Suscripción Newsletter

Recibe noticias y avisos de promociones especiales

Canta choros

Wanderléa
Discos: Choro

Disponible

18,49 € impuestos inc.

Ficha técnica Discos

Sello Sesc SP
Estilo Choro
Año de Edición Original 2023

Más

Wanderléa (voz)

Alexandre Ribeiro (clarinete, arreglos), João Poleto (flauta, saxo tenor), Nahor Gomes (flugelhorn), Allan Abbadia o Sérgio Coelho (trombón), Toninho Ferragutti (acordeón, arreglos), Cleber Silveira (acordeón) Cristóvão Bastos (piano, arreglos), Fábio Torres (piano), Alessandro Penezzi (guitarra acústica), Gian Correa (guitarra acústica, guitarra de 7 cuerdas), Zé Barbeiro (guitarra de 7 cuerdas), Milton de Mori (bandolim, cavaquinho, arreglos), Fabrício Rosil o Henrique Araújo (cavaquinho), Swami Jr. (bajo eléctrico, arreglos), Marcos Paiva (contrabajo) Carlos Bala o Celso de Almeida (batería), Douglas Alonso (batería, percusión), Leo Rodrigues (percusión), Roberta Valente (pandeiro), Angelo Ursini (arreglos), Vana Bock, Adriana Holtz, Jin Joo Doh y Maria Eduarda Canabarro (cello).

Participación especial de: Hamilton de Holanda (bandolim).

Edición en formato Digipack, que incluye libreto con 32 páginas, ilustrado en color.

"Para quem desconhece a trajetória inicial de Wanderléa, antes de a cantora mineira ser entronizada como a Ternurinha, vértice feminino do triângulo central da Jovem Guarda, o disco em que a artista canta choros pode soar como ponto de fora da curva em carreira ainda e injustamente associada de forma primordial às tardes dominicais do iê-iê-iê romântico.
É que, nos primórdios da trajetória artística, Wanderléa atuou como crooner do conjunto de choro Regional do Canhoto e, desde então, nunca se desapegou deste gênero musical surgido no Rio de Janeiro em meados do século XIX.
Em rotação desde sexta-feira, 12 de maio, em edição do Selo Sesc, o álbum Wanderléa canta choros marca a volta da artista às origens da carreira, oferecendo amostra graciosa das habilidades da voz microfônica da cantora de 79 anos completados no último dia 5.
Basta ouvir o serelepe registro de O que vier eu traço (Alvaiade e Zé Maria, 1945), samba tratado como choro por Wanderléa com direito à aceleração do andamento no minuto final da gravação. Estão lá a perfeita dicção, o apurado senso rítmico e a agilidade vocal – tributos essenciais aos cantores que se aventuram pelo universo do choro, o que legitima a letra de Um chorinho para Wandeca, tema inédito em que os compositores Douglas Germano e João Poleto enaltecem o gingado e o telecoteco da cantora.
Gravado por Wanderléa com produção musical de Mario Gil, sob a direção artística de Luiz Nogueira, o álbum desce redondo e com colorido variado.
Se os arranjos de cordas realçam o lirismo de temas como Pedacinhos do céu (Waldir Azevedo e Miguel Lima, 1951), o fraseado faceiro do bandolim de Hamilton de Holanda evidenciam a verve de Delicado (Waldir Azevedo e Ary Vieira, 1950), baião revivido na cadência do samba.
Com que graça Wanderléa canta Galo garnizé (Luiz Gonzaga, Antônio Almeida e Miguel Lima, 1943)! Há inteligência nas interpretações, até para respeitar o tempo da dor entranhada nos versos de Acariciando (Abel Ferreira e Lourival Faissal, 1955).
Outro acerto é a seleção de repertório do disco, que vai além do óbvio, tirando do baú como joias como Doce melodia (Abel Ferreira e Luiz Antônio, 1950) sem evitar standards do porte de Apanhei-te, cavaquinho (Ernesto Nazareth, Darci de Oliveira e Benedito Lacerda, 1916) e de Brasileirinho (Waldir Azevedo e Pereira da Costa, 1949), clássico intercontinental arrematado com citação do Hino Nacional Brasileiro (Francisco Manuel da Silva, 1822, com letra de Osório Duque Estrada, 1909).
Mesmo músicas já recorrentes no repertório de Wanderléa, como o samba Uva de caminhão (Assis Valente, 1939) e o já mencionado samba O que vier eu traço, ganham frescor, até pela afinação com o universo do álbum.
A sonoridade do disco é reverente à ambiência habitual do choro, como exemplifica o arranjo do samba Nova ilusão (Zé Menezes e Luiz Bittencourt, 1948), o que também contribui para a coesão do álbum arranjado por craques como Angelo Ursini, Cristovão Bastos, João Poletto, Milton de Mori e Toninho Ferragutti.
É fato que um choro-canção da dimensão nacional de Carinhoso (Pixinguinha, 1917, com letra posterior de Braguinha, 1937) já mereceu interpretações mais precisas ao longo de quase um século. Nada, no entanto, que desmereça este álbum do telecoteco que expõe o gingado da voz de Wanderléa." Mauro Ferreira (g1.globo.com, 15.05.2023)

Temas

CD 1
01
Delicado
Waldir Azevedo - Ary Vieira
Wanderléa & Hamilton de Holanda
02
Pedacinhos do céu
Waldir Azevedo - Miguel Lima
03
O que vier eu traço
Alvaiade - Zé Maria
04
Acariciando
Abel Ferreira - Lourival Faissal
05
Galo garnizé
Luiz Gonzaga - Antonio Almeida - Miguel Lima
06
Doce melodia
Abel Ferreira - Luiz Antonio
07
Apanhei-te cavaquinho
Ernesto Nazareth - Darci de Oliveira - Benedito Lacerda
08
Uva de caminhão
Assis Valente
09
Nova ilusão
Zé Menezes - Luiz Bittencourt
10
Carinhoso
Alfredo da Rocha Vianna (Pixinguinha) - João de Barro (Braguinha)
11
Brasileirinho
Waldir Azevedo - Pereira da Costa
12
Um chorinho pra Wandeca
Douglas Germano - João Poleto