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Em tempo de crise nasceu a canção (ao vivo)

Chicas
Discos: MPB

Disponible

Ficha técnica Discos

Sello	Biscoito Fino
Estilo	MPB
Año de Edición Original	2009
Concierto

Más

Chicas: Amora Pêra (voz, percusión, flauta), Fernanda Gonzaga (voz, percusión), Paula Leal (voz, guitarra acústica, xilofón, prcusión) e Isadora Medella (voz, guitarra acústica, percusión).

Renata Neves (violín), Thaís Ferreira (cello), Carlos Bernardo (guitarras, bouzouki), Bruno Aguilar (bajo), Ajurinã Zwarg (batería), Pedro Rocha (percusión).

Participación especial de: Pedro Moraez (bajo).

Grabado "ao vivo" en el Teatro Rival, en la ciudad de Rio de Janeiro, en febrero de 2009.

Extras grabados en los estudios de Som Livre, en la ciudad de Rio de Janeiro. Músicos: J. Daniel Imenes y Cauê Leal (guitarra eléctrica), Victor Rinaldi (cavaquinho), Pedro Moraez (bajo), Pitito (batería). Participación especial de: Empolga às 9 (Bruno Magalhães, Kiko Cupello, Nado Mesquita, Rodrigo Juruna, Fernanda Mesa, Maurício Caetano y Rita Albano) (percusión).

Edición en formato Digipack, que no incluye 6 temas ("Saudade da hora / Espumas ao vento", "Namorar", "Olha", "Oração", "O que eu não sou" y Geraldinos e arquibaldos") ni el extra "Barulinho - A cidade ideal", que sí están en el DVD homónimo.

Segundo álbum (primero en vivo y disponible también en DVD) del excelente e intermitente (de ahí que sea menos conocido de lo debido) grupo formado por Amora Pêra, Fernanda Gonzaga, Isadora Medella y Paula Leal (las dos primeras hijas de Gonzaguinha y nietas de Luiz Gonzaga).
El grupo nació en 1996, tras participar las cuatro componentes en una obra teatral, pero tuvieron que pasar 10 años hasta la grabación de su disco de estreno, "Quem vai comprar nosso barulho", que les valió el Premio Tim en la categoría de Mejor Grupo de MPB del Año 2007) y pasaron tres años más hasta grabar éste primer DVD, registro de un espectáculo basado en el repertorio del mencionado primer disco, dinámico y bien construido, que alterna momentos emotivos y animados, en el que las cuatro cantantes tienen la oportunidad de mostrar sus cualidades individuales (como vocalistas, instrumentistas, compositoras y arreglistas), pero en el que destacan ante todo las colectivas: conjunción, un sonido original que nace de la combinación de instrumentos clásicos y de percusión (violín con zabumba, violoncelo con pandeiro,...), versatilidad (de la marchinha al funk), arreglos inventivos (especialmente en la parte vocal, en la que se reparten frases, palabras e incluso sílabas) y una entrega que llega profundamente al público.

"Contratadas pela Biscoito Fino, as Chicas lançam seu segundo álbum, Em Tempos de Crise Nasceu a Canção (ao vivo), e o primeiro DVD, em que registram seu show. O palco é o território natural das quatro garotas cantoras. Antes de tudo, porque foi durante a montagem de um musical que as irmãs Fernanda Gonzaga e Amora Pêra (filhas de Gonzaguinha) e as amigas Isadora Medella e Paula Leal formaram a banda. Elas seguiram se apresentando no Rio de Janeiro entre 96 e 99, até que a farra acabou por "bobagem". "Coisa de adolescente quase", diz Paula. Mas as perguntas sobre quando voltariam não cessavam. Apesar de nem se falarem mais na época, Amora declarou que estariam se reunindo. O que de fato aconteceu, quatro anos depois da separação.
Mais três temporadas essencialmente sobre os palcos se passaram até sair o primeiro disco, independente, Quem Vai Comprar Nosso Barulho? (2006), que conquistou o prêmio Tim de melhor grupo de MPB. "Não foi uma revolução", diz Paula, a dona do timbre mais grave. Venderam entre 10 e 15 mil cópias.
Em Tempos de Crise... mistura inéditas na voz delas a repescagens do trabalho de estreia, agora ao vivo. A escolha requintada de repertório (mesmo quando optam por um rap), a pluralidade de estilos, vozes, acordes e a profusão de instrumentos conferem uma beleza meio caótica ao conjunto.
"Nossos arranjos vocais são anárquicos", diz Paula com uma ponta de orgulho. "A gente não para para resolver organizadamente." Essa espontaneidade por vezes sacrifica o rigor. A urgência da faixa de abertura, "Divino Maravilhoso", se perde no jogo de vozes. Outra bela canção de Caetano Veloso, "Quereres", sofre com alguns deslizes vocais.
"Felicidade", de Gonzaguinha, ganha uma interpretação mais vibrante, com os timbres distintos valorizados. "Androginismo"(Kledir Ramil) acrescenta elementos carnavalizantes que as deixam à vontade, assim como no "Rap do Silva" (Mc Bob Rum) e no funk "O Cofre" (Fernanda Gonzaga). O disco termina com "Caras e Bocas", tema de novela e uma das melhores faixas, com as texturas vocais distorcidas e acabamento de estúdio." Luciana Romagnolli (Gazeta do Povo, Curitiba (Paraná), 31.10.2009)