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Avenida Angélica

Vitor Ramil
Discos: MPB

Disponible

22,27 € impuestos inc.

Ficha técnica Discos

Sello Satolep
Estilo MPB
Año de Edición Original 2022
Concierto

Más

Vitor Ramil (voz, guitarra acústica)

Participación especial de: Angélica Freitas (recitado).

Grabado "ao vivo" en el Theatro Sete de Abril, en Pelotas (Rio Grande do Sul), los dias 7 y 8 de agosto de 2021.

Editado en un inusual formato de pequeña revista de 44 páginas (12,5 x 17,5 cm).

"No texto que escreveu para apresentar o álbum Avenida Angélica, Vitor Ramil menciona o conselho ouvido por Joni Mitchell de músico amigo após admitir que errava muito no toque do piano pela incompreensão do instrumento. “Siga o erro”, disse o músico à artista canadense. Mitchell seguiu o conselho, o erro e construiu obra referencial.
Cantor, compositor e músico gaúcho que pôs Pelotas (RS) no mapa do universo pop, Ramil vem conjugando acertos ao seguir erros desde que, revelado em 1980 na voz de Zizi Possi com a gravação da música Minas de prata, pavimentou caminho trilhado às margens do mercado a partir da criação da Estética do frio, mote de álbuns como A paixão de V segundo ele próprio (1984) e Tango (1987).
Décimo segundo título da discografia de Ramil, Avenida Angélica é mais um acerto do artista. Trata-se de álbum ao vivo que registra os 17 números de show apresentado e gravado em 7 e 8 de agosto de 2021, no canteiro de obras do Theatro Sete de Abril, palco de Satolep, cidade-anagrama de Pelotas (RS) que marca o território ilimitado do universo particular de Ramil.
A diferença é que, desta vez, Ramil vê e expõe o mundo através dos olhos e dos versos da poeta conterrânea Angélica Freitas, de quem o compositor musicou poemas publicados nos dois primeiros livros da escritora, Rilke shake (2007) e Um útero é do tamanho de um punho (2012).
Basta ouvir músicas como Siobhan (tocante canção de amor em que o solista explora regiões agudas da voz), A mina de ouro de minha mãe e de minha tia, Treze de outubro e Família vende tudo para entender que Ramil se desviou da melodia certinha, seguindo por caminhos tortos, cheios de estranhezas, ainda que haja certo quadradismo na cadência e nos breques do samba Mulher de malandro.
Poeta que atualmente reside em Berlim, na Alemanha, após ter morado na Argentina, Angélica Freitas escreve versos pautados por finas ironias que parecem embutir sons dentro das palavras embebidas em inquietações.
É uma lírica que até poderia se afinar com a poesia da música pop, mas Ramil segue errando por caminho um pouco mais denso, como sinalizou a inspirada canção Rilke shake, apresentada em 24 de março como primeiro single do álbum lançado anteontem, 7 de abril.
Dentro dessa lírica angustiada, há espaço para certa leveza, percebida em R.C., canção inspirada na trilha sentimental radiofônica que gerou ídolos como Roberto Carlos, fonte de inspiração para o poema e a melodia errante. Das 17 músicas do disco, somente uma, Stradivarius (2017), já era conhecida, tendo sido lançada no último álbum de Ramil, Campos neutrais (2017).
Dentre as novidades, Cosmic Coswig Mississipi se diferencia na poética safra autoral por ser blues, gênero musical inexplorado por Ramil, compositor habituado às milongas dos Pampas gaúchos. O título do blues alude ao Recanto dos Coswig, pousada e parque bucólico situados no reduto da colônia alemã de Pelotas (RS).
Alocadas na segunda metade do disco, as músicas Mulher aranha, Mulher de rollers (poema que alude a versos escritos por Chico Buarque em 1971 e 1984 para as letras de Construção e Vai passar, respectivamente), Poema da mulher suja e Uma mulher insanamente bonita reforçam, já nos títulos, o caráter substancialmente feminino da poesia de Angélica Freitas.
No arremate do álbum, com ritmo bem marcado, a faixa Ringues polifônicos ratifica o alcance do voo e da aventura de Vitor Ramil ao longo de Avenida Angélica, mais um acerto errático, estranho, desse artista que vem correndo riscos na longa estrada musical que desde 1980 o conduz pelo universo sem perder Satolep de vista." Mauro Ferreira (g1.globo.com, 09.04.2022)


Temas

CD 1
01
Rilke shake
Vitor Ramil - Angélica Freitas
02
A mina de ouro de minha mãe
Vitor Ramil - Angélica Freitas
03
Família vende tudo
Vitor Ramil - Angélica Freitas
04
R.C.
Vitor Ramil - Angélica Freitas
05
Mulher de malandro
Vitor Ramil - Angélica Freitas
06
Stradivarius
Vitor Ramil - Angélica Freitas
07
Treze de outubro
Vitor Ramil - Angélica Freitas
08
Siobhan
Vitor Ramil - Angélica Freitas
09
Cosmic Coswig Mississipi
Vitor Ramil - Angélica Freitas
10
Vida aérea
Vitor Ramil - Angélica Freitas
11
Mulher de rollers
Vitor Ramil - Angélica Freitas
12
Mulher-aranha
Vitor Ramil - Angélica Freitas
13
Bigodinho
Vitor Ramil - Angélica Freitas
14
Uma mulher insanamente bonita
Vitor Ramil - Angélica Freitas
15
Versus eu
Vitor Ramil - Angélica Freitas
16
Poema da mulher suja
Vitor Ramil - Angélica Freitas
17
Ítaca
Angélica Freitas
Angélica Freitas
18
Ringues polifônicos
Vitor Ramil - Angélica Freitas