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De Santo Amaro a Xerém

Maria Bethânia & Zeca Pagodinho
Dvds: Música (MPB)

Disponible

25,27 € impuestos inc.

Ficha técnica Dvds

Estilo Música (MPB)
Año de Edición Original 2018
Productora Biscoito Fino

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Maria Bethânia (voz), Zeca Pagodinho (voz)

Vitor Motta (saxo, flauta), Jaime Alem (guitarra acústica, dirección), Paulão Sete Cordas (guitarra de 7 cuerdas, dirección), Paulinho Galeto (cavaquinho), Rômulo Gomes (bajo), Paulo Dafilin (guitarra acústica, viola caipira, coros), Marcelo Costa, Jaguara y Esguleba (percusión).

Grabado "ao vivo" en la sala Citibank Hall, en la ciudad de São Paulo, los dias 18 y 19 de mayo de 2018.

Idioma:   Portugués. Sin subtítulos.
Extras:   Making of (11')
Duración total aproximada:    100'

Región 0 (DVD sin restricciones de zona: de uso mundial)
Sistema de color:   NTSC
Sonido:   2.0 PCM Estéreo + Dolby Digital 5.1
Formato de pantalla:    16:9

Registro íntegro del espectáculo que reúne a Maria Bethânia (Maria Bethânia Vianna Telles Veloso) (Santo Amaro da Purificação, Bahia, 1946) y Zeca Pagodinho (Jessé Gomes da Silva Filho) (Rio de Janeiro, 1959), estrenado con rotundo éxito en el inicio de 2018, cuyo título hace referencia a la localidad de nacimiento de la diva bahiana y al municipio fluminense en el que tiene residencia el enorme sambista carioca.
Entre éxitos viejos y recientes del repertorio individual de cada uno, cabe mencionar las canciones inéditas compuestas para la ocasión, como el "Amaro Xerém", de Caetano Veloso, “De Santo Amaro a Xerém” y “Pertinho de Salvador”, de Leandro Fregonesi, y “A surdo 1”, de Adriana Calcanhotto (estos dos últimos, interpretados por Maria Bethânia en solitario). Sin duda, los momentos más destacados son en los que cantan juntos, pero también son especialmente emotivos los homenajes que hacen en solitario a sus escolas de samba preferidas, Bethânia a Mangueira y Zeca a Portela.

"Kitembo, ou Tempo, como é mais conhecido no Brasil, é a divindade congo-angolana do tempo em todas as suas dimensões. O tempo que corre alheio aos homens, o tempo cíclico das estações, o da maturação das sementes e da colheita, o do crescimento das crianças. Kitembo é representado pelo baobá, irôko, gameleira branca: árvores que evocam a permanência, a aglutinação do grupo e a continuidade da vida pela lembrança dos ancestrais. No encontro entre Maria Bethânia e Zeca Pagodinho, Kitembo é o Samba, elo que liga Santo Amaro, recôncavo baiano de Maria, a Xerém, quintal sonoro de Zeca.
O início desse encontro foi à gravação do CD/DVD “Quintal do Pagodinho”, em 2016. Na ocasião, os dois cantaram “Sonho Meu”, de Dona Ivone Lara e Délcio Carvalho. A partir de então, a ideia de um trabalho conjunto foi ganhando força e se consumou em 2018, com o espetáculo que lotou casas de shows em algumas capitais no início do ano, foi registrado em CD/DVD nos dias 18 e 19 de maio no Citibank Hall/SP, que estão sendo lançados agora pela gravadora Biscoito Fino, e, pra marcar este lançamento, o show seguirá em uma nova turnê por diversas cidades do país.
O entrosamento entre Bethânia e Zeca passa, em boa medida, pelo amor e respeito com que os dois grandes intérpretes percorrem as veredas musicais que ligam a Bahia ao Rio de Janeiro. As sonoridades baianas que se espraiam pelo recôncavo – entre aboios, sambas de roda, bata de milho e feijão, folias de reis, chulas – abraçam o samba carioca, neto dos tambores do Congo, curtido nos terreiros, gestado nas esquinas do Estácio de Sá, Oswaldo Cruz e Mangueira, e maturado nos quintais suburbanos.
Maria Bethânia passeia soberana pela vastíssima tradição do cancioneiro do Brasil; de Geraldo Pereira a Noel Rosa, de Chico Buarque a Adelino Moreira, de Torquato Neto a Manezinho de Isaías, das serestas ao samba-enredo, da força ancestral de Ivone Lara ao canto contemporâneo de Adriana Calcanhoto e Leandro Fregonesi. Zeca Pagodinho, craque no samba sincopado, formado nos quintais de Irajá e do Cacique de Ramos e bamba nos desafios do partido alto, é também um excepcional cantor dos sambas de roda baianos de Roque Ferreira e Nelson Rufino.
Dividindo algumas faixas, como a inédita “Amaro Xerém”, composta por Caetano Veloso especialmente para o encontro, e “Chão de estrelas”, a seresta seminal de Silvio Caldas e Orestes Barbosa, ou fazendo seus solos, o que salta da conexão entre Bethânia e Zeca é a incondicional devoção à música brasileira, maior aventura civilizatória das gentes miúdas do Brasil. Ver os dois no palco reforça a impressão de que o fundamento do espetáculo é o de um grande ritual de encantamento da aldeia. O encantado, afinal, é aquele que conseguiu driblar a morte, chamado pelo tambor.
Os baobás, as gameleiras, os jequitibás e as tamarineiras, assentamentos do Samba, guardam e protegem a brasilidade de Bethânia e Zeca, espraiando raízes, galhos e folhas entre Santo Amaro e Xerém. Reverenciada pelo encontro e pelo canto, a música brasileira – totem, cocar de caboclo, cerâmica marajoara, muzenza, ponteio de viola, Surdo Um de Mangueira e Águia da Portela – celebra os ancestrais, firma ponto no presente e aponta as tarefas do amanhã.
Maria Bethânia e Zeca Pagodinho cantam o recado de Tempo, deus das Áfricas e do Brasil." Luiz Antonio Simas (Texto de presentación del disco)