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Na trilha de uma missão

SaGrama & Gonzaga Leal
Discos: Folclore del Nordeste

Disponible

16,62 € impuestos inc.

Ficha técnica Discos

Sello Independiente
Estilo Folclore del Nordeste
Año de Edición Original 2022

Más

Gonzaga Leal (voz)

SaGrama: Sérgio Campelo (flautas, acordeón, coros, arreglos), Ingrid Guerra (flautas, coros), Crisóstomo Santos (clarinete, coros), Antonio Barreto (vibráfono, marimba), Cláudio Moura (guitarra acústica, viola nordestina, percusión, coros, arreglos), Arístide Rosa (guitarra acústica), João Pimenta (contrabajo, coros), Tarcísio Resende, Dannielly Yohanna e Isaac Souza (percusión, coros).

Músicos invitados: Maurício Cezar (piano, coros, arreglos), Laís de Assis (viola nordestina, arreglos), Rafael Marques (bandolim, coros, arreglos), Arthur Philipe, Ciel Santos e Isadora Melo (coros).

Edición en formato Digipack, que incluye corte extra con audiodescripción para personas con deficiencia visual.

"Grupo pernambucano criado em 1995 pelo flautista e maestro Sérgio Campelo, com inspiração na música armorial e nas manifestações da cultura popular do estado, SaGrama se une ao cantor conterrâneo Gonzaga Leal no álbum Na trilha de uma missão.
Previsto para ser lançado em junho, o disco tem repertório selecionado a partir dos registros feitos pelo escritor, poeta e pesquisador paulistano Mário de Andrade (1893 –1945), durante a viagem pelo norte e nordeste do Brasil para realizar a Missão de pesquisas folclóricas (1938), projeto de caráter antropológico.
Nessa viagem, o pesquisador recolheu cânticos afro-brasileiros, cantorias de viola, cocos, músicas indígenas da tribo dos Pankararu, toadas do sertão, cantigas de roda e outros temas do chamado Brasil profundo.
No álbum Na trilha de uma missão, SaGrama – grupo formado por dez instrumentistas – e Gonzaga Leal reapresentam o repertório da expedição com arranjos inéditos." Mauro Ferreira (g1.globo.com, 09.05.2022)

"(...) do material recolhido em Pernambuco pela Missão de Pesquisas Folclóricas, liderada por Mário de Andrade em 1938, o cantor Gonzaga Leal e o grupo SaGrama assumiram a tarefa pioneira de fazer releituras. O resultado é o riquíssimo álbum Na trilha de uma missão, que traz 15 músicas e será lançado neste mês, com patrocínio do Funcultura. Coragem e delicadeza na medida certa para fazer arranjos de assinatura própria, mas que dialogam bem com a essência das versões originais. É a primeira vez que o repertório pernambucano recolhido pela Missão é revisitado.
Foi desafiador para Gonzaga Leal escolher os temas e encontrar sua maneira de interpretar diante das gravações de 1938, cujas letras são bem pouco compreensíveis em alguns trechos, e marcadas pelos cantos em coro. Tampouco foi tarefa fácil para o SaGrama harmonizar e arranjar tantas melodias que, na versão original, não têm acompanhamento, exceto poucos registros em que se escuta alguma percussão e discretos ponteados de viola.
Mais conhecido por interpretar o cancioneiro urbano da MPB, Gonzaga trouxe seu olhar próprio, vivenciando cada verso dessa música folclórica pernambucana. “Eu preciso mastigar bem a palavra para dar sentido ao texto. Meu trabalho tem uma lógica dramatúrgica. De maneira que uma canção chama a outra. Não faço mera reunião de músicas”, afirma o cantor, em entrevista à Continente. Nascido em Serra Talhada, onde presenciou muitos folguedos, Gonzaga Leal desejava fazer esse trabalho há mais tempo, mas outros discos tomaram corpo primeiro, a exemplo do Porcelana (que gravou com Alaíde Costa, em 2016) e do Olhando o céu, viu uma estrela (que fez com Áurea Martins, em tributo a Dalva de Oliveira, em 2019). “Agora, chegou a vez da Missão. Cláudio Moura (integrante e um dos arranjadores do SaGrama) é meu diretor musical há 25 anos. Os arranjos foram construídos pensando na minha voz, que ele conhece bem.”
Cláudio (que toca viola nordestina e violão) e os demais arranjadores do disco ficaram livres para criar. “Mas os áudios originais não têm boa qualidade. Então, em certas músicas, tivemos de criar palavras para rimar com outras que conseguíamos entender. Mas fomos fiéis às letras, dentro do possível. Já as melodias preservamos integralmente e ficamos livres para harmonizar”, sintetiza.
Um exemplo na concepção dos arranjos está na faixa Mandei cortá capim, que tem uma puxada para o forró na versão original. “Mas não fiz baião. Trabalhei com compassos alternados, em 3 por 4, depois, 4 por 4 etc. Fomos inventando em cima do material que a gente conseguia decifrar”, descreve Cláudio Moura.
No disco, buscou-se contemplar ao menos uma música de cada gênero recolhido. O mais presente na seleção de Gonzaga e SaGrama parece ser o que os pesquisadores paulistas catalogaram como Coco, rojão e roda, da qual há excelentes releituras para Sereno do amor, Oh! Roseira, Mandei fazer uma rede e uma mescla dos temas Tiroteio Lampião da Serra Grande, Meus canários eu vou me lavar e Mandaú. Outra faixa em que Gonzaga reúne vários temas em medley são as toadas de bumba meu boi Toada ora viva, Toada chamada do sapo-cururu e Toada do passo da ema.
Embora tenham letras nas versões originais, Colcheia e A pega do boi foram as duas que mereceram arranjo apenas instrumental. Aqui, todo o universo musical do SaGrama, que encantou o Brasil na trilha sonora do filme e da minissérie O Auto da Compadecida, vem com força. E das cantorias dos carregadores de piano, Gonzaga Leal escolheu Meu barco é veleiro e Vamos nessa, Meus amigos, que encerram o álbum.
A única música do projeto que não faz parte da Missão de Pesquisas Folclóricas é Louvação (que abre o disco) e consta no livro Danças dramáticas do Brasil, de Mário de Andrade. Já estão previstos shows de lançamento em 4 de junho, no Teatro Santa Isabel; na segunda quinzena de julho, no Festival de Inverno de Garanhuns; e, em novembro, no Teatro do Parque. O espetáculo terá direção do dramaturgo e bailarino Ciro Barcelos (que fez história como integrante do Dzi Croquettes).
(...) É um projeto que já nasce histórico e de forte riqueza artística." Alessandro Soares (periodista, investigador musical y productor) (Revista Continente nº 258, junio de 2022)

Temas

CD 1
01
Louvação
D.P.
02:50
02
Chamada de Aricury
D.P.
02:49
03
Oh! Roseira
D.P.
02:25
04
Toadas de bumba meu boi: Toada ora viva / Toada chamada do sapo cururu / Toada do passo da ema
D.P.
03:07
05
Sereno de amor
D.P.
02:56
06
Mandei fazer uma rede
D.P.
03:40
07
A pega do boi (instrumental)
D.P.
03:06
08
Toada de Yemanjá
D.P.
02:08
09
Meu barco é velero
D.P.
02:56
10
Mandei cortá capim
D.P.
02:14
11
Emboladas: Tiroteio Lampião da Serra Grande / Meu canário , eu vou me lavr / Mandaú
D.P.
03:43
12
Toada o boi morreu
D.P.
03:08
13
Colcheia (instrumental)
D.P.
03:31
14
Toada de Exu
D.P.
02:37
15
Vamos nessa, meus amigos
D.P.
02:48