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Margem

Adriana Calcanhotto
Discos: MPB

Próximamente disponible

18,49 € impuestos inc.

Ficha técnica Discos

Sello Sony Music
Estilo MPB
Año de Edición Original 2019

Más

Adriana Calcanhotto (voz, guitarra acústica)

Bem Gil (guitarras, flauta), Ricardo Parreira (guitarra portuguesa), Kassin (cítara), Bruno Di Lullo (bajo, sintetizador), Rafael Rocha (batería, percusión, percusión electrónica), Diogo Gomes (trompeta, flugelhorn), Marlon Sette (trombón).

Así explica la fina cantautora gaúcha (originaria del Estado de Rio Grande do Sul) Adriana Calcanhotto (Porto Alegre, 1965) su decimosegundo disco (a parte de los tres "Partimpim"), el tercer volumen de su trilogía marítima (que vino precedido por "Maritmo" (1998) y "Maré" (2008)):

"Maritmo é um disco de mar, o meu quarto álbum, lançado em 1998, e o primeiro que explicita minha paixão pelo mar, como espaço físico e metafísico. Queria um ambiente de mar e de dança, de movimento, de levar e trazer, de ondulação e impermanência, e por isso é que ele chamou-se MARITMO. Uma palavra inventada por mim que reforça que o ritmo do mar é marítimo, trocadilho feito em um ensaio para a gravação e que acabou por batizar o projeto.
Em março de 2008, dez anos depois, veio MARÉ, meu sétimo álbum, que por ter novamente ambiência oceânica, me fez pensar no mar quando ele volta, quando ele é o "mar mais uma vez", e porque é que volta. O que faz o mar ir e voltar é a maré, e sobre isso pensei muito até constatar que o disco era uma segunda vaga de um projeto maior. Então, no lançamento, anunciei a trilogia de marinhas.
Este, MARGEM, que está há vinte e um anos de distância do primeiro e onze do segundo, e cuja sequencia ele encerra, começou a ser concebido logo depois do lançamento do MARÉ, o segundo. Por inércia. Pelo fato de ter ouvido, cogitado e cantado tantas canções que acabaram não entrando nem no álbum e nem depois nos shows da turnê de lançamento, canções que não entraram nos projetos mas não saíram de mim, que de alguma maneira foram ficando como possibilidades para o terceiro. O terceiro confunde-se um pouco com o segundo nesse sentido.
Os oceanos não são mais os de vinte anos atrás e essa tragédia estava há muito anunciada. De MARÉ para cá não lancei mais discos de estúdio, registrei algumas apresentações em DVD, no Rio de Janeiro (Olhos de onda, 2011) e em Porto Alegre (Loucura, 2015, só com canções de Lupicínio Rodrigues) que eram projetos de palco e acabaram gravados.
Em 2018 fiz shows em Portugal e no Brasil com um espetáculo criado a partir da minha estadia como docente na Universidade de Coimbra. A mulher do Pau Brasil foi um repertório de canções ligadas às ideias da Poesia Pau Brasil, de Oswald de Andrade e de sua turma de enormes artistas e colaboradores, movimento que sempre me influenciou de forma muito profunda, desde a adolescência.
Durante a residência em Coimbra assim como muito antes, em Porto Alegre, no ano de 1998, quando estreei um primeiro show chamado A mulher do Pau Brasil, com o mesmo tipo de inspiração, a ideia foi lidar com a identidade artística e cultural do Brasil a partir dos modernistas. De seus ecos e efeitos no tropicalismo e depois, e na importância para o fim das discussões entre alta e baixa cultura. Era pra ser uma apresentação única em Coimbra, como despedida do semestre de 2017, mas o show acabou por fazer uma tour portuguesa e outra pelo Brasil. Viajei de abril de 2018 a fevereiro de 2019 com meu repertório antropófago e esse foi um espetáculo que adorei fazer.
Paralelas à turnê brasileira, fizemos, eu, Bem Gil, Bruno Di Lullo e Rafael Rocha, as sessões de gravação do MARGEM. Experiência incrível, a de estar na estrada com Bem e Bruno, viajando com A mulher do Pau Brasil, tocando, passando som, acordando, voando, almoçando, jantando juntos e chegando ao Rio e nos socando juntos no estúdio, aí com Rafael Rocha. Estúdio esse que é um tipo de quintal para o Bem Gil, estúdio onde o pai dele, entre outros artistas, gravou coisas lindíssimas.
A minha atitude no estúdio foi mudando ao longo dos anos, eu fui acalmando, aprendendo a ouvir melhor mas minhas primeiras memórias das sessões de gravação são de que aquilo precisa ser muito rápido, definitivo e acabar logo porque tudo é muito caro então vai-se para o estúdio sabendo-se o que se vai fazer, não é lugar para perder tempo pensando. Dessa vez aprendi muito mais ainda com Bem, Bruno e Rafa, que vão ao estúdio para experimentar sons, para microfonar, com toda a calma do mundo, vão ao estúdio fazer o que mais gostam, vão ao estúdio para serem felizes e viram noites tocando por puro prazer. Foram incansáveis e amorosos comigo e isso está impresso no som das faixas, como poderão constatar. Sou muita grata a eles e a todas as pessoas envolvidas na feitura de mais esse trabalho, que encerra em si uma série de ciclos.
MARGEM encerra a trilogia mas não o assunto, que a cada um dos três discos, revelou-se pra mim mais e mais urgente. Bom mergulho! Ouçam alto!" Adriana Calcanhotto

Temas

CD 1
1
Margem
Adriana Calcanhotto
2
Os ilhéus
José Miguel Wisnik - Antonio Cícero
3
Dessa vez
Adriana Calcanhotto
4
Lá lá lá
Adriana Calcanhotto
5
Tua
Adriana Calcanhotto
6
O príncipe das marés
Péricles Cavalcanti
7
Era para ser
Adriana Calcanhotto
8
Ogunté
Adriana Calcanhotto
9
Meu bonde
Adriana Calcanhotto