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Canto guerreiro - Levantados do chão

Renato Braz
Discos: MPB

Disponible

16,62 € impuestos inc.

Ficha técnica Discos

Sello Independiente / Tratore
Estilo MPB
Año de Edición Original 2018

Más

Renato Braz (voz, guitarra acústica, percusión)

Rodrigo Ursaia o Alice Passos (flauta), Toninho Ferraguti (acordeón), Critóvão Bastos (piano), Ivan Vilela (viola caipira), Zé Alexandre Carvalho o Cezinha Oliveira o Jamil Joanes o Edson Alves (contrabajo), Jurim Moreira (batería), Zezinho Pitoco, Guello, Paulino Dias, Paulo Grassman y Bré (percusión), Alceu Reis, Vana Bock, Mariana Amaral, Bob Suetholz y Julio Ortiz (cello), As Rezadeiras (Tia Dinha, Dona Dulce, Adriana Braz Galtaroça, Vanda Fiorani, Yngrid Braz, Regina Helena de Oliveira, Cléo Regina Miranda y Jeanne Pilli).

Participación especial de: Alessandra Vilhena (voz), Antonio Garfunkel Braz (voz), Breno Ruiz (voz, piano), Chico Buarque (voz), Dori Caymmi (voz, guitarra acústica), Eduardo Gudin (guitarra acústica), Gilberto Gil (voz, guitarra acústica), Guinga (guitarra acústica), Itamar Assiere (piano), Karine Telles (voz), Mário Gil (voz, guitarra acústica, samples, dirección), Milton Nascimento (voz), Miúcha (voz), Nailor Proveta Azevedo (clarinete), Nelson Ayres (piano eléctrico), Paul Winter (saxo), Maogani (Paulo Aragão, Carlos Chaves, Marcos Alves y Sergio Valdeos), Roberto Leão (voz), Rodolfo Stroeter (contrabajo), Safa Jubran (voz recitada, texto en árabe), Sergio Valdeos (guitarra acústica).

Edición en formato Digipack.

El cantante (también guitarrista y percusionista) paulistano Renato Braz (São Paulo, SP, 1968) celebra a lo grande su 50 aniversario con el lanzamiento de un 16º disco plagado de invitados, con la mayoría de los cuales colaboró anteriormente en algún momento, entre los que destacan -como compositores e intérpretes- tres de las máximas figuras de la MPB como son Gilberto Gil, Chico Buarque y Milton Nascimento. La combinación de su voz de timbre agudo fácilmente reconocible y su canto preciso de solemnidad casi religiosa (influencia directa de Milton Nascimento), se hace especialmente emotivo en las canciones con tema social y/o político, causas en las que siempre se ha sentido obligado a implicarse. Cuidadosamente seleccionado, cargado de recuerdos, emociones y afectos para él, el sofisticado repertorio internacional (cantado en francés, español e inglés, además del portugués, y un poema recitado en árabe) concluye con una delicada versión del "Blackbird" de The Beatles, que supone la "presentación en sociedad" de su hijo de 12 años, que lo canta afinadísimo.

"O encantamento pode e deve ser arrebatador, não precisa necessariamente ser a conta-gotas, aos pouquinhos, em prestações. Quando ele acontece assim, tipo amor à primeira vista, não há como fugir de suas consequências. Pois bem, foi o que aconteceu à primeira audição do álbum Canto Guerreiro – Levantados do Chão, comemorativo dos 50 anos de vida do cantor, violonista e percussionista paulistano Renato Braz. E o encantamento com esse trabalho tem, no mínimo, dois vieses bem significativos: um, a singeleza dos arranjos e detalhamentos sutis e transbordantes de musicalidade e talento, que, paradoxalmente, imprime uma força fatal à simplicidade, que se mostra apenas ilusória, pois ser simples não é nada fácil. O outro é a grandeza das canções, seus significados históricos, a beleza do fazer e ressignificar páginas que não se perderam com o tempo. E, como ornamento luxuoso, o fato de não se comemorar 50 anos sem convidados para a festa. Renato Braz escolheu cada um deles de maneira inconteste, onde, implicitamente, ressoam sentimentos e afetos.
Esse é o 16º álbum da carreira do Renato Braz, que, desde o início, em 1996, tem se destacado no cenário do cancioneiro brasileiro pela sofisticação implícita ao seu canto, que nos remete às raízes ibéricas, mouras e judaicas presentes no Nordeste, e pela escolha de repertórios inquestionáveis, sob o ponto de vista estético e de total independência. Além, claro, da qualidade musical que lhe possibilita o exercício pleno do seu timbre privilegiado, aliado a uma técnica impecável. É evidente que em Canto Guerreiro – Levantados do Chão, percebe-se um tanto da memória afetiva do artista, e a afirmação de princípios que extrapolam o universo musical, pela escolha de um repertório aguerrido em seu discurso, bem como, pela seleção dos convidados, na maioria autores de canções que traduzem bem o espírito desse trabalho.
Esse álbum tem um significado de agora, de pensar o país musicalmente, um alerta para a reflexão sobre as condições a que estamos e seremos submetidos culturalmente. Um delicado e melodioso aceno para que não nos esqueçamos das liberdades e direitos conquistados ao longo do nosso processo civilizatório. É um álbum que serve como uma luva às quadras de agora, e revitaliza canções de um tempo pretérito – não tão distante assim –, para a conjuntura atual.
Canções emblemáticas e imortais, como La Quête (Joe Derion e Mitch Leigh) – que teve a versão magnífica do Chico Buarque e Ruy Guerra, para o musical O Homem de La Mancha, em 1972 –, Cálice (Gilberto Gil e Chico Buarque), Pesadelo (Maurício Tapajós e Paulo César Pinheiro) e O Fim da História (Gilberto Gil), asseveram que nem sempre miolo de pote é água. Podemos contextualizá-las no ontem, no hoje e, certamente, no amanhã. Por isso, Canto Guerreiro – Levantados do Chão, além de belo é reflexivo, como toda pergunta questionadora em busca de respostas. É o que temos logo na faixa de abertura do álbum, com a belíssima Levantados do Chão (Milton Nascimento e Chico Buarque), interrogativa por excelência e estrutura literária, com a dádiva de facultar ao fruidor as respostas possíveis ou não. Porém, não haverá respostas sem que antes haja um mínimo de imaginação onírica, até mesmo pelo quê de realismo fantástico em alguns versos.
Trazer, para sua festa comemorativa, convidados tão especiais diz muito do quão aglutinador e credor de prestígio musical inabalável tem sido Renato Braz ao longo dos seus 22 anos de carreira. E, dentro desse encontro macro de tantos talentos, acontecem encontros-células históricos, como os de Chico Buarque e Milton Nascimento em duas oportunidades inesquecíveis (Cálice e Sonho Impossível), numa tríade com Renato Braz, que nos remete a momentos de pura espiritualidade, do ponto de vista do universo apolíneo.
Em outro momento muito especial, mais um encontro entre três expressões a serviço da canção, mais uma tríade: Renato Braz, Gilberto Gil e seu violão, em Fim da História. Aliás, Canto Guerreiro – Levantados do Chão oferece essa possibilidade mágica em algumas outras oportunidades ao longo das 17 faixas. É o caso de Meu Pai (Guinga), onde atuam Renato, Guinga (violão) e Nailor Proveta (clarinete). Essa dupla genial, que inúmeras vezes contemplou o público brasileiro em duo, teve na voz de Renato Braz o vértice perfeito para mais uma tríade de pura musicalidade. E o álbum põe um ponto de leminiscata nessa festa de encontros, com Blackbird (John Lennon e Paul McCartney), em mais uma performance em três, onde Renato Braz assume o violão e abre passagem para a futura geração e continuidade do seu DNA. Assim, de pai para filho, ele apresenta a voz e o canto de Antonio Garfunkel Braz, seu filho, com o auxílio do piano descontraidamente brincalhão de Itamar Assiere.
A direção musical de Canto Guerreiro – Levantados do Chão é assinada por Mário Gil e Renato Braz, os dois fizeram desse trabalho um dos mais belos resultados que os encontros musicais poderiam proporcionar. Como sabemos, esse é um álbum comemorativo dos 50 anos do Renato Braz, mas o público brasileiro é que foi presenteado com essa preciosa obra, que, definitivamente, paira sobre todos os chãos!" Mácleim Damasceno (Gazeta de Alagoas, 08.12.2018)

Temas

CD 1
1
Levantados do chão
Milton Nascimento - Francisco Buarque de Hollanda (Chico Buarque)
Renato Braz & Cristóvão Bastos
2
Canto guerreiro
Luciana Rabello - Paulo César Pinheiro
Renato Braz & Eduardo Gudin
3
La quête / Sonho impossível
Joe Darion - Mitch Leigh (Vers. Jacques Brel / Joe Darion - Mitch Leigh (Vers. Francisco Buarque de Hollanda (Chico Buarque) - Ruy Guerra)
Renato Braz, Chico Buarque, Dori Caymmi & Milton Nascimento
4
Pajé
Mário Gil - Paulo César Pinheiro
5
Longe de casa eu choro
Eduardo Gudin - Paulo Vanzolini
Renato Braz & Eduardo Gudin
6
Ne me quittes pas
Jacques Brel
Renato Braz, Miúcha & Cristóvão Bastos
7
Sun singer (instrumental)
Paul Winter
Paul Winter
8
Cálice
Gilberto Gil - Francisco Buarque de Hollanda (Chico Buarque)
Renato Braz, Breno Ruiz, Chico Buarque, Mário Gil, Milton Nascimento & Roberto Leão
9
Xote
Rodolfo Stroeter - Gilberto Gil
Renato Braz, Nelson Ayres & Rodolfo Stroeter
10
Condão
Breno Ruiz - Paulo César Pinheiro
Renato Braz, Alessandra Vilhena, Alice Passos, Karine Telles & Quarteto Maogani
11
Pesadelo / Nós vos pedimos com insistência (texto)
Maurício Tapajós - Paulo César Pinheiro / Bertolt Brecht (Vers. Safa Jubran)
Renato Braz & Eduardo Gudin
12
Un vestido y un amor
Fito Paez
Renato Braz & Sergio Valdeos
13
O fim da história
Gilberto Gil
Renato Braz & Gilberto Gil
14
Meu pai
Guinga
Renato Braz, Guinga & Nailor Proveta
15
Desafio
Dori Caymmi - Paulo César Pinheiro
Renato Braz & Dori Caymmi
16
Depressa a vida passa
Fred Martins - Marcelo Diniz
Renato Braz & Itamar Assiere
17
Blackbird
John Lennon - Paul McCartney
Renato Braz, Antonio Garfunkel Braz & Itamar Assiere