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Yamandu Costa
Discos: MPB

Disponible

Ficha técnica Discos

Sello	Independiente
Estilo	MPB
Año de Edición Original	2023
Instrumental

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Yamandu Costa (guitarra de 7 cuerdas, voz, silbido, arreglos)

Participación especial de: The Plankton Orchestra (Massimiliano Dosoli (dirección), Valentina Pennis (clarinete), Cosimo Gentili (saxo alto), Davide Romeo y Andrea Leone (saxo tenor), Paolo Petrecca (trompeta), Matteo Paggi (trombón), Sébastien Wring y Piero Conte (guitarra eléctrica), Dean Montanaro (bajo), Branko Valchev (batería), Rafael Durão (percusión), Beatrice Milanese, Annabella Lendlmaier y Beatrice Sberna (coros), Gustavo Cabrera y Mireia Costa (violín), Sophie Ehling y Patrycja Skowrońska (guitarra cello)).

Grabado en el estudio del artista, entre 2021 y 2023, excepto "Samba pro Rapha", grabado en Rio de Janeiro (Brasil), el 2 de agosto de 2018, y "Santuário", grabado "ao vivo" en el Teatro De Doelen, en Róterdam (Países Bajos), el 3 de diciembre de 2021.

Edición independiente del propio artista, presentada en funda de cartón (cardboard sleeve), sin créditos (la lista de canciones que aparece en la contraportada es diferente de la del disco).

Audio de la colección de videoclips que el gran guitarrista y compositor gaúcho Yamandu Costa (Passo Fundo, Rio Grande do Sul, 1980) estrenó en Youtube entre el 02.08.2018 y el 09.06,2023. Deslumbrante. Así describe él mismo cada uno de los temas:

"- Força é uma samba que compus durante a pandemia. Logo quando cheguei em Portugal, gostei muito dessa expressão usado pelos portugueses. Se usa quando você está entrando em algum lugar, ou está para fazer algo, um incentivo de positividade! No momento que passamos com a Covid nunca precisamos tanto de força.
- Carinho é uma composição que nasceu quando, numa tarde, procurava um tema para um concerto que estava compondo com meu amigo e grande músico Sérgio Assad. Precisava de um segundo movimento tranquilo e melódico. Acabei de lhe mandando três opções e esse tema ficou de fora. Me apeguei a ele pela singeleza e procura natural de paz que nos traz. O significado do nome já diz tudo.
- Serelepe é uma homenagem aos meus filhos, que "não paravam quietos" durante a quarentena. A melodia da música descreve, através das notas e do ritmo pulsante, o movimento deles dentro de casa. Indo de um lado para o outro. É uma homenagem à infância, que pôde ser curtida integralmente por mim, enquanto em casa, com a família.
- Rotterdam é uma cidade impressionantemente cosmopolita. As vezes que tive oportunidade de tocar nela, me senti um cidadão do mundo de fato! Quando veio o convite para fazer uma participação com a Orquestra Plankton, fiquei muito emocionado de poder conhecer melhor essa vibrante cidade. A recepção foi a melhor possível: assim que cheguei em Rotterdam, fui recebido não menos do que, por quase todos os integrantes da orquestra na estação do trem. Fomos direto para a casa do Max (regente e idealizador do grupo). Sorte que eu tinha levado uma caixa de vinho Português da melhor qualidade! Assim foi o primeiro encontro: repleto de amizade e música. Esse registro mostra o que conseguimos preparar em dois ensaios. Essa orquestra tem gente de todos os cantos do mundo. Idioma mais universal do que a música, é difícil! A gravação comprova isso. Viva a música que junta os povos ao redor das fogueiras!
- No início da pandemia, em março de 2020, tivemos que nos adaptar e lamentar inúmeros cancelamentos de shows que ocorreram e continuam ocorrendo até hoje.
Pensei em compor músicas para os lugares que não fui, algo bastante criativo e muito positivo, expressando a frustrante sensação de impotência que nos agarrou. Gravei Herança Russa na semana durante a qual estaria tocando em Moscow.
Uma composição que tem elementos variados e que mistura linguagens, lembrando até um arrasta-pé nordestino, mas com forte alusão às polkas eslavas (...)
- Alpargata é uma composição que me nasceu durante uma visita à ilha de Fuerteventura nas Canárias. Enquanto esperava para fazer um concerto en la Casa de Los Coroneles comecei a brincar de milonga. Me lembra esses violões gauchos que escutava de criança, Zitarrosa, Alberto Mastra, algo mais perto do estilo da milonga uruguaia. Essas recordações seguem comigo pra sempre (...) Coloco esse nome: Alpargata. É um sapato simples que representa múltiplas culturas, sempre de uma forma relaxada e despretensiosa e que costumo usar para subir no palco."
- Neste dia 24 de fevereiro de 2021, estaria completando 89 anos este grande e inspirado compositor francês, o fantástico Michel Legrand. Me lembro da emoção que tive, ainda na minha infância, quando assisti o filme "The Summer knows" cuja trilha maravilhosa foi composta por Legrand. Quando entrou a melodia tocada pelos violinos, fiquei profundamente tocado, e sem sequer perceber, aquela melodia despertou em mim emoções profundas e intensas: a música, talvez, me visitasse dessa forma pela primeira vez. Já em plena pandemia, no verão passado, fomos passar uns dias na casa de fámilia da minha esposa Élodie, no interior da França, numa cidade charmosa e inspiradora chamada Beaulieu-sur-Dordogne. O clima e o lugar me levaram a compor esta melodia que tenta se aproximar da aura musical de Legrand . Deixo aqui a minha homenagem singela, mas sincera para este maravilhoso criador de melodias inesquecíveis. Viva a música! Viva Michel Legrand!
- Sarará e uma composição que fiz há muito anos.Me acompanha em quase todos os concertos. Ela representa pra mim a liberdade da musicalidade fronteiriça, me remete também à infância. O meu sonho de ter um cavalo! Quando era criança, se transformou nessa canção -tema. Mais e mais as minhas composições tentam ser fotografias de culturas distintas, nesse caso, a linguagem do chamamé, música de influência Guarani. Viva a música que nos transporta simplesmente fechando os olhos!! Bendita música!!
- Essa música é uma homenagem que Yamandu Costa faz ao grande violonista Raphael Rabello e tem o intuito de reproduzir a maneira que ele tocava samba no violão, com polirritmias malandras. Yamandu o considera como o pai musical de sua geração. Rabello viveu durante as décadas de 70 e 80, época em que tocar música brasileira estava “fora de moda”. Justamente por isso que sua contribuição faz toda a diferença para a música nacional. Um grande brasileiro. Viva Raphael Rabello!
- No início do confinamento, senti como nunca a força terapêutica da música. Ainda em 2020, quando a quarentena aliviou um pouco e começamos a sair, pegava meus dois filhos e ia até um parque perto de casa, o parque Eduardo VII que fica no centro de Lisboa. Levava o chimarrão, patins, capacetes, e claro, a viola. Num dia desses me saiu esta melodia, muito calma e prazenteira. Me lembrei da música 'A paz' de Gilberto Gil e João Donato... Essa sensação de tranquilidade... Em muitos momentos de incerteza que estamos vivendo, somente esta sensação inexplicável de ter contato com a música foi a salvação. Acho que nunca ficou tão clara a força das artes no equilíbrio do viver. Quando cheguei em casa toquei essa música para o meu sogro Francis Bouny que passou os primeiros meses da pandemia conosco, que batizou com um nome francês, Insouciance, que significa "despreocupado"
- Essa música eu fiz para prestar uma homenagem a uma das famílias mais talentosas que conheci. Numa visita para alguns concertos na Colômbia , fui recebido na cidade de Tunja por esses queridos amigos e grandes músicos. Passamos uma noite falando sobre a música colombiana e essa experiência me levou a compor esse tema. É um privilégio conhecer diferentes culturas e poder se aproximar da forma mais prazerosa, através da arte! Viva a música que se adapta a cada lugar, tirando sua essência e nos dando a possibilidade de entender mais e mais as características de cada povo.
- La Invernada é uma milonga com alma uruguaia. Sempre tive influência dessa cultura tão rica que é a milonga. A milonga tem muitas variações: às vezes lenta e muito melancólica, por vezes dançante e arrebatadora! Essa composição traz a alma do arrabal. Fica claro a influência rítmica Africana! Viva a música que segue sendo a fotografia fiel do inquieto que o ser humano pode ser.
- Música dedicada a ilha "La Graciosa" localizada nas ilhas Canárias.
- Fuerte Ventura nasceu quando eu caminhava nessa ilha tão bonita do arquipélago das Ilhas Canárias. É uma música que tem como característica ser livre, ser solta. Tem inspiração na cultura da música mineira: tento me aproximar um pouco dessa linguagem, com referências do Clube da Esquina e de importantes temas da música brasileira. Ela também não deixa de ser uma música de época, dos anos 70 e 80. Então deixo essa gravação improvisada aqui, em primeira mão pra vocês, desse tema que eu gosto muito, que me dá uma sensação de felicidade e bem-estar! Viva a música , bendita música!" Yamandu Costa

Temas

CD 1

Força
Yamandu Costa