Suscripción Newsletter

Recibe noticias y avisos de promociones especiales

Karma (Do zero adiante,...) (Ed. Jpn)

Karma
Discos: Pop / Folk

Disponible

22,27 € impuestos inc.

Ficha técnica Discos

Sello Sony Music
Estilo Pop / Folk
Año de Edición Original 1972

Más

Grupo Karma: Jorge Amiden (guitarra eléctrica triple), Luiz Mendes Junior (guitarra acústica, voz), Alen Cazinho Terra (bajo, voz).

Oberdan Magalhães (flauta), Rildo Hora (armónica), Ian Guest (clavecín), Gustavo Schroeter (batería), Bill (batería, en "Tributo ao Sorriso" y "Omissão"), Arthur Verocai (arreglos, dirección).

Reedición japonesa, de 2023, en la serie "Os tesouros da música brasileira", del disco lanzado originalmente en Brasil en 1972 por el sello RCA Victor. Remasterizado, con portada, contraportada y ficha técnica originales.

Único álbum del grupo Karma, 'power trio' carioca de rock rural nacido en 1972. Está considerado como uno de los clásicos del BRock, y aparece en el libro “Lindo Sonho Delirante: 100 Discos Psicodélicos do Brasil”. Anteriormente fue reeditado una única vez, en 2010, por la Livraria Cultura.

"A alma do som ou o trascendental acústico psicodélico do Karma: Reza a lenda que, muito antes de Jimmy Page, um brasileiro surgiu num palco acompanhado por guitarra de três braços – a tritarra, tendo em cada pescoço afinações e quantidades de cordas diferentes. A ousadia foi transmitida ao vivo durante o Festival Internacional da Canção (FIC) e provocou alvoroço no restrito circuito roqueiro tupiniquim de então. Em época similar a Syd Barret, ele também saiu da cena musical por passagens sem volta ao universo paralelo fabricado pelo (abuso de) LSD e outras substâncias.
Façanhas que dão a Jorge Amiden, uma das pedras fundamentais de O Terço, o ingresso à categoria de mito do rock. E bagagem para produzir um dos mais interessantes registros de Psych Folk da década de 1970. A pérola é o único álbum do Karma, power-trio de rock rural que explorou harmonias vocais e de cordas, numa linha totalmente distinta do pop nacional daquela época – que, ainda hoje, foge completamente de qualquer estética musical.
Comum ao fundador do Pink Floyd, Amiden também deixou a banda que formara por cizânias aprofundadas pelo abuso de substâncias psicoativas. Após romper com O Terço, no final de 1971 – quando eles produziam um casamento desplugado de rock e música clássica –, não demorou em recrutar um novo bando. O grupo contava com Luiz Mendes Junior no violão e Alen Terra no baixo.
Tido como o arquiteto harmônico e vocal da superbanda carioca (e também do Karma), ele recebeu carta branca da RCA para um Long Play. Nos estúdios, o trio convocou o baterista da Bolha, Gustavo Schroeter, para as gravações. O trabalho chegou às lojas menos de 12 meses após a traumática ruptura. E teve vida tão curta quanto à de seus criadores. O Karma se desfez pouco tempo após o lançamento do álbum, que caiu no ostracismo, destino comum da esmagadora parte da produção brasileira daquele fértil período.
Era época que roqueiro sob os trópicos ainda tinha um quê de alquimista, mago e arquiteto. A (perdida) arte de luthier tornava-se a rara alternativa para ter equipamentos atualizados e no patamar das estrelas internacionais (por isso, Amiden construiu a tritarra). Outro caminho seria submeter-se a importação clandestina de instrumentos – como a tragicomédia forma em que Rita Lee trouxe um Melotron, após turnê com Os Mutantes pela Europa.
A estética do singular trabalho do Karma está impressa desde a capa, na qual se reproduz um vitral dos músicos com seus respectivos instrumentos a tira colo – numa clara referência às letras repletas de alusões religiosas, emulada no tipo de arte ligado às igrejas.
No disco destacam-se os belos arranjos vocais e canções envolventes, com o auxílio de gaita, flauta transversal e cravo. Como na sequência da progressiva ‘Epílogo’ e a clássica ‘Tributo ao Sorriso’, que fecham a primeira metade da bolacha. Essa última música foi defendida no ano anterior pelo O Terço (na aparição da tritarra) e regravada por uma porrada de artistas. A versão segue em capela até os instantes finais, quando os instrumentos finalizam numa obra lírica.
O lado B continua no mesmo patamar transcendental. As músicas seguem a receita do rock rural, uma versão (melhorada e) abrasileirada do folk psicodélico. As harmonias angelicais se fundem de forma orgânica às hipnóticas passagens acústicas, com doses bem temperadas de balanço na percussão.
E respirando ecos de Tommy, o álbum é sequenciado com transições sutis, costurado por arranjos de cordas de alto nível numa trama sonora inspiradora. O disco se encerra com ciclo psicodélico sem desvirtuar do equilíbrio do resto das composições.
A gema perdida da fonografia se deve, em grande parte, à produção e orquestração de Arthur Verocai. É dele, por exemplo, algumas soluções no estúdio, como o uso de instrumentos eruditos e barrocos para suprir os sintetizadores – tão em voga à época. Os arranjos de cordas são de alto nível, casando completamente com o rock acústico." Eduardo Brandão (blognroll.com.br 01.09.2016)

Temas

CD 1
01
Do zero adiante
Jorge Amiden - Luis Mendes Júnior
02
Blusa de linho
Jorge Amiden - Zé Rodrix
03
Você pode ir além
Jorge Amiden - Luis Mendes Júnior
04
Epílogo
Jorge Amiden - Luis Mendes Júnior
05
Tributo ao sorriso
Jorge Amiden - Sergio Hinds
06
O jogo
Jorge Amiden
07
Omissão
Jorge Amiden - Luis Mendes Júnior
08
Venha pisar na grama
Jorge Amiden - Luis Mendes Júnior - Alen Terra
09
Transe uma
Jorge Amiden
10
Cara & coroa
Jorge Amiden