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Azul moderno

Luiza Lian
Discos: Pop

Disponible

Ficha técnica Discos

Sello	Risco
Estilo	Pop
Año de Edición Original	2018

Más

Luiza Lian (voz)

Gabriel Milliet (saxo, arrelos de vientos), Filipe Nader (saxo), Tomás de Souza (piano, teclados), Tim Bernardes (guitarra acústica, bajo, arreglos, producción), Guilherme D'Almeida (bajo), Charles Tixier (batería, MPC, bajo, bajo synth, teclados, dirección, producción), Gabriel Basile (percusión).

Edición en un original embalaje tipo Digipack, pero de plástico, diseño de Maria Cau Levy y Goma Oficina.

Casi sin tiempo para disfrutar de los elogios generados por su creación audiovisual "Oya tempo" (2017) (un largo videoclip temático con 7 partes, dirigido por Camila Maluhy y Octávio Tavares), la atrevida cantante y compositora paulistana, en efervescencia creativa, lanza su tercer trabajo (segundo en formato físico) en el que vuelve a acertar en las sugestivas atmósferas sonoras, diestramente creadas por Charles Tixier y Tim Bernardes al combinar sonidos orgánicos y sintéticos, ruidos, samples y ritmos cambiantes. Atmósferas más urbanas que naturalistas, con un punto de oscuridad y morbo, que recuerdan a los de la película "Blade runner", pero a escala doméstica, más amables y cálidas, propicias para la ensoñación y la evasión, que son un refugio en medio de los conflictos, las decepciones y las dudas del dia a dia ante un futuro siempre incierto, como manifiesta, sin dramatismo, en sus letras, con voz adolescente y naturalidad muy seducturas.
Sin duda una de las propuestas estéticas más destacadas de la música popular brasileña de 2018.

"Azul Moderno consegue ser a soma, ou consequência, da trajetória que Luiza Lian construiu com seu disco de estreia (de 2015) e, depois, com Oyá Tempo (2017). Seu trabalho, como todas as músicas do novo álbum demonstram, está enraizado no solo da tradição da Música Popular Brasileira e regado com a inspiração das estéticas próprias desta década.
Há espacialidade por um lado e seu antônimo – uma certa crueza sonora – do outro, ambos vindos das influências que a Psicodelia e a música Eletrônica tem em nosso tempo. A voz e a interpretação de Luiza estão sempre em primeiro plano, mesmo quando o preenchimento dos volumes ocupa grande parte daquilo que estamos ouvindo. É um bom aproveitamento de cada um dos elementos, do vocal aos timbres, de maneira que o disco sempre soa atual.
Os temas trabalhados reúnem referências próprias da MPB, do mar e a praia de Caymmi aos substantivos comuns que refletem nosso cotidiano (Geladeira e Notícias do Japão são os melhores exemplos disso). Há também uma constante menção – assim como em seus trabalhos anteriores – a um referencial de religiões afrodescendentes (Sou Yabá, Pomba Gira do Luar). No contexto da produção cultural contemporânea, no qual isso é cada vez mais comum (de Ava Rocha e Xênia França até Ibeyi), fica incerto se isso é um aceno ao nosso folclore ou se reflete as crenças pessoais da cantora.
Reside aí uma característica que marca a audição do álbum (talvez não a primeira, mas uma hora você percebe). Existe a impressão de um certo distanciamento emocional nas faixas, talvez pelo grau de refinamento que elas exibam na produção tão caprichada e, de igual forma, na interpretação da cantora. Em uma época na qual estamos tão acostumados com a artificialidade plástica nos feeds de cada dia, a sinceridade parece encontrar nas falhas a sua leitura mais direta.
Isso não atrapalha nem desvalida Azul Moderno, mas talvez o faça ser lembrado mais pelo valor cultural e fonográfico – o que não é pouco – do que por um diálogo mais íntimo com o ouvinte. De qualquer forma, é um lançamento que, além de firmar o nome Luiza Lian entre os mais relevantes no que a tal MPB se desenvolveu hoje em dia, nos dá uma beleza do tamanho de Mira, ponto alto absoluto da carreira da cantora e, provavelmente, uma das melhores músicas do ano." André Felipe de Medeiros (Monkey Buzz, 03.10.2018)