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Me chama de gato que eu sou sua

Ana Frango Elétrico
Discos: Pop / Jazz

Disponible

20,38 € impuestos inc.

Ficha técnica Discos

Sello Mr Bongo
Estilo Pop / Jazz
Año de Edición Original 2002

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Ana Frango Elétrico (voz, glockenspiel, piano eléctrico, sintetizadores,programaciones, arreglos de metales, producción)

Gilberto Pereira (saxo, flauta), Jorge Continentino (saxo, flauta), Vovô Bebê (flauta, arreglos de maderas y cuerdas), Diogo Gomes (trompeta), Marlon Sette (trombón, arreglos de metales), Aline Gonçalves (clarinete, clarinete bajo, flauta, arreglos de maderas y vientos), Lux Ferreira (piano eléctrico, órgano, sintetizadores), Thomas Jagoda (sintetizadores), Guilherme Lirio (guitarra eléctrica, piano de bolsillo, silbato, sintetizador), Alberto Continentino (bajo eléctrico, contrabajo, bajo sint., coros, arreglos de metales), Sérgio Machado (batería, caja de ritmos), Marcelo Costa, Pablo Carvalho, Rodrigo Maré y Thomas Harres (percusión), Calu y Dora Morelenbaum (coros) y conjunto de cuerdas.

"As maravilhas de uma música que extrapola gêneros:
Em 2018, quando lançou Mormaço queima, Ana Frango Elétrico, cantora, compositora, instrumentista, produtora, artista visual e escritora, deixou claro que não era apenas mais uma pessoa na multidão. Com texto afiado e debochado, canções que fugiam do lugar-comum, instrumentação criativa, senso estético apurado e certo ar naive tropicalista, Ana dava seus primeiros passos com firmeza e bastante jogo de cintura, dividindo a produção do álbum com Guilherme Lirio, Gustavo Benjão, Marcelo Callado e Thiago Nassif.
Retrato em preto e branco de Ana Frango Elétrico. Ela está olhando para a câmera, com a cabeça levemente tombada para a esquerda. ela é uma mulher branca, de cabelos curtos e segura uma blusa em sua frente.
No ano seguinte, aprofundando seu mergulho na produção, estabeleceu uma parceria com Martin Scian para lançar o ótimo Little electric chicken heart – o experimentalismo do álbum anterior deu lugar a uma pesquisa no universo musical, principalmente dos anos 1950, de artistas como Nora Ney, Johnny Alf e Anita Odayos. O mais interessante desse processo é constatar a maturidade alcançada por ela, sem que fossem perdidos o frescor e a criatividade, agora somados a arranjos mais elaborados e sofisticados. Não foi por acaso que Little electric chicken heart foi indicado ao Grammy Latino na categoria Melhor Álbum de Rock ou Música Alternativa em Língua Portuguesa e que Ana ganhou o Prêmio de Artista Revelação, entregue pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). Além disso, ela caiu nas graças de Anthony Fantano, crítico de música estadunidense, e do francês Giles Peterson, radialista, DJ e fundador das gravadoras britânicas Acid Jazz, Talkin’ Loud e Brownswood Recordings, o que acabou dando um impulso internacional a seu nome.
Com a chegada da pandemia, além de começar a desenhar o que viria a dar o tom de seu trabalho seguinte, com os singles “Mama planta baby” e “Mulher homem bicho”, Ana passou a se dedicar mais à produção, sendo a responsável pelos elogiados álbuns de estreia das bandas Sophia Chablau e Uma Enorme Perda de Tempo (com seu disco homônimo, lançado em 2021), e Bala Desejo (com Sim sim sim, lançado em 2022). Ainda teve tempo de lançar o livro Escoliose: paralelismo miúdo, que reúne poemas, gravuras e ilustrações feitos entre 2015 e 2019, fazer a foto da capa de No reino dos afetos, de Bruno Berle, em 2022, e a pós-produção de Música do esquecimento, segundo álbum de Sophia Chablau e Uma Enorme Perda Tempo, e produzir Baby blue, segundo álbum de Julia Branco, ambos em 2023.
A experiência com os trabalhos de outros artistas deu a Ana ainda mais desenvoltura como produtora, o que acabou sendo fundamental para seu ponto alto até aqui, o novo e aclamado (com toda justiça!) Me chama de gato que eu sou sua, lançado no Brasil pelo selo Risco, na Inglaterra pelo Mr. Bongo e no Japão pela Think! Records, com um incrível design gráfico assinado por Maria Cau Levy.
Capa do álbum Me chama de gato que eu sou sua, de Ana Frango Elétrico. Sob um fundo branco há uma ilustração com dois tigres estilizados, cada uma olhando para um lado. Acima do tigre da direita o nome do álbum está escrito em letras finas e pretas.
Capa do disco Me chama de gato que eu sou sua (imagem: divulgação)
Imersa no estúdio com os músicos que participaram do disco e com o que queria bem definido em sua cabeça, Ana conduziu o processo, misturando sonoridades dos anos 1970 e 1980, numa pegada disco, soul, rock, pop e jazzy, sem que em nenhum momento o álbum soasse datado. Muito pelo contrário! Me chama de gato que eu sou sua é, musicalmente, atualíssimo, assim como a temática queer que permeia as letras. O disco é sexual, sem cair nos clichês ultradesgastados do pop hypado, que tomou conta dos palcos, das plataformas digitais, dos blogs e das rádios mainstream. Ana tira sarro de tudo isso e passa ao largo, distribuindo deboche, ironia e, principalmente, inteligência. As questões ligadas ao não binarismo, aos gêneros e à sexualidade dialogam perfeitamente com a multiplicidade de influências musicais, fazendo deste o seu álbum mais multifacetado, porém o de maior unidade no resultado. O que nos mostra a tamanha sagacidade da artista no desenvolvimento conceitual, assim como na parte técnica.
Das dez faixas, duas são assinadas apenas por Ana: “Insista em mim” e “Let’s go before again”; quatro com parceiros diversos: “Dela”, com Joca e Pedro Amparo; “Nuvem vermelha”, com Marina Nemésio; “Coisa maluca”, com Vovô Bebê; e “Boy of stranger things”, com Alberto Continentino. As outras quatro são: “Electric fish”, parceria de Bruno Cosentino com Marcio Bulk e Sylvio Fraga; “Camelo azul”, de Victor Conduru; “Debaixo do pano”, de Sophia Chablau; e “Dr. Sabe Tudo”, de Jonas Sá e Rubinho Jacobina.
Para esta empreitada e com sua direção artística, Ana convocou nomes de altíssimo nível, que executaram com extrema competência suas ideias musicais, inclusive trazendo uma enorme contribuição. Na ficha técnica constam: Alberto Continentino no baixo; Guilherme Lirio na guitarra; Sérgio Machado na bateria; Marcelo Costa na percussão; Lux Ferreira no wurlitzer e no synth; e Thomas Jagoda no synth bass e no synth pad. Marlon Sette, além do trombone, foi responsável pelos arranjos de metais, que tiveram Diogo Gomes no trompete e Gilberto Pereira e Jorge Continentino nos saxofones e nas flautas. Dora Morelenbaum, que ao lado de Calu participou dos vocais, assinou os arranjos de cordas, executadas por Luisa de Castro, Thiago Teixeira, Tomaz Soares e Ivan Scheinvar nos violinos; Thais Ferreira e Daniel Silva nos cellos; e Felipe Ferreira na viola. Ainda participam Thomas Harres no tamborim; Carla Rincon no violino; Aline Gonçalves no clarone, na clarineta e na flauta; Pablo Carvalho na percussão; Vovô Bebê na flauta; Rodrigo Maré na percussão; e Joca no vocal em Dela.
Retrato colorido de Ana Frango Elétrico. Ela está olhando para a câmera, com a cabeça levemente tombada para a direita e o tronco levemente direcionado para a esquerda. Ela é uma mulher branca, veste blusa amarela e está de braços cruzados.
Com Me chama de gato que eu sou sua, Ana Frango Elétrico revisita sonoridades passadas do pop brasileiro e internacional e os atualiza em um álbum que soa atemporal. Os temas abordados, por mais pessoais que sejam, algumas vezes até dolorosos, sinalizam questões que estão cada vez mais ganhando espaço e aqui são tratadas com a leveza e a naturalidade de quem percebe, como diz um trecho de “Debaixo do pano”, que: “abaixo do céu tudo é chão e acima do chão tudo pode ser”." Jorge LZ (itaucultural.org.br, 21.11.2023)

Temas

CD 1
01
Electric fish
Bruno Cosentini - Sylvio Fraga - Márcio Bulk
02
Dela
Ana Frango Elétrico - Pedro Amparo - JOCA
Ana Frango Elétrico & JOCA
03
Nuvem vermelha
Ana Frango Elétrico - Marina Nemésio
04
Coisa maluca
Ana Frango Elétrico - Vovô Bebê
05
Boy of stranger things
Ana Frango Elétrico - Alberto Continentino
06
Camelo azul
Vitor Conduru
07
Insista em mim
Ana Frango Elétrico
08
Let's go to before again
Ana Frango Elétrico
09
Debaixo do pano
Sophia Chablau
10
Dr. Sabe Tudo
Rubinho Jacobina - Jonas Sá