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Terra Amantiquira

Banda Mantiqueira
Discos: Jazz / MPB

Disponible

16,62 € impuestos inc.

Ficha técnica Discos

Sello Maritaca
Estilo Jazz / MPB
Año de Edición Original 2006
Instrumental
Concierto

Más

Banda Mantiqueira: Cacá Malaquias (saxo tenor, flauta), Edson José Alves (bajo), François de Lima (trombón), Fred Prince (percusión), Guello (percusión), Jarbas Barbosa (guitarra), Wesley Izar "Lelo" (batería), Nahor Gomes (trompeta, fluegelhorn), Nailor "Proveta" Azevedo (saxo alto, clarinete, dirección, arreglos), Odésio Jericó (trompeta), Ubaldo Versolato (saxo barítono, picolo, flauta), Valdir Ferreira (trombón), Vinicius Dorin (saxo alto), Walmir Gil (trompeta, fluegelhorn).

Grabado "ao vivo" en la Sala Comep, en São Paulo, en mayo de 2004.

Espléndido tercer álbum de la big band paulistana dirigida por el saxofonista y clarinetista Nailor Azevedo, apodado como "Proveta" (Leme, SP, 1961). Por este disco la banda obtuvo el Prêmio Tim como mejor grupo instrumental del año en Brasil y la nominación al Grammy Latino 2006 en el mismo apartado.

"Foram cinco anos de espera. Eis que um marmitex de papel alumínio traz uma aguardada notícia, anunciada na tampa do material de divulgação em tom de brincadeira (bem séria): "Com fome de música boa e brasileira? Chegou o novo CD da Banda Mantiqueira. Alimentar, meu caro uótison".
Sim, a big band paulistana liderada pelo saxofonista, clarinetista e arranjador Nailor Proveta volta às prateleiras com "Terra Amantiquira", terceiro disco do grupo.
A "quentinha" lançada pela Maritaca de fato alimenta, e com o que há de melhor no cardápio da música instrumental brasileira. A receita (e o pulo-do-gato) para manter a Mantiqueira na ativa há 14 anos é dada por Proveta.
"Cada vez tem mais zagueiros nesse campo. Para conseguir chegar ao seu objetivo, é complicado. O gozado é que, ao mesmo tempo que tem tanta gente, há pouca qualidade. Então, com qualidade você consegue penetrar. O que se busca [na Mantiqueira] é um mínimo de integridade. Poderíamos muito bem passar nesta vida defendendo uns cachês", diz o líder.
Na contramão do padrão adotado pelo mercado fonográfico, com grupos que a todo ano lançam um novo (e, não raro, duvidoso) CD, a big band não gravava um disco "solo" desde 2000 -eles têm outros dois álbuns em parceria com a Osesp.
"Para fazer um disco por ano, teríamos que ter uma estrutura econômica que garantisse estabilidade para a banda. Fazer um arranjo legal demora um, dois, três, quatro meses. O tempo e a estrutura não permitem que se produza um disco por ano", avalia.
Cobrança do público para um novo trabalho havia, claro, ainda mais porque os dois primeiros discos, "Aldeia" (1996) e "Bixiga" (2000), estão fora da estante desde que a Distribuidora Eldorado fechou. A boa notícia é que ambos serão relançados em 2006, numa parceria Pau Brasil/Biscoito Fino.
"O fato de os discos não estarem no mercado atrapalhou. Você pode estar sem tocar, mas, se tiver um disco, começa", diz Proveta -o próximo show, aliás, já tem data: 17/1, no Bourbon Street.
O intervalo entre os álbuns anteriores foi menor em grande parte porque a indicação de "Aldeia" ao Grammy, em 1998, acelerou o processo. (À época, o prêmio do mercado fonográfico norte-americano não tinha uma versão "só para latinos", como hoje.)
"Essa projeção toda veio depois do Grammy. Nem a gente esperava. Gravamos um disco despretensiosamente", conta o trompetista Walmir Gil, 48.
Para entender o que a Mantiqueira é hoje, é preciso voltar aos anos 80, lá no Bixiga. Foi no tradicional bairro paulistano que nasceu a "espinha dorsal" da banda, formada por Proveta, Gil, François de Lima e Cacá Malaquias.
Duas formações anteriores, a big band Aquarius e o Sambop Brass, serviram de laboratório para que os instrumentistas se conhecessem musicalmente.
"Na Aquarius, tocávamos standarts norte-americanos, e eu queria escrever coisas brasileiras", conta Proveta. "Quando nos conhecemos, a geração mais velha que a nossa só ouvia jazz. Não é que estava errado, mas a nossa formação é de músico brasileiro."
Com o fim das outras bandas, restaram nas mãos de Proveta os arranjos que havia feito para uma formação com três trompetes, dois trombones e quatro saxofones: nada mais que o invejável naipe de sopros da Mantiqueira.
"A gente ensaiava lá no apartamento [onde moravam]. Ficava um naipe de trompete no quarto do Gil, o de saxofone no meu e o de trombone no quarto do Cacá. No corredor, um cara contava para começar", relembra o líder.
O "jeito Proveta de fazer arranjos" é apontado como fórmula de sucesso. Com a palavra, o próprio: "Você mede o cara no solo. É aí que vê a força dele. E, quando escreve uns negócios que o músico toca, ele diz: "Pô, mas isso aqui é difícil". Falo: "Mas você toca isso". Se não, faço arranjo para banda, e não é isso. É personalizado".
Do outro lado, o trombonista François de Lima, 48, responde: "Os arranjos dele fazem você se tornar um músico melhor. Não é tão facilitado como ele fala. Ele vai dando o pãozinho; ou o cara anda, ou quebra ali. O segredo é o arranjo dirigido. Você se sente à vontade, incentivado a tocar"." Janaina Fidalgo (Folha de S.Paulo, 23.10.2024)

Temas

CD 1
01
Vovô Manuel
Nailor Azevedo (Proveta)
12:14
02
Samba da minha terra / Saudade da Bahia
Dorival Caymmi
10:16
03
Canções nordestinas: Pau de arara / Último pau de arara / Qui nem jiló
Luiz Gonzaga - Guio de Morais / Venâncio - Corumbá - José Guimarães / Luiz Gonzaga - Humberto Teixeira
09:05
04
Eu e a brisa
Johnny Alf
06:36
05
Santos Jundiaí
Edson José Alves
07:09
06
Airegin
Sonny Rollins
05:56
07
Feminina
Joyce
06:23