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Anaí Rosa atraca Geraldo Pereira

Anaí Rosa
Discos: MPB / Samba

Disponible

18,49 € impuestos inc.

Ficha técnica Discos

Sello Sesc SP
Estilo MPB / Samba
Año de Edición Original 2018

Más

Anaí Rosa (voz)

Allan Abadia (bombardino, trombón), Zé Ruivo (teclados, sintetizador), Leonardo Mendes (guitarra eléctrica), Gilberto Monte (guitarra eléctrica, piano eléctrico, arreglos), Cacá Machado (guitarra acústica, arrreglos), Gian Correa (guitarra de 7 cuerdas), Ildo Silva (cavaquinho), Meno del Picchia (bajo), Antonio Loureiro (batería), Douglas Alonso (percusión), Juliana Amaral, Paula Sanches, Renata Pizi y Tereza gama (coros).

Participación especial de: Nelson Sargento (voz) y Raul de Souza (trombón).

Edición en formato Digipack, que incluye libreto de 28 páginas ilustrado en color.

De formación clásica (terminó estudios de viola de arco y violín en la Unicamp y tocó en la Orquestra Sinfônica de Campinas), la versátil cantante paulista de Apiaí, que anteriormente ya había cantado (y grabado) forró, gafieira y ritmos latinos, hace una atrevida revisión de Geraldo Pereira (1918 – 1955), calificado como "gênio do samba sincopado" en merecido homenaje con motivo del centenario de su nacimiento. Con arreglos innovadores de Cacá Machado y Gilberto Monte, aborda (ese es el sentido del verbo "atraca", extraido de la letra de la canción "Cheou a bonitona") los standards como Falsa baiana", "Acertei no mihar" y "Escurinho", así como otras canciones menos conocidas del recordado compositor mineiro.

“Começamos a desconstruir certos caminhos harmônicos e melódicos já um tanto batidos em seu legado e nos sambas de sua época, trazendo outros climas e procurando entender profundamente o que estava sendo ‘atracado’ em cada canção”, explica Cacá Machado sobre el concepto del disco.

"O compositor de "Falsa baiana", "Bolinha de papel" e outras joias da música carioca é presença permanente no repertório da nova geração que hoje se empenha em manter viva a chama do samba. Mas, apesar de ser o criador (ou, pelo menos, o mais legítimo representante) de um estilo conhecido como "samba sincopado", suas músicas hoje são mais lembradas que seu nome. Se não tivesse morrido precocemente, neste ano, Geraldo completaria 100 anos. Para rememorar o legado desse ícone do samba, a cantora paulista Anaí Rosa reuniu composições emblemáticas – como “Falsa baiana”, “Escurinha” e “Acertei no milhar” no CD Anaí Rosa atraca Geraldo Pereira. A cantora, de sólida formação erudita, fez carreira interpretando grandes compositores da Música Popular Brasileira, em apresentações que valorizavam os ritmos dançantes. Neste disco, Anaí destaca o compositor que constantemente aparecia em suas apresentações de samba, com músicas bem conhecidas do público nacional.

“Vou atracar”, verso que fecha o samba “Chegou a bonitona”, é uma coda de breque da ginga geniosa de Geraldo Pereira, misto de calango e violão: eis a bonitona, a roda de bambas lhe faz uma quase seresta ao luar, e a musa da noite parece não ter dono. Então o lirismo se destila em malandragem: “Vou atracar”.
Daí Atraca, o título do disco, em torno do qual sambam os nomes da porta-bandeira, Anaí Rosa, e do mestre-sala, Geraldo Pereira. Título que surgiu de um feliz mal-entendido: o fotógrafo Piu Dip e o produtor Guto Ruocco interpretaram luminosamente “Vou atracar” como “Atraca”. Deram a deixa que resolvia a cena.
“Atracar”, verbo marinheiro de origem controversa, é gíria de sambista pirata à deriva. Assediar, chegar junto, colar, zoar, invadir um navio ou ancorá-lo no porto. Amanda Dafoe e a sua Casaplanta traduzem tudo no parangolé gráfico da capa mangueira-verde-rosa com o A do meio de Atraca, deitado na vertical, boca de Anaí prestes a devorar Geraldo, atracando o mar do seu próprio canto.

Anaí Rosa, loira sarará, pequena notável, Giulietta Masina, sorriso Mona Lisa, cantora de noites de gafieira, salsa, forró e outros orvalhos, transforma-se agora em Geraldo Pereira. E vice-versa. O samba em si, além de si, Anaí. Voz de ópera, de pluma, de chumbo. As madrugadas da voz. E vêm o cabrito e a radiopatrulha, o úbere e a urbe sambando na síncopa. Enquanto a lei procura o cabrito, louca para acabar com o carnaval, o bicho já está lá, na carne do pandeiro, desfilando alegria. O coração de Geraldo é um cabrito indomável.

Assim como os corações de Nelson Sargento e Raul de Souza, que cantam junto com a rosa de Anaí. A risada de Sargento é um passe, lua beijando a rede do gol. E o sopro de Raul é tatuar a lua com um palíndromo: luaR. Pereiras lunares. A banda maestra que aqui toca nesta pérola revela-se a cada faixa uma orquestra incendiária de caixinhas mágicas de fósforos da Praça Tiradentes para o mundo. Os artistas transentendem o que pode ser o samba e o atracam no fundo do céu.A direção musical: Cacá Machado, que na alma decerto já tomou umas com Geraldo, e Gilberto Monte, que não se aguenta e rege dançando, música em pessoa.
Anaí Rosa molha as suas tantas vozes na voz do morro. O centenário de um sambista como Geraldo Pereira quer dizer a eternidade do samba. Ela sacode a babel na exata e ao mesmo tempo acalanta. E dispara: “Enquanto eu estiver viva, vou atracar.” Atraquemos." Vadim Nikitin (poeta, texto del encarte del disco. Outubro de 2018)

Temas

CD 1
1
Que samba bom
Geraldo Pereira - Arnaldo Passos
2
Falsa baiana
Geraldo Pereira
3
Chegou a bonitona
Geraldo Pereira - José Batista
4
Polícia no morro
Geraldo Pereira - Arnaldo Passos
5
Cabritada malsucedida
Geraldo Pereira
6
Pode ser?
Geraldo Pereira - Marino Pinto
7
Você está sumindo
Geraldo Pereira - Jorge de Castro
8
Escurinho
Geraldo Pereira
9
Falta de sorte
Geraldo Pereira - Marino Pinto
10
Ministério de Economia
Geraldo Pereira - Arnaldo Passos
11
Pisei num despacho
Geraldo Pereira - Elpídio Viana
12
Acertei no milhar
Geraldo Pereira - Wilson Batista
13
Brigaram pra valer
Geraldo Pereira - José Batista
14
Escurinha
Geraldo Pereira - Arnaldo Passos