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Músicas brasileiras, músicos portugueses

Orquestra Jazz de Matosinhos*
Discos: Jazz / MPB

Disponible

27,90 € impuestos inc.

Ficha técnica Discos

Sello Biscoito Fino
Estilo Jazz / MPB
Año de Edición Original 2024
Instrumental
Observaciones 2CDs

Más

Orquestra Jazz de Matosinhos:
João Guimarães, João Pedro Brandão y Mário Santos (maderas), Ricardo Formoso y Javier Pereiro (trompeta), Hristo Goleminov (saxo), Andreia Santos, Gil Silva y Daniel Dias (trombón), Miguel Meirinhos (piano), Filipe Louro (contrabajo), Cláudio César Ribeiro (guitarra eléctrica), Kiko Freitas (batería(, Gabi Gueds (percusión). Pedro Guedes (dirección).

Arreglos de Antonio Adolfo, Letieres Leite, Mario Adnet, Nailor Proveta y Nelson Ayres.

Edición en formato Digipack.

"Em setembro de 2018, a Casa da Arquitectura, em Matosinhos, inaugurou a exposição “Infinito Vão - 90 anos de arquitetura brasileira”. Pouco antes disso, julho talvez, tive o prazer de receber em minha casa de São Paulo a visita de Nuno Sampaio, diretor executivo da instituição, acompanhado de um dos curadores brasileiros da exposição. O objetivo era pensarmos juntos como enquadrar a música brasileira na solenidade de encerramento da exposição que se daria em março de 2019.
A programação do evento visava cruzar leituras de diversas expressões da cultura com a arquitetura, música em especial. E seriam vários momentos desse cruzamento. Já programados shows muito especiais de Adriana Calcanhotto, de Paula Morelenbaum e de José Miguel Wisnik, nomes competentes, bastante conhecidos mas não big stars. Era tudo o que eu queria. Como eu já esperava, a sugestão de Nuno foi um show com um dos afamados tops da canção brasileira. Senti-os um pouco
desapontados ao ouvirem de mim: “de jeito algum, vamos fazer um espetáculo único, customizado para o evento.”
Ainda ouvi: “mas Zuza, você acha que será sucesso?” “Claro que será sucesso. Para apresentar um big star vocês não precisam de mim!” E qual foi minha sugestão? Um concerto de uma orquestra portuguesa com músicas e arranjadores brasileiros.
Durante a semana de inauguração da “Infinito Vão” (setembro de 2018) fui apresentado ao maestro Pedro Guedes, regente da Orquestra Jazz de Matosinhos e com ele já comecei meu trabalho de preparação. Daí para a frente, “sopa no mel”, num vaivém de partituras, num vaivém de informações. Agora, muito orgulhosos, oferecemos um concerto único com o poder do Jazz se alastrando por entre lusos e brasileiros. Desse modo, a OJM integrada por jovens músicos nascidos em Portugal trava seu primeiro contato com temas clássicos como “Carinhoso” de Pixinguinha e “Corcovado” de Antonio Carlos Jobim. “Wave” igualmente um clássico, mundialmente conhecido, será ouvido na nova orquestração de Mario Adnet, possivelmente o arranjador mais familiarizado com a magistral obra de Jobim.
O repertório contempla ainda a diversidade de gêneros musicais brasileiros, por conta da vastidão do seu território: o choro “Sempre” para orquestra de dança, e não para conjunto regional, do notável clarinetista K-Ximbinho, que além de escrever esplêndidas peças, dirigiu por anos o conjunto que animava as noites dançantes no Golden Room do Copacabana Palace Hotel; o samba rasgado “Linha de passe”, um dos grandes êxitos da formidável dupla João Bosco/Aldir Blanc, que empolga e mexe com a gente; o frevo pernambucano “2099” do pianista e arranjador carioca Antonio Adolfo, também respeitado educador que ora reside na Flórida mas ainda mantém sua escola no Rio de Janeiro. Um ritmo que faz parte dos bailes populares denominados forrós é o shottish, aqui evocado em “Só Xote” de outro respeitado band leader e compositor de São Paulo, Nelson Ayres, pioneiro na montagem de sua Big Band nos anos 70. O ritmo afro-brasileiro é representado por “Vovô Manoel” do também paulista Nailor Proveta, notável clarinetista que dirige a Banda Mantiqueira, a mais bem sucedida orquestra brasileira da atualidade; o samba de gafieira “Organdi e gomalina” representa a tradição da música dançante que imperava nos Taxi Dancings onde se bailava ao som do melhor Jazz Brasil nos anos 50. “Nanã” é a composição mais gravada do pernambucano Moacir Santos, fabuloso arranjador e compositor que viveu por anos na Califórnia onde gozava da admiração das feras do Jazz; já “Canto para Nanã” representa a obra do fundamental baiano Dorival Caymmi. “Dasarábias” mostra o estilo mais recente de arranjos criados por Letieres Leite, baiano também, que inovou ao combinar a percussão da Bahia com sopro de Big Bands cultivados na original “Orkestra Rumpilezz” que ele próprio lidera. Os dois zzs vem do Jazz. Esse leque da música instrumental brasileira de épocas e estilos distintos resume um concerto absolutamente inusitado que a Casa da Arquitectura de Matosinhos tem a primazia de realizar." (Texto de presentación del sello discográfico)

Por el arreglo de "Linha de passe", Nailor Azevedo fue nomidado al Grammy Latino de 2024 en la categoría de Mejor Arreglista.

Temas

CD 1
01
Organdi e gomalina
Nelson Ayres
02
Nanã (Coisa nº 5)
Moacir Santos - Mario Telles
03
Corcovado
Antonio Carlos Jobim (Tom Jobim)
04
Só xote
Nelson Ayres
05
Dasarábias
Letieres Leite
06
Sempre
Sebastião de Barros (K-Ximbinho)
CD 2
01
Canto para Nanã
Dorival Caymmi
02
2099
Antonio Adolfo
03
Vovô Manuel
Nailor Azevedo (Proveta)
04
Carinhoso
Alfredo da Rocha Vianna (Pixinguinha) - Braguinha (João de Barro)
05
Wave
Antonio Carlos Jobim (Tom Jobim)
06
Linha de passe
João Bosco - Aldir Blanc - Paulo Emílio