Suscripción Newsletter

Recibe noticias y avisos de promociones especiales

atrás/além

O Terno
Discos: Pop-Rock

Disponible

18,49 € impuestos inc.

Ficha técnica Discos

Sello Risco
Estilo Pop-Rock
Año de Edición Original 2019

Más

O Terno: Tim Bernardes (voz, guitarras, piano, sintetizador, efectos, arreglos, dirección, producción), Guilherme d'Almeida (bajo) y Biel Basile (batería, percusión).

Felipe Pacheco Ventura (violín), Gabriel Milliet (flauta), Douglas Antunes (trombón), Filipe Nader (saxo alto, saxo tenor, souzafone), Amilcar Rodrigues (trompeta, flugelhorn bombardino), Beto Montag (vibráfono, glockenspiel), Arthur Decloedt (contrabajo), Ana Frango Elétrico, Luiza Lian, Maria Beraldo, Maria Cau Levy y Tulipa Ruiz (coros).

Participación especial de: Devendra Banhart (voz), Shintaro Sakamoto (voz).

Edición en formato Digipack.

"Ouvidos na voz de Tim Bernardes, os versos de Tudo que eu não fiz –primeira das 12 músicas do quarto álbum do grupo paulistano O Terno– traduzem o movimento contínuo do trio nesse grande álbum existencialista intitulado <atrás/além>.
Superestimado pelos plantonistas moderninhos quando se lançou no mercado fonográfico há sete anos com o álbum 66 (2012), influenciado por sons dos anos 1960, o Terno sempre renovou o figurino a cada disco. Foi psicodélico no segundo álbum, O Terno (2014), e deixou a luz do sol entrar no excelente terceiro (e mais pop) álbum do grupo, Melhor do que parece (2016).
O álbum <atrás/além> é menos uma sequência do disco antecessor do trio do que um desdobramento do arrebatador primeiro álbum solo de Tim Bernardes, Recomeçar (2017).
Neste disco solo em que orquestrou dores de amores de forma sublime, Tim Bernardes se voltou para dentro de si mesmo. Essa introspecção ecoa nesse quarto álbum do Terno, em músicas como Eu vou.
O álbum <atrás/além> jamais soa como um segundo disco solo do compositor do Terno, autor solitário de todas as 12 músicas do álbum. Mas tampouco parece o álbum de um grupo em que todos os integrantes têm o mesmo peso na criação e na formatação das composições.
A rigor, o baterista Gabriel Basile e o baixista Guilherme d'Almeida desempenham papéis de coadjuvantes na construção do álbum <atrás/além>. Paira sobre ambos a sombra da genialidade de Tim Bernardes, diretor musical, produtor, arranjador e (único) compositor do álbum.
Os intrincados arranjos orquestrais –criados por Bernardes com sopros e cordas– elevam O Terno acima do patamar do indie rock brazuca.
A moldura que envolve músicas como a composição-título Atrás / Além evoca a arquitetura de uma peça sinfônica erguida com camadas de indie rock, música erudita e uma MPB fora dos padrões radiofônicos de outrora.
O fato é que O Terno cresce e em muitos momentos se agiganta nesse álbum que se alimenta de contrastes, explicitados já nos títulos de músicas como Passado / Futuro e Profundo / Superficial, faixa na qual sobressai o toque doído do piano de Bernardes.
Com letras acima da média do universo pop nacional, o álbum <atrás/além> expõe a inspiração de Tim Bernardes como compositor e arranjador nas arrebatadoras músicas Nada / Tudo e Pegando leve, ambas já apresentadas previamente como singles (um terceiro ótimo single, com Volta e meia, faixa gravada com Devendra Banhart e Shintaro Sakamoto, também foi disponibilizado antes do álbum).
Por mais que nem todas as 12 músicas sejam excelentes, elas contribuem para o majestoso conjunto da obra, formando um disco quase conceitual, com unidade gerada pelos contrastes.
Mesmo que a moldura orquestral seja imponente, há espaço para climas íntimos e para o toque do violão de Tim Bernardes sobressair numa canção como Pra sempre será, balada de letra feliz que celebra o fim de um amor de verdade. Até porque um amor verdadeiro persiste além do fim, como sublinha posteriormente a canção O bilhete.
Se existe um alien no repertório do álbum <atrás/além>, é o samba Bielzinho / Bielzinho, tributo ao músico Gabriel Basile, baterista do grupo. A letra evoca o discurso direto e por vezes pueril de Jorge Ben Jor, provável referência inclusive da levada da faixa.
No fecho do disco, a canção E no final mostra Tim Bernardes salpicando notas ao piano enquanto dá voz a versos angustiados cheios de questionamentos. "Um dia vai e o outro vem e a gente no lugar / Será que existe uma moral para justificar? /Será que existe um fim pro meio poder descansar? / Será que há algo a se levar sozinho no final?".
São respostas que o compositor desconhece, mas, à procura delas, Tim Bernardes apresenta outra obra-prima fonográfica, sempre em movimento, sem sentar à beira do caminho e sem ficar preso a um precoce final feliz." Mauro Ferreira (g1.globo.com, 24.04.2019)

Temas

CD 1
1
Tudo que eu não fiz
Tim Bernardes
2
Pegando leve
Tim Bernardes
3
Eu vou
Tim Bernardes
4
Atrás/Além
Tim Bernardes
5
Nada/Tudo
Tim Bernardes
6
Pra sempre será
Tim Bernardes
7
Volta e meia
Tim Bernardes
O Terno, Devendra Banhart & Shintaro Sakamoto
8
Bielzinho/Bielzinho
Tim Bernardes
9
O bilhete
Tim Bernardes
10
Profundo/Superficial
11
Passado/Futuro
Tim Bernardes
12
E no final
Tim Bernardes