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Semente crioula

Leopoldina
Discos: MPB

Disponible

19,36 € impuestos inc.

Ficha técnica Discos

Sello Independiente
Estilo MPB
Año de Edición Original 2021

Más

Leopoldina (voz, guitarra acústica, percusión, dirección)

Tiago Ramos (saxo), Leonardo Brasilino (trombón), Célio Balona (acordeón), Rafael José (guitarras, viola caipira, ukelele, percusión, producción), Delano Macedo (guitarra steel), Rafael Elói (bajo, coros), Marcelo Ricardo Dai (batería, coros), Fabrício Galvani (percusión), Robson Fonseca (cello).

Edición en formato Digipack.

Tercer disco de la cantante mineira Leopoldina Azevedo (Campos Gerais, Minas Gerais, 1977) en el que desarrolla su faceta de compositora, ya apuntada en su disco anterior, "Leopoldina" (2010). El proyecto gráfico del del disco muestra también su buenas dotes de pintora.

"A mineira Leopoldina, cantora e compositora, lança o álbum Semente Crioula, misturando as sonoridades MPB e sertaneja. O projeto traz doze faixas inéditas e foi pensado pela artista como um manifesto feminino de afeto, abordando as muitas traduções possíveis para o amor.
Sobre o nome do disco, Semente Crioula, Leopoldina explicou que a ideia "veio dos frutos e sementes que iam 'brotando dentro da gente' através de canções, poemas e pinturas". Segundo a artista, o título "é a diversidade que existe quando nós pegamos uma semente e pensamos que ela carrega, dentro de si, um ancestral e a possibilidade de gerar e dar continuidade à vida. Portanto, esse disco saúda os ancestrais e carrega nele a possibilidade de gerar vidas em mim e entre os ouvintes"."

"Neste ano, mais precisamente em junho, a cantora mineira (de Campos Gerais) Leopoldina Azevedo completa 20 anos de estrada com a certeza de que a escolha pela profissão, em detrimento da odontologia (caminho que chegou a ser por ela aventado), valeu a pena. "Preferi mergulhar nas minhas dúvidas, nos meus desassossegos, nas incompletudes. Errando, acertando.. Aliás, a avaliação dos erros e dos acertos sempre foi o caminho para o aprendizado de toda a transformação pela qual venho passando como artista, mulher, mãe, professora", conta ela.
Atualmente com 44 anos de idade, Leopoldina acrescenta que, por mais difícil que seja, nunca gostou de se acomodar em situações. "Sempre busquei me colocar firme em relação ao que não desejo viver mais. Quero sair desta vida mais leve, mais profunda, mais entregue, mais desapegada. Sentindo a profundidade e a plenitude que habitam em mim e em todos os seres".
A Leopoldina de hoje, pontua, se compreende como uma "Semente Crioula", nome de seu mais recente trabalho, gravado em 2018, mas lançado no finalzinho do ano passado. E por quê "Semente Crioula"? "É que, tal como a semente, carrego em mim toda a ancestralidade e a toda a possibilidade da vida futura através da arte, das aulas, da educação dos filhos, da vivência com os amigos, com os amores que tive", enumera ela.
O início da gestação do disco, narra Leopoldina, veio por meio de um processo profundo de autoconhecimento. "De transformações necessárias, de busca por uma compreensão mais reflexiva sobre a arte na vida, sobre 'o que é o amor' e 'como manifestá-lo', ou como 'ele se manifesta'. E também sobre o meu papel de artista, que artista eu queria ser dali pra frente". Neste processo que ela nomina “in”, ou seja de dentro, de amadurecimento, foram surgindo poemas e melodias diversas. "Aos poucos fui recolhendo, avaliando... Depois percebi que ela (a arte que nascia destas vivências e reflexões) queria ir para o mundo. Intuitivamente, fui percebendo a vida delas nascendo na busca de compreender o amor, as vivências que partiam dele e das desrazões das relações afetivas, das experiências amistosas, românticas, da relação com a natureza, com o nosso ancestral e de como nos sentimos pertencidos a nossa existência na vida, quando abrimos a percepção do outro na nossa vida e no nosso planeta".
Justamente pela maturação do processo, ela já tinha em mente um feixe de faixas para o disco - mas não todas as que estão nele. "Estas músicas, então, são do período de 2014 até 2018. Elas foram se aglutinando organicamente, mas já pensando num álbum. O fio condutor é o amor presente nelas. O título saiu de uma conversa sobre o que era a semente crioula, e que depois virou um poema. Até então, não sabia qual seria o nome a batizar o álbum. Só depois que surgiu o poema é que intuí que ele estaria no disco e que seria o título. Porque resume como vou vendo, como acredito na manifestação da vida - ou seja, é um resumo das feituras das outras músicas".
Um ponto importante na caminhada que resultou no novo trabalho foi a adesão de parceiros. "Músicos que vieram desta relação amistosa, de vivências. Por exemplo: na faculdade  de música, com Henrique Vilela, ou no Carnaval, com Pedro Thiago e o Di Souza. Na família, com Rafa José, meu irmão e produtor do disco. No olhar sobre o feminino, sobre o que é ser mulher, de como nos manifestamos, com a amiga Iaiá Drumond. E nas andanças poéticas desde 2002 (referindo-se ao movimento Reciclo Geral), com o querido Renato Negrão".
“Orvalho” foi uma das primeiras canções compostas para o disco. "Eu estava amando, mas sem ser correspondida (risos). E ela (música) surgiu num dia em que fui para Baependi com a família, porque tenho muita fé em Nhá Chica. E lá, depois de visitar o santuário dela, cheguei em Campos Gerais, minha cidade natal, e a canção nasceu com letra e música na madrugada seguinte ao dia em que eu havia ido".
Entre as demais faixas, está, por exemplo, a canção “Cadê Teus Olhos”, que, diz ela, surgiu como uma predestinação. "Uma premonição de uma saudade que eu viveria por muito tempo depois. Ela nasceu numa singeleza sem fim, não sabia direito pra quem era, mas o canto dela me trazia calma. Cheguei a mostrar para uma pessoa antes de ela partir. Ela gostou muito, mas eu mesma não sabia o porquê da canção e nem que era para ela. Só depois dos fatos (do falecimento) é que fui compreender".
Já “Morena Faceira” traz uma história divertida por trás. "Eu tinha feito uma música para um poema da Iaiá, mas, pouco depois, ela me contou que já existia uma canção para ele. Mesmo assim, enviei algumas melodias para ela, por telefone mesmo. E depois, o tempo passou, me esqueci. Aí, em um dia bonito, ela me envia uma canção dizendo que também era minha (risos). Foi aí que voltei ao áudio e vi que ela tinha colocado uma nova letra para a melodia que eu tinha composto".
A canção “O Que Eu Tenho Pra Te Dar”, por sua vez, veio do luto. "Depois de ter vivido uma tristeza que a gente acha que nunca vai passar. Ela nasceu no momento em que percebi que o amor poderia existir novamente em minha vida, que eu me vi novamente capaz de amar", assume (...)" Patrícia Cassese (O Tempo, 04.02.2022)

Temas

CD 1
01
Amor de Nanã
Leopoldina
02
Girassóis
Henrique Vilela - Leopoldina
03
Sanfoneira
Di Souza - Leopoldina
04
No nosso tapete
Leopoldina - Renato Negrão
05
Folia de reis para Deus Menino
Leopoldina
06
Pra tu
Leopoldina
07
Semente crioula
Rafael José - Leopoldina
Leopoldina & Rafael José
08
Orvalho
Leopoldina
09
O que eu tenho pra te dar
Leopoldina
10
Morena faceira
Leopoldina - Iaiá Drummond
11
Sem você
Leopoldina - Pedro Thiago
12
Cadê teus olhos
Leopoldina