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Shinkansen (Ed. Jpn)

Shinkansen
Discos: Jazz

Disponible

Ficha técnica Discos

Sello	Sony Music
Estilo	Jazz
Año de Edición Original	2020
Instrumental

Más

Shinkansen: Toninho Horta (guitarras), Jaques Morelenbaum (cello, cello elécrico, piano eléctrico, producción), Liminha (bajo, guitarra eléctrica, producción), Marcos Suzano (pandeiro, MPC, percusión acústica, electrónica).

Participación especial de: Branford Marsalis (saxo soprano), Ryuichi Sakamoto (piano) y Jessé Sadoc Jr. (trompeta, flugelhorn).

“Shinkansen ou Trem Bala, é o nome da superbanda brasileira para japonés ver, e o segundo disco aterrissando nas plataformas de música para streaming. Marcos Suzano, Liminha, Toninho Horta e Jaques Morelenbaum são os integrantes, cada qual com uma história diferente, sobretudo Liminha que sempre esteve mais ligado ao rock and roll, desde os Baobás, em 1966. Suzano é percussionista de carreira requisitado, tanto quanto o celista Morelenbaum. Toninho Horta figura no primeiro time da guitarra mundial.
“Com essa formação, esteticamente diferente, com guitarra, baixo, cello, percussão acústica e eletrônica, não buscamos nenhuma referência. Não conheço nenhum grupo parecido. Marcos Suzano com suas experimentações trouxe coisas muito interessantes sonoramente. Como viemos de vertentes diferentes e todos somos compositores, o resultado ficou eclético na medida certa”, o comentario é de Liminha, que é o baixista do grupo. Aliás, ele foi indiretamente responsável pela criação do Shinkansen.
A intenção de Suzano, Horta e Morelenbaum era levar Liminha ao Japão, onde os três costumam tocar há anos, e onde Liminha nunca tinha ido. Uma história que começou uma década atrás. Quando os quatro decidiram formar a banda para viajarem ao Japão. Tocaram apenas no Brasil no Rio Jazz Festival e numa casa de shows. Depois disto, ninguém teve espaço em agenda para a empreitada japonesa.
Em 2016, Liminha foi para Califórnia e lá para o Japão, assistir ao festival de Montreux, que tem uma edição nipônica. Inspirado pela viagem, ele convocou a trinca de amigos para retomarem o projeto. A agenda fez com que o proceso levasse tempo, e só agora o disco sai do forno. Como se não fosse bastante o talento dos quatro, acrescentaram participações bem especiais, de Branford Marsalis (sax soprano), Ryuichi Sakamoto (piano) e Jessé Sadoc (trompete e flugelhorn).
O resultado deste ninho de cobras criadas é um repertorio com doze temas, difícil de catalogar em algum estilo de jazz. Sabe-se ser jazz porque as composições são abertas a improvisações. Deve agradar aos japoneses, pela forte gama de ritmos brasileiros ao longo do disco, colorido brilhantemente pela percussão de Marcos Suzano. Poderia ser brodagem jazz, quatro amigos que se reuniram para curtir um som, e aquí tem tudo, do jazz fusión, a samba-jazz, baião numa das faixas mais contagiantes, “Crazy ragga combination”, com “Funk is the dirt thing of strings”, o grande tema do álbum (com destaque para o baixo à Jaco Pastorius de Liminha). Torçamos para que o Trem Bala viaje pelo Brasil, quando o corona virus permitir.” José Teles (Jornal do Commercio, 19.08.2020)