B. (batería, voz), Gilsinho (percusión).

Edición en un original formato Digipack desplegable.

"Dos novos pernambucanos que baixaram nos últimos tempos no Sudeste, o Bonsucesso Samba Clube e o Mombojó guardam semelhanças na linha de frente. Crias da segunda dentição do movimento mangue beat, ambos estão no segundo CD, denotam influências do samba esquema supernovo reimplantado pelo mundo livre s.a., mas caminham pelas próprias pernas. E também acabam com aquela mania de "síndrome do segundo disco", a que a mídia recorria em décadas passadas para atormentar os pobres novatos. Independente, Tem Arte na Barbearia é melhor do que o álbum homônimo de estréia, de 2003, que foi co-produzido por eles e os paulistas do Instituto. Não é fácil para quem procura rótulos definir o estilo do olindense Bonsucesso. Mesmo misturando porções de gêneros já experimentado por outros - como samba, rock, reggae, dub, drum?n?bass, maracatu, carimbó, coco, etc. - o grupo imprimiu personalidade já no primeiro trabalho. Bom saber que evoluiu nitidamente no atual. Menos eletrônico do que o anterior, este mantém a pluralidade e traz melodias mais bem desenhadas e soluções que casam refinamento, simplicidade e eficácia nos arranjos - como o teclado vintage de Seu Nome Era Eu, os efeitos de talking drum em Eu te Encontrei, a guitarrinha da suingada "Téo de Tetê, uma das boas faixas com cara de hit, que no show se potencializa. Com seu jeitão maneiro e fluente de cantar, o vocalista Rogério Homem também manda bem na composição: é autor de todas as faixas, só ou com parceiros. A maior deficiência de duas gerações para cá é a falta de conteúdo nas letras. E isso o Bonsucesso também consegue driblar melhor agora sem muita pretensão.
Mesmo com uma produção modesta, o BSC dá o seu recado com competência e criatividade. E é ainda melhor ao vivo." Lauro Lisboa Garcia

"Quando começou a compor sambas, o vocalista Rogério Homem (o Rogerman) tinha vergonha de mostrar para os amigos. "Eu tocava contrabaixo na Eddie, ouvia e tocava rock. Mas quando pegava o violão, só saía samba", relembra ele, que só pôs o gosto em prática quando deixou a Eddie e fundou, com outros amigos, uma nova banda.
A empreitada deu tão certo que hoje até o nome da banda que integra leva samba: Bonsucesso Samba Clube (...) O nome vem a calhar e homenageia o bairro de Olinda, cidade natal dos músicos da banda, ex-integrantes das ótimas Eddie e Sheik Tosado. Samba Clube é referência ao Buena Vista Social Clube, cuja música latina é base de inspiração.
Engana-se quem pensa que o Bonsucesso faça só samba. A banda faz um som à altura do caldeirão cultural que é o cenário musical brasileiro, com batidas do ska jamaicano, reggae, ritmos latinos e pernambucanos e, ao mesmo tempo, utiliza poucos e bons recursos eletrônicos sem receio de ser rotulada. "Não vamos reinventar a música, nem o samba. Mas, quem nos ouve sabe que é o nosso som", argumenta Rogério. De fato, o Bonsucesso não se encaixa em rótulos preconcebidos. A mistura tem agradado aos fãs, tanto no Nordeste como no Sudeste. Tanto que os pernambucanos se despedem comemorando sua melhor turnê fora de casa."Amadurecemos muito desde a primeira vez que tocamos em São Paulo. O público também. É uma geração que cresceu ouvindo o que o Mangue Beat produziu; não deixou de gostar de rock, mas aprendeu a valorizar o som brasileiro, sem cair no folclore."
Banda nasceu na pátria dos independentes A boa fase do Bonsucesso coroa também a "pátria dos independentes". Sem contrato com grandes gravadoras, as bandas independentes produzem seu próprio CD, coordenam desde a turnê até a arte final do encarte. "Estamos nos articulando, trocando experiência, cuidando melhor das gravações. A tecnologia dá mais facilidade para trabalhar", conta ele, que gravou Tem Arte no estúdio Batuka" de Bernardo Vieira, com uma microestrutura de 30 metros quadrados. O amadurecimento não só do Bonsucesso, mas dos independentes, passa pela polêmica do acesso às músicas na internet. "Não tenho medo. Os downloads não atrapalham nossas vendas de CD." A fórmula é simples. "Em vez de vender por R$ 35, por uma gravadora, e ficar com centavos; vendemos por R$ 10 e ficamos com valor real", explica Rogério, que, da tiragem de 10 mil CDs de Tem Arte na Barbearia, já vendeu mais de 2,5 mil e pretende esgotar em dois anos.
Outro trunfo é o encarte do CD, que presta homenagem ao barbeiro Seu Isnar, figura lendária de Olinda, com arte do designer Ricardo Gouveia de Melo. "Virou souvenir. Todo CD nosso tem de ter arte bacana. Já planejo o próximo", conta Rogério, que já pensa também em novas letras. Será impossível não falar da "fase paulista" (...)" Agencia Estado, (Estado de S.Paulo, 04.03.2012)

Temas

CD 1
01
Derrapar
Rogério Homem
02
Eu te encontrei
Rogério Homem - André Édipo - Raphael B - Berna Vieira - Chico Tchê - Gilsinho
03
Meu jornal
Rogério Homem
04
Não posso pensar em não ir
Rogério Homem
05
Téo de Tetê
Rogério Homem
06
O fogo que queima
Rogério Homem - Berna Vieira - Chico Tchê
07
Como gosto
Rogério Homem - André Édipo - Raphael B. - Berna Vieira - Chico Tchê - Gilsinho
08
Rios, fios
Rogério Homem
09
Seu nome era eu
Rogério Homem - Jorge du Peixe
10
Ah, quem dera
Rogério Homem
11
Amor de todo o dia
Rogério Homem - André Édipo
12
Sinto te falar
Rogério Homem - André Édipo
13
Último dia
Rogério Homem
14
Zumbi chamou
Rogério Homem - André Édipo