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Quase memória

Edu Lobo, Romero Lubambo & Mauro Senise
Discos: MPB / Jazz

Disponible

34,18 € impuestos inc.

Ficha técnica Discos

Estilo MPB / Jazz
Año de Edición Original 2019

Más

Edu Lobo (voz), Romero Lubambo (guitarras), Mauro Senise (saxo, flautas)

Participación especial de: Anat Cohen (clarinete), Cristóvão Bastos (piano), Kiko Horta (acordeón), Bruno Aguilar (contrabajo), Jurim Moreira (batería).

Edición en formato Digipack.

"Um dos maiores compositores brasileiros surgidos na genial geração que despontou nos anos 1960, impulsionada pela era dos festivais, Edu Lobo dá outro mergulho na própria obra em Quase memória, álbum assinado pelo artista com o violonista Romero Lubambo e com o saxofonista Mauro Senise.
O trio já tinha entrado no mar profundo do cancioneiro de Edu em álbum, Dos navegantes (2017), lançado há dois anos. Idealizado pelos artistas com Ana Luísa Marinho, produtora executiva do disco, Quase memória segue na mesma linha retrospectiva, com frescor.
Com duas músicas inéditas de Edu Lobo no repertório, Silêncio (composta a partir de poema escrito em 1958 por Vinicius de Moraes e encontrado em 2010) e Peregrina (com letra de Paulo César Pinheiro), o álbum Quase memória pode ser caracterizado como o terceiro título de trilogia iniciada há três anos.
É que em 2016 Lubambo e Senise abordaram a obra do compositor carioca no álbum Todo sentimento com a adesão vocal de Edu nas canções Candeias (Edu Lobo, 1967) e Só me fez bem (Edu Lobo e Vinicius de Moraes, 1964).
Além de expandir a obra requintada de Edu Lobo com duas músicas inéditas, o álbum Quase memória tem importância somente pelo fato de ser um disco deste compositor e cantor que completa 76 anos em agosto deste ano de 2019 sem jamais ter saído do tom e dos trilhos que optou seguir desde o início da carreira em 1963.
Trata-se de disco de refinado acabamento instrumental porque também é de dois virtuoses. Se a flauta de Mauro Senise dá o contorno exato de Lábia (Edu Lobo e Chico Buarque, 2001) e expõe o corte doído de Senhora do Rio (1996), tema da trilha sonora do filme A guerra de Canudos (1996), o violão de Romero Lubambo arma a cama para a recontagem de As mesmas histórias (Edu Lobo, 1966).
Outros músicos se aninham nessa cama instrumental. A clarinetista Anat Cohen ajuda a soprar o destino sofrido de Branca Dias (Edu Lobo e Cacaso, 1976) juntamente com a flauta de Senise. O toque do piano de Cristovão Bastos insinua clima jazzístico em passagem da então esquecida Rosinha (Edu Lobo e José Carlos Capinam, 1967), canção que versa sobre "aquela velha história...ah, o amor", assunto também dos versos docemente imperativos de Silêncio (1958 / 2019), o poema em que Vinicius de Moraes fala de amor com toda a propriedade já mostrada na obra poética e musical.
"É o amor que te fala / É o amor que se cala / E que despetala / A flor do silêncio", canta Edu, destilando poesia enquanto apresenta música à altura do cancioneiro do compositor.
Com emissão vocal bem mais límpida do que a do disco assinado em 2018 com os amigos contemporâneos Dori Caymmi Marcos Valle, o cantor se cala na faixa-título Quase memória (Edu Lobo, 2001), tema instrumental que fecha o disco em lírico tom de delicadeza, reiterando a maestria dos músicos coprotagonistas do álbum.
Se o cantor vai bem, como prova ao se embrenhar no valente território nordestino de Canudos (Edu Lobo e Cacaso, 1978) na sintonia do toque enervado do acordeom de Kiko Horta, o compositor vai ainda melhor.
Parceria inédita de Edu Lobo com Paulo César Pinheiro, Peregrina segue a toada de um Brasil interiorano, violeiro, com a melodia afim do parceiro. Sempre preciso, o mesmo Pinheiro escreve a visão onírica de Terra do nunca, música composta por Edu nos anos 1990 para a trilha sonora de peça infantil sobre Peter Pan, gravada em disco pelo Boca Livre somente em 2013 e até então inédita na voz do autor da melodia.
Feito sem obviedades, o recorte de Quase memória faz com que o álbum tenha unidade, escapando de ser mero amontoado de canções selecionadas aleatoriamente.
Já na música que abre o disco, O dono do lugar (Edu Lobo e Cacaso, 1980), o lirismo faz as honras da casa fortalecida por melodias e versos de alto quilate que, mesmo que sejam momentaneamente esquecidos nas modas do tempo, hão paradoxalmente de ser sempre lembrados como páginas bonitas da história da música brasileira."

Temas

CD 1
1
O dono do lugar
Edu Lobo - Cacaso
2
Terra do Nunca
Edu Lobo - Paulo César Pinheiro
3
As mesmas histórias
Edu Lobo
4
Lábia
Edu Lobo - Francisco Buarque de Hollanda (Chico Buarque)
Edu Lobo, Romero Lubambo, Mauro Senise & Anat Cohen
5
Rosinha
Edu Lobo - José Carlos Capinan
6
Branca Dias
Edu Lobo - Cacaso
Edu Lobo, Romero Lubambo, Mauro Senise & Anat Cohen
7
Canudos
Edu Lobo - Cacaso
8
Peregrina
Edu Lobo - Paulo César Pinheiro
9
Senhora do Rio
Edu Lobo
10
Silencio
Edu Lobo - Vinicius de Moraes
11
Quase memória
Edu Lobo - Paulo César Pinheiro