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Frevotron

Frevotron
Discos: Frevo / Electrónica / Jazz

Disponible

Ficha técnica Discos

Sello	Independiente
Estilo	Frevo / Electrónica / Jazz
Año de Edición Original	2015
Bailable

Más

Primer disco del proyecto denominado Frevotron, nacido en Recife (Pernambuco), que reúne a DJ Dolores (programaciones, sintetizadores, voz), al Maestro Spok (saxos) y a Yuri Queiroga (guitarra, bajo, sintetizadores), que busca reinventar el frevo, combinándolo con jazz y electrónica.

Participación especial de: Otto (voz), Jorge Du Peixe (voz), Lira (voz), MC Sombra (voz), Marion Lemonnier (voz) y Jam da Silva (percusión).

Primera edición en CD, de 2017, en formato Digipack, del disco lanzado originalmente en las plataformas digitales en 2015.

Fue uno de los nominados al Prêmio da Música Brasileira 2018 (29ª edición) en la categoría de Melhor Álbum Eletrônico.

"Frevotron: o frevo além dos limites: Em 1972, num arroubo de entusiasmo, Gilberto Gil chamou de “free nordestino”, a música que o Quinteto Violado fazia na época (ainda sem disco). Das inúmeras tentativas de modernizar o frevo, de libertá-lo de regras traçadas pelos especialistas, e “donos” do gênero, em Pernambuco, a que chega mais perto do “free”, o frevo sem amarras está foi lançada hoje, na Internet (com download gratuito), pelo maestro e saxofonista Spok, o DJ Dolores, e o guitarrista e produtor Yuri Queiroga, o trio Frevotron (também o nome do disco). Dias 6 e 7 de novembro, a Frevotron toca na Choperia do SESC Pompeia, em São Paulo.
Não é simplesmente frevo com elementos de música eletrônica, até porque seria um recurso demasiadamente óbvio, e nada original. A rigor, dos elementos básicos do frevo ficou um elemento fundamental: o tarol, ou o “caixa”. Dentre todos os instrumentos de uma orquestra é o caixa que, ao mudar constantemente de tempo, faz do frevo uma música desconcertante. DJ Dolores constatou ser impossível programar o caixa do frevo, e convidou Jam da Silva para participar do disco. E ele está em seis das dez faixas de Frevotron.
Um disco em parte instrumental, em parte canção. No entanto, nem mesmo na canção o conceito de liberdade deixa de existir. Os temas foram entregues a Jorge du Peixe, Lira, à francesa Marion Lemmonier, a MC Sombra, Otto, para que pusessem a letra que lhes viesse à cabeça. O resultado final é toalmente (out of this) world music. O caixa na batida do frevo está quase o tempo inteiro na marcação, mas os ritmos vão se sucedendo, caribenhos, do Norte brasileiro, do leste europeu, maracatu, frevo mesmo, quase tudo convidando à dança, uma das exceções é Travessia, com Jorge du Peixe, que soa como se o Nação Zumbi tivesse caído no acid jazz.
Quem já esteve muito doido no meio da zueira de Olinda vai entender Frevo Escrorço, em que Spok incorpora um Ornette Coleman puro free frevo. Invocação #2, Elefante, são citações ao repertório do frevo tradicional, às Evocações de Nelson Ferreira, ao Hino do Elefante, só que a primeira tem molho de ska, e na segunda a levada de Could Be Loved, o reggae agalopado de Bob Marley, Spok cerzindo tudo com sax alto, barítono e tenor . Diáspora, é DJ Dolores lembrando, num ritmo hipnótico, que o Recife fica de frente pra África, e acrescentando mais uma ponte, às muitas pontes da cidade, por sobre o mar cruzado pelos navio negreiros.
Uma música que abre as comportas e comporta tudo, do rock, dub, e o declamar desvairado de Lira. A grande musica do disco, e que sintetiza o projeto, é o já citado Frevo Escrorço, espécie de adaptação de Cabelo de Fogo, do Maestro Nunes, um dos hinos do Carnaval Pernambucano, adaptado ao século 21. Atrás do frevo psicotrônico só não vai quem já morreu. O frevo nunca esteve tão vivo, 108 anos depois da data oficial do seu nascimento." José Teles (Jornal do Comercio, 29.10.2015)