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Estrada branca

Mônica Salmaso & José Pedro Gil*
Discos: MPB / Internacional

Próximamente disponible

22,27 € impuestos inc.

Ficha técnica Discos

Sello Biscoito Fino
Estilo MPB / Internacional
Año de Edición Original 2021
Concierto

Más

Mônica Salmaso (voz), José Pedro Gil (voz)

Teco Cardoso (flauta, shruti, dirección), Emanuel de Andrade (piano, dirección), Nelson Ayres (piano, acordeón, dirección) y cuarteto de cuerdas(Ana Pereira y Filipa Serrão (violín), Joana Cipriano (viola) y Nuno Abreu (violoncelo).

Grabado "ao vivo" en Portugal, en el Mosteiro de São Bento da Vitória, en Oporto, y en el Centro Cultural Olga Cadaval, en Sintra, entre los dias 26 y 30 de mayo de 2017.

Edición brasileña, en formato Digipack, del disco lanzado originalmente en Portugal en 2019, con motivo de los 90 años de nacimiento de José Afonso.

"Grande cantora do Brasil, Mônica Salmaso se encontra com o cantor lusitano José Pedro Gil no cruzamento de Estrada branca, álbum lançado em Portugal em 2019 e posto no mercado fonográfico brasileiro neste mês de outubro de 2021. O álbum sai no Brasil pela gravadora Biscoito Fino, em luxuosa edição em CD, com capa cuja arte remete à estética dos discos lançados pela gravadora Elenco nos anos 1960.
No cruzamento de Estrada branca, os cancioneiros do compositor carioca Vinicius de Moraes (19 de outubro de 1913 – 9 de julho de 1980) e do compositor português José Afonso (2 de agosto de 1929 – 23 de fevereiro de 1987) se entrelaçam por afinidades poéticas e pela moldura de câmara que embala o repertório cantado por Salmaso e José Pedro Gil com certa – apropriada – solenidade e com o toque lírico do quarteto de cordas.
Lançado em Portugal em 2019 para celebrar os 90 anos de nascimento de José Afonso, Estrada branca é álbum ao vivo que registra o recital com que Salmaso e Pedro Gil percorreram cidades da Terrinha há quatro anos.
Prova incontestável da beleza perene do concerto roteirizado com dramaturgia de Carlos Tê (autor do mais alentado dos textos reproduzidos no encarte da edição em CD, cuja arte abre espaço até para cronologia que relaciona as vidas dos compositores), o disco Estrada branca se origina da captação de apresentações feitas entre 26 e 30 de maio de 2017 no Mosteiro de São Bento da Vitória – situado na cidade do Porto – e no Centro Cultural Olga Cadaval, na cidade de Sintra.
Embora haja solos vocais, como a magistral abordagem de Derradeira primavera (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1962) por Salmaso, mais um atestado da nobreza clássica do canto da intérprete paulistana, o roteiro de Estrada branca foi pavimentado com duetos em que os intérpretes incursionam pelas obras dos compositores, evidenciando as correlações entre os cancioneiros.
Se José Pedro Gil divide com Salmaso a interpretação de Olha, Maria (Antonio Carlos Jobim, Chico Buarque e Vinicius de Moraes, 1970), a cantora se afina com o colega lusitano na Canção de embalar (José Afonso, 1968) – exemplo da habilidade do compositor português para reprocessar tradições musicais lusitanas em obra que também ecoou cadências de países africanos como Angola e Moçambique – e faz o contracanto inebriante de Os índios da meia-praia (José Afonso, 1976).
Voz da resistência contra a opressão na luta portuguesa por liberdade, José Afonso legou ao mundo canções enraizadas na tradição de Coimbra, caso da Balada de outono (José Afonso, 1964), ouvida no álbum Estrada branca em solo de Salmaso com a precisão dos arranjos acústicos e líricos.
Choro entoado fluente e graciosamente por Salmaso, Odeon (Ernesto Nazareth, 1909, com letra póstuma de Vinicius de Moraes, 1968) quebra a atmosfera de densidade poética do disco na parte final do concerto, sendo seguido, no mesmo clima, pela interpretação de Pau-de-arara (Carlos Lyra e Vinicius de Moraes, 1964).
Seguidores de Salmaso notarão que há muitas interseções entre o repertórios do recital da cantora com Pedro Gil e o roteiro do show feito pela artista no Brasil com o Quinteto da Paraíba. Por isso mesmo, para ouvidos brasileiros e para esses seguidores fiéis de Salmaso, o teor de novidade do álbum Estrada branca reside sobretudo nas abordagens do cancioneiro de José Afonso.
Quando Salmaso se harmoniza com Pedro Gil no canto de Que amor não me engana (José Afonso, 1973) – canção libertária de versos resistentes como “E as vozes embarcam / Num silêncio aflito / Quanto mais se apartam / Mais se ouve o seu grito” – e de Adeus, ò Serra da Lapa (José Afonso, 1973), número que fecha o show e precede o bis dado com Valsinha (Chico Buarque e Vinicius de Moraes, 1970), fica claro que, mesmo separados por um continente, José Afonso e Vinicius de Moraes de certa forma se irmanaram com conexões iluminadas no cruzamento de Estrada branca." Mauro Ferreira (g1.globo.com, 28.10.2021)

Temas

CD 1
01
Chora coração
Antonio Carlos Jobim (Tom Jobim) - Vinicius de Moraes
02
As pombas
José Afonso - Luis Oliveira de Andrade
03
Estrada branca
Antonio Carlos Jobim (Tom Jobim) - Vinicius de Moraes
04
José Afonso
José Afonso
05
Mulher da erva
José Afonso
06
Derradeira primavera
Antonio Carlos Jobim (Tom Jobim) - Vinicius de Moraes
07
Era um redondo vocábulo
José Afonso
08
Olha Maria
Antonio Carlos Jobim (Tom Jobim) - Francisco Buarque de Hollanda (Chico Buarque) - Vinicius de Moraes
09
Os índios da meia-praia
José Afonso
10
A casa
Vinicius de Moraes
11
Endechas a Bárbara escrava
Luis Vaz de Camões - José Afonso
12
Balada de outono
José Afonso
13
Odeon
Ernesto Nazareth - Vinicius de Moraes
14
Pau de arara
Carlos Lyra - Vinicius de Moraes
15
Que amor não me engana
José Afonso
16
Adeus, ó Serra da Lapa
José Afonso
17
Valsinha
Francisco Buarque de Hollanda (Chico Buarque) - Vinicius de Moraes