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O azul daqui

Maísa Moura
Discos: MPB

Disponible

14,95 € impuestos inc.

Ficha técnica Discos

Sello Independiente
Estilo MPB
Año de Edición Original 2021

Más

Maísa Moura (voz)

Alaécio Martins (trombón), Leo Dias (marimba), Makely Ka (guitarra acústica, producción), Gustavo Souza o Rodrigo Torino (guitarra acústica), Rafael Azevedo (guitarras), Rodrigo Quintela (contrabajo), Yuri Velasco (percusión), Paulo Sérgio Thomaz (violín), Felipe José (cello), Avelar Jr. (arreglos de cuerdas).

Participación especial de: Gabriele Mirabassi (clarinete), Mário Sève (flautas), Otto Hanriot (bandoneón) y Rafael Martini (acordeón).

Edición en formato Digipack.

Azul de mar, azul de cielo, azul de sueños, azul de nostalgia,... el poético y sereno segundo álbum de la cantante mineira Maísa Moura los abarca todos. Once años después del también independiete "Moira" (2009), Maísa reencuentra a los mismos principales colaboradores: el compositor Makely Ka y el arreglista Avelar Jr., que acaban de dar forma a un delicioso disco de entrañable llaneza, perfectamente reflejada en el proyecto gráfico con las pinturas naïf de Gisele Moura (hermana de Maísa).

"É sintomático que o segundo álbum solo da cantora mineira Maísa Moura, O azul daqui, se encerre com abordagem de Sertão, bela canção de Caetano Veloso e Moreno Veloso lançada na voz de Gal Costa no álbum Aquele frevo axé (1998).
Além de conter na letra o verso (“O azul do azul daqui”) que gerou o título do disco produzido pelo compositor e músico piauiense Makely Ka entre julho de 2019 e novembro de 2020, sob direção artística da própria Maísa Moura, Sertão sintetiza a geografia deste álbum que transita entre o mar e o chão das Geraes.
Em cena desde 2001, ano em que debutou como intérprete ao gravar músicas de Makely Ka, com quem lançaria cinco anos mais tarde o disco Danaide (2006), Maísa Moura apresentou em 2009 o primeiro álbum solo, Moira, antes de interromper a carreira musical por anos para se dedicar a trabalho na área da educação.
Com capa que expõe pintura da artista plástica Gisele Moura, irmã de Maísa, o álbum O azul daqui retoma o fio da meada, soando coerente com a trajetória pregressa da cantora. Também expostas ao longo do encarte da edição em CD do álbum, as telas de Gisele Moura reforçam o conceito de cada música.
Nesse encarte, cada uma das 14 faixas do disco é ilustrada com telas azuis em que Gisele Moura retrata cada composição cantada com delicadeza por Maísa Moura.
A propósito, a suavidade é traço dominante no disco e no canto da artista. É como se Maísa bordasse cada canção e o álbum resultasse, no todo, numa tela com impressões sensíveis e afetivas da geografia mineira.
Basta ouvir a cantora recontar a história de Acalanto (1973) – canção do sertanista baiano Elomar ouvida por Maísa na gravação feita por Diana Pequeno em 1978 – para perceber como a voz de Maísa parece tecer cada nota com doçura que contrasta com a aridez do toque do baixo acústico de Rodrigo Quintela, orquestrado por Avelar Jr. para a faixa.
O colorido onírico de Valsa azul (Nelson Ferreira com letra imagética de José Miguel Wisnik, 2002) reforça o tom airoso do álbum.
A atmosfera lúdica da aliciante canção Faz de conta (Renato Villaça) e da música Grilo (Rodrigo Torino sobre poema e Renato Negrão) – cujo ar maroto é sublinhado pela marimba de vidro percutida por Leo Dias – contribui para a unidade desse disco conceitual que mantém o clima imaginativo de “faz de conta” em Transeunte, canção de Makely Ka de contorno buarquiano, como bem caracteriza a cantora ao discorrer sobre as músicas do disco.
Com predominância de (inspiradas) composições com a assinatura de Makely Ka (oito em 14 músicas), o álbum O azul daqui sustenta essa unidade ao longo de 14 faixas alinhadas entre si com costura fina.
As imagens da Ciranda longe do mar (Sérgio Andrade e Makely Ka), por exemplo, se banham na memória das águas que abrem o disco com a evocação de Senhora Janaína (Makely Ka), canção em feitio de oração.
A reboque dessas mesmas águas, Eu sou do mar (Makely Ka) estende ponte com o interior de Minas em travessia iniciada na África. Atestado da inspiração de Makely, Valsa do bom buriti evoca conto do escritor mineiro Guimarães Rosa (1908 – 1967) enquanto desloca o disco para o interior montanhoso das Geraes em condução feita com o toque do bandoneón de Otto Hanriot.
Esse sertão mineiro é encharcado de afetividade na canção Na beira do tempo (2016), cativante composição de Kiko Klaus e Makey Ka apresentada há cinco anos como música-título de EP lançado pelo pernambucano Klaus.
Na rota do disco, um pau-de-arara conduz O azul daqui até o sertão cearense através da regravação de Araripe Ararat (Chico Saraiva e Mauro Aguiar, 2009).
Música que anunciou o álbum O azul daqui ao ser apresentada em single editado em 9 de abril, Forró em Oeiras (Mário Sève e Makely Ka) transporta o disco para o sertão do Piauí com vivacidade e um sentimento de religiosidade popular recorrente na rota nacionalista do disco, como reforçam os versos de Comutação de promessas (Gustavo Souza e Makely Ka).
Sem jamais se perder nessa rota, Maísa Moura propaga a “paz da voz” – como enfatiza no canto de Sertão ao fim do álbum O azul daqui – em percurso que, entre águas e montanhas, parece iniciar e culminar no coração da intérprete." Mauro Ferreira (g1.globo.com, 15.05.2021)

Temas

CD 1
01
Senhora Janaína
Makely Ka
02
Eu sou do mar
Makely Ka
03
Acalanto
Elomar
04
Valsa azul
Nelson Ferreira - José Miguel Wisnik
Maísa Moura & Otto Hanriot
05
Faz de conta
Renato Villaça
06
Transeunte
Makely Ka
07
Valsa do bom buriti
Makely Ka
Maísa Moura & Otto Hanriot
08
Grilo
Rodrigo Torino - Renato Negrão
09
Na beira do tempo
Kiko Klaus - Makely Ka
Maísa Moura & Rafael Martini
10
Araripe Ararat
Chico Saraiva - Mauro Aguiar
Maísa Moura & Gabriele Mirabassi
11
Forró em Oeiras
Mário Sève - Makely Ka
Maísa Moura, Mário Sève & Rafael Martini
12
Comutação de promessas
Gustavo Souza - Makely Ka
Maísa Moura & Gabriele Mirabassi
13
Ciranda longe do mar
Sérgio Andrade - Makely Ka
14
Sertão
Moreno Veloso - Caetano Veloso