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Anos 70 (Box)

Ney Matogrosso
Discos: MPB / Pop

Próximamente disponible

63,91 € impuestos inc.

Ficha técnica Discos

Sello Warner Music
Estilo MPB / Pop
Año de Edición Original 2015
Observaciones 6CDs

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Edición conjunta de los seis álbumes que el gran cantante Ney Matogrosso lanzó en los años 70: "Água do céu-pássaro" (1975), "Bandido" (1976) y "Pecado" (1977), los tres para el sello Continental, y "Feitiço" (1978), "Seu tipo" (1979) y "Sujeito estranho" (1989), para Warner Music. Todos remasterizados, con portadas, contraportadas y ficha técnica originales. El CD "Bandido" incluye 3 temas extra: "Postal de amor" y "Ponta do lápis", grabados junto a Fagner, lanzados en un Single en 1975, y "Pra não morrer de tristeza", editado originalmente en la banda sonora de la telenovela "Saramandaia" emitida por la Rede Globo en 1976.

"Caso Ney Matogrosso concretize o projeto de gravar neste ano de 2016 álbum com músicas de compositores rotulados como malditos, como Jards Macalé e Jorge Mautner, o cantor mato-grossense vai dar mais uma prova de coerência na condução de carreira solo iniciada há 41 anos. Lançados originalmente entre 1975 e 1980, os seis álbuns embalados na caixa Ney Matogrosso - Anos 70 (Warner Music), posta nas lojas em dezembro de 2015, flagram um artista livre de fórmulas, amarras e pressões da indústria do disco. Um cantor livre, em essência. Este seis álbuns já haviam sido reeditados em CD na caixa Camaleão (Universal Music, 2008). Embora atualizados, os textos escritos pelo pesquisador Rodrigo Faour sobre cada um dos seis álbuns são essencialmente os mesmos das reedições de 2008. Contudo, houve real ganho na qualidade do som dos três álbuns gravados por Ney na extinta gravadora Continental - Água do céu-pássaro (1975), Bandido (1976) e Pecado (1977) - porque as reedições de 2008 foram produzidas (com esmero) a partir de cópias em vinil. As reedições de 2015 foram remasterizadas a partir das matrizes originais dos álbuns, como alardeado na contracapa da caixa, embora as fichas técnicas das reedições não traga informações sobre quem remasterizou os discos. O ganho na qualidade do som não chega a justificar a compra da atual caixa por quem já tem a caixa de 2008. Mas valoriza a caixa de 2015, inclusive porque os álbuns gravados por Ney na década de 1970 resistem bem ao tempo. Água do céu-pássaro (1975), em especial, é um disco ainda moderno, um passo ousado dado por cantor que vinha de grupo, Secos & Molhados, que tinha alcançado sucesso de massa. Neste primeiro voo solo, Ney já mostra a forte personalidade artística que nortearia a discografia do artista - ainda que o cantor tenha seguido a receita de sucesso do produtor Marco Mazzola na primeira metade da década de 1980 sem jamais baixar o nível do repertório. De tom vanguardista, Água do céu-pássaro tem linguagem pop e dose alta de sensualidade em Açúcar candy (Sueli Costa e Tite de Lemos, 1975). Se América do Sul (Paulo Machado, 1975) expôs latinidade que pautaria várias gravações do cantor, Pedra de rio (Luhli, Lucina e Paulo César, 1975) já escancarou o apego do artista à natureza. Infelizmente, as duas músicas-bônus da atual reedição de Água do céu-pássaro - As ilhas (Astor Piazzola e Geraldo Carneiro) e 1964 II (Astor Piazolla e Jorge Luis Borges),  faixas do compacto gravado por Ney em novembro de 1974, em Milão (Itália) -  tocam de forma invertida em relação à disposição das músicas indicada na contracapa. no encarte e no selo da reedição em CD. Mais acessível ao público, Bandido (1976) é álbum que emplacou o primeiro grande sucesso popular da carreira solo de Ney, Bandido corazón, delícia pop roqueira latina da lavra de Rita Lee, então no auge da produção autoral. Bandido foi produzido por Guilherme Araújo sob a supervisão da violonista e compositora Rosinha de Valença (1941 - 2004), autora de uma das dez músicas do disco, Usina de prata (1976). Em Bandido, Ney deu voz a músicas então inéditas de Chico Buarque, Mulheres de Atenas (1976), e Gilberto Gil, Gaivota, canção gravada com o violão de Gil, de beleza ainda por ser descoberta pelo público. A regravação da rumba cubana Pa-ran-pan-pan (Sergio de Karlo, 1938) explicitou a latinidade que pulsava no canto de Ney. A atual reedição de Bandido incorpora, como faixas-bônus, as duas gravações do compacto gravado em 1975 por Ney com o cantor cearense Raimundo Fagner - Postal de amor (Raimundo Fagner, Fausto Nilo e Ricardo Bezerra) e Ponta do lápis (Clodô Ferreira e Rodger Rogério) - e o take original do samba Pra não morrer de tristeza (João Silva e K-Boclinho, 1965) incluído na trilha sonora da novela Saramandaia (TV Globo, 1976). Gravado com parte do repertório do show Bandido que não havia sido registrado no disco homônimo de 1976, o terceiro e último álbum de Ney na Continental, Pecado (1977), apresentou baixo teor de músicas inéditas no repertório de tom sensual. Contudo, o finíssimo repertório do álbum - Da cor do pecado (Bororó, 1939), Boneca cobiçada (Palmeira e Biá, 1956), Desafinado (Antonio Carlos Jobim e Newton Mendonça, 1959), San Vicente (Milton Nascimento e Fernando Brant, 1972) Metamorfose ambulante (Raul Seixas, 1973) e a então recente Tigresa (Caetano Veloso, 1977), para citar as músicas mais conhecidas  - soava à altura da voz andrógina do cantor e estava em sintonia com o conceito dos álbuns gravados por Ney após a saída turbulenta do trio Secos & Molhados. Coerência mantida no álbum seguinte, Feitiço (1978), o primeiro dos três gravados por Ney na novata Warner Music. Produzido por Mazzola, produtor determinante na discografia do cantor, Feitiço ampliou a popularidade de Ney a reboque de músicas como Bandolero (Luhli e Lucina, 1978), Mal necessário (Mauro Kwitko, 1978), o samba Tic-tac do meu coração (Alcyr Pires Vermelho e Valfrido Silva, 1935) - primeira das muitas incursões que seriam feitas por Ney no repertório da cantora Carmen Miranda (1909 - 1955) - e Não existe pecado ao sul do Equador (Chico Buarque e Ruy Guerra, 1973), frevo que Ney jogou na pista então fervida da disco music. Na sequência, Seu tipo (1979) revelou um Ney menos esfuziante, mas ainda ardente. O cantor rasgou a fantasia para mostrar a cara, a voz e a coragem de gravar compositoras que emergiam naquele ano de 1979 como Fátima Guedes (Dor medonha) e Joyce Moreno (Ardente). O maior destaque do repertório - de alto nível, mas de menor empatia - foi Seu tipo, o fox de Eduardo Dussek e Luiz Carlos Góes (1944 - 2014) que deu título ao disco. Por fim, Sujeito estranho (1980) foi álbum feito para Ney encerrar o contrato com a Warner Music e partir para a Ariola, gravadora que tinha fisgado o produtor Mazzola. Puxado por Napoleão, composição então inédita da dupla Luli & Lucina, fiel fornecedora de músicas para o cantor, o repertório incluía músicas do show Seu tipo não incluídas no disco homônimo de 1979. A curiosidade reside sobre duas músicas de Angela Ro Ro - Não há cabeça (lançada por Marina Lima e regravada logo depois pela compositora para o álbum de 1979 que deu projeção a Ro Ro) e Balada da arrasada (outra música do álbum de estreia de Ro Ro) - gravadas por Ney neste título obscuro da discografia do cantor. Produzido por Miguel Cidrás sob a direção de Guti Carvalho, Sujeito estranho é disco realmente estranho, mas reitera - como todos os outros cinco álbuns embalados na caixa, projeto de Elaine Medeiros para a Warner Music - a inteligência do camaleão para escolher as próprias cores na selva de mercado feroz que costuma dar e ditar os tons dos cantores." Mauro Ferreira (Blog Notas Musicais, 20.01.2016)

(Puedes ver más detalles y escuchar fragmentos de algunas canciones en la ficha individual de cada disco / You can see more details and listen to music excerpts on the individual record of each disc)